O carro seguia pelas ruas. Mary, exausta depois de tanta emoção, dormia no colo de Elizabeth, que permanecia aninhada nos braços de John. Ele, o homem que raramente se permitia fraquejar, chorava agora como uma criança.
— Me perdoe, meu amor… eu não queria… — a voz dele saiu embargada, entrecortada pela dor de imaginar o que poderia ter acontecido.
Elizabeth levantou os olhos também chorando, apertou a mão dele contra os lábios e lhe deu um beijo suave, cheio de ternura.
— John, não se culpe. Você fez o certo.
Ela sorriu com doçura, mas logo em seguida ficou séria.
— Nossos filhos em primeiro lugar. Você acha que eu teria escolhido quem?
John respirou fundo, emocionado.
— Eu sei, meu amor. — tocou-lhe o rosto com a ponta dos dedos, sentindo-se abençoado. — Também teria sido grato se tivesse me escolhido.
Elizabeth inclinou a cabeça, encostando a testa na dele.
— Então não se culpe.
Ele fechou os olhos, deixando-se acalmar pela presença dela, e acariciou o rostinho tranquilo de Mary.
— Eles são nossa maior riqueza. Faríamos qualquer coisa por eles.
Depois beijou a têmpora de Elizabeth.
O carro finalmente chegou em casa. James imediatamente abriu a porta para eles e visivelmente aliviado por vê-los todos bem.
— Obrigado, James. — Disse John, realmente agradecido. — Vá pra casa descansar e mande lembranças a Cristy.
— Obrigado, senhor. — James sorriu, ainda emocionado. — O senhor sabe que pode contar comigo sempre.
John assentiu e deu dois leve t***s no ombro do fiel e não só do motorista.
Antes mesmo de entrarem, Martha surgiu apressada. Os olhos estavam vermelhos, e quando viu Mary acordando no colo da mãe, correu até ela.
— Graças a Deus… — exclamou, abraçando a neta com lágrimas nos olhos. — Minha princesa, quase morri de preocupação!
Mary sorriu, ainda sonolenta.
— Vovó, papai e um monte de policiais salvaram a gente!
Martha riu entre lágrimas.
— Eu sei, querida, eu sei. — Então, sem reservas, abraçou Elizabeth forte, como uma filha. — Graças a Deus vocês estão bem.
— Obrigada, senhora Sinclair… — respondeu Elizabeth, comovida.
Não demorou muito para as crianças surgirem correndo. Luke e Luize se revezavam entre o colo de John e o de Elizabeth, rindo e falando ao mesmo tempo. Eles não sabiam de nada, apenas sentiam a saudade. Anthony, mais contido, ficou parado por alguns segundos, mas logo se rendeu: as lágrimas rolaram, e ele correu para abraçar os pais.
— Fiquei com tanto medo… — confessou, apertando-os com força.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amargo Contrato de Casamento
História linda e emocionante como a fé e o amor são capazes de transformar vidas....
Maravilho...