Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 37

E assim o amor dos dois foi cada vez mais aumentando, às vezes Saulo precisava viajar a trabalho e ficava um tempo fora, já que ele tinha sua própria empresa para tomar conta.

Por mais que pedisse para Denise sair do emprego e acompanhá-lo nas viagens, ela batia o pé firme no chão, dizendo que nunca na vida, iria ser sustentada por homem. Sempre deixava claro que estava com ele por amor e não havia nenhum interesse na condição financeira ou nos benefícios que aquele namoro poderia lhe proporcionar.

Com todos esses contratempos, nunca deixaram de confiar um no outro, Denise era segura de si, e Saulo era um completo apaixonado.

Com quase dois anos de namoro, Saulo pediu para a amada começar fazer aulas de inglês, para que pudessem viajar para o exterior e conhecer a sua família. E mesmo que não quisesse falar mal dos pais, sempre a deixou a par de como era o temperamento dos dois.

— Minha mãe é um pouco problemática, cresceu numa família com ideias e pensamentos retrógrados, então não sei como será sua atitude quando conhecê-la.

— Por que está me assustando assim? — Denise perguntava, enquanto estava deitada no colo do namorado.

— Não se preocupe, ela poderá até resistir no começo, mas irá te aceitar quando ver o quanto eu a amo.

— Se ela for igual aquela sua ex, que apareceu aquela vez aqui na fazenda, eu pego minhas coisas e vou embora.

— Talvez ela seja daquele jeito ou até um pouco pior no começo, mas tenho um plano infalível para ela nos aceitar. — Ele disse.

— Que plano infalível seria esse?

— Irei colocar um bebezinho aqui. — Tocou na barriga dela.

Ela se levantou imediatamente.

— Haha, eu não farei um filho para ser cobaia de um plano desses, pode esquecer. Quando tivermos um bebê, será por vontade e desejo nosso de querer ser mais felizes do que já somos. — Explicou.

— Então nós já iremos casados, que tal? Quando chegarmos lá, contaremos que já estamos casados, desse jeito não poderão falar muita coisa.

— Eu não sei, essa ideia não me parece a mais inteligente. — Disse num tom meio triste. — Eu não quero pular ou adiantar as etapas do nosso relacionamento.

Ele percebeu que ela não havia gostado muito da ideia, então tentou contornar a situação.

— Olha morena, vamos deixar claro uma coisa, não importa o que aconteça, eu não irei me separar de você, nunca! — A abraçou.

— Você fala isso, mas já está de viagem marcada para outro estado. — Dessa vez ela usou um tom meio dengoso.

— Sabe que esse é o meu trabalho, morena, e que agora tudo está dobrado, ainda mais depois que Liana engravidou. O Oliver parece viver no mundo da lua, só vive falando daquela criança para todos os lados, que até da fazenda parece esquecer. Hoje mesmo, é dia de irmos para a capital e até agora ele não apareceu aqui, estou até preocupado, pensando se aconteceu alguma coisa.

Só foi Saulo abrir a boca para tocar no assunto da gravidez de Liana, que Joaquim chegou em casa desesperado.

— Saulo, corre agora para a casa grande, que o Oliver estar preste a matar o Túlio.

Ouvindo aquele relato sem entender nada, Saulo e Denise correram, entrando no carro com Joaquim, em direção à mansão, mas no meio da estrada, já se assustaram com o que viam. Túlio vinha correndo no meio do caminho, nu, com a cara toda ensanguentada, escoltado por três seguranças.

Joaquim parou o carro imediatamente e Saulo desceu assustado, perguntando o que havia acontecido.

— O que está acontecendo aqui? — Perguntou para um dos seguranças.

Túlio continuava andando e os homens iam atrás, apenas um dos seguranças parou e falou com Saulo.

— O patrão deu ordens para que o expulsassem da fazenda, e que caso ele pare, peça ajuda ou olhe para trás, nós poderíamos atirar na cabeça dele.

Lá na frente, Túlio continuava a sua via crucis.

Saulo retornou para dentro do carro e foi para a fazenda.

Deixando Denise e Joaquim no carro, entrou na casa e já estava escutando os gritos de Oliver dentro do quarto com Liana.

Como medo do que poderia acontecer, ele andou em direção onde os dois estavam. O barulho dos gritos aumentava, conforme ele se aproximava mais, então bateu na porta do quarto desesperadamente, tinha medo que o amigo acabasse fazendo alguma besteira.

— Vá embora! — Oliver gritou do outro lado da porta.

Saulo tentou abrir, mas a porta estava trancada.

— Sou eu, o Saulo. Cara, abre a porta!

Houve um silêncio de ambos os lados, até que Oliver abriu a porta.

— O que quer? — Oliver perguntou.

A mão dele estava sangrando, com certeza por bater demais em Túlio.

— O que houve? — Saulo perguntou preocupado.

— Não é uma boa hora, Saulo, por favor saia. — Tentou fechar a porta outra vez.

Mas Saulo interferiu com o braço, sem deixar que o homem fechasse a porta.

— Eu não vou sair daqui, enquanto você estiver nesse estado.

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