Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 38

Resumo de Bônus:38: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo de Bônus:38 – Capítulo essencial de Caminho Traçado - Uma babá na fazenda por Célia Oliveira

O capítulo Bônus:38 é um dos momentos mais intensos da obra Caminho Traçado - Uma babá na fazenda, escrita por Célia Oliveira. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

De volta aos tempos atuais...

Denise se sentia cada dia mais só, já fazia duas semanas que estava sem o noivo, sozinha na casa da sogra.

Saulo ligava sempre no mesmo horário e falava por pouco tempo. Nas conversas que tinha com ele, não havia tempo de falar sobre sua situação, já que Saulo sempre se mostrava cansado e abatido e ela não queria preocupá-lo mais, além disso, depois que escolheu ficar apenas trancada naquela quarto, sua sogra não a perturbava mais, o que de fato era bom.

Cora sempre trazia suas refeições no quarto e às vezes, ficava conversando um pouco com ela, a fazendo se distrair do tédio que era aquele lugar.

De fato, Cora havia começado a respeitá-la, e se Denise não fosse tão desconfiada, podia até achar que a mulher começara a lhe ter apreço, já que sempre se preocupava como se sentia, ou se precisava de alguma coisa.

Eram dez da noite quando Saulo ligou para Denise.

— Oi, morena, está fazendo o quê? — A voz do homem estava cansada, sabia o quanto ele devia estar exausto, ficando naquele hospital 24 horas com o pai.

— Nesse momento, estou sentada na varanda do quarto vendo as estrelas no céu. Esperava a sua ligação.

— Como o céu está por aí? Eu não consegui ver muito bem, mas parece que o dia hoje foi bem nublado por aqui.

— O céu está limpo e a lua está cheia.

— Queria estar aí com você. — Confessou. — Sinto muito não te ligar mais cedo, mas é que hoje o papai saiu da UTI e estive conversando com o médico até agora.

— Que notícia maravilhosa, estou tão feliz por seu pai, isso é um bom sinal, não é mesmo? — Perguntou animada.

— Sim, se tudo continuar correndo bem, daqui a uma semana chegaremos aí. — Avisou.

— Não haveria notícia nesse mundo que me faria mais feliz do que agora, estou com tanta saudade de você. — Tentava segurar o choro.

— Te garanto não estar mais que eu. Estou com tanta saudade, que você nem imagina. Quando chegar aí, quero me afogar nesses teus longos cabelos pretos, sabe que amo eles não é? — Ele disse.

— Achei que me amasse mais. — Brincou.

— Eu amo você completa, mas seu cabelo sempre foi o seu diferencial, por favor, não o corte nunca.

— Eu já não cortava por nada, agora com seu pedido, que não cortarei mesmo.

— Quando eu chegar, quero matar toda essa saudade que sinto de você, quero te levar para jantar e te mostrar meus lugares preferidos em Londres. Desde que chegamos, não tivemos um dia de paz ainda, eu prometo que vou compensar todo o tempo que perdemos.

— Quando chegar, só quero ficar com você. — Denise se sentia triste, a saudade que sentia de Saulo era imensa e ainda mais com os hormônios da gravidez, estava muito sensível. — Não quero me desgrudar de você nenhum segundo, não me importo em sair, ou seja lá onde estivermos, só quero você ao meu lado, eu te amo tanto Saulo, tanto, tanto. — Começou a chorar. — Só quero estar ao eu lado para resto de minha vida.

— Poxa, morena, não chora assim não, que me dá uma vontade de largar tudo aqui e ir correndo atrás de você, eu te amo mais-que-tudo nesse mundo, não tem ideia do quanto estou sofrendo longe de você. Se o estado de saúde de meu pai não estivesse tão grave, jamais te deixaria só, você é minha mulher, minha companheira, minha amiga, e a razão de tudo de bom que tenho dentro de mim, quando voltarmos para o Brasil, te darei a festa mais bonita, com o vestido mais lindo que existir. Colocarei duas preciosidades em você, a primeira; será um lindo anel de diamante em seu dedo, e a segunda, será um lindo bebezinho nessa sua barriga. E olha só, não adianta querer me enrolar mais, está me ouvindo? — Riu. — Se ficar adiando mais, eu farei que nem o Oliver fez com a Aurora, vou colocar dois bebês de uma só vez. — Brincou.

— Amor…

Ela estava prestes a contar sobre sua gravidez, mas decidiu adiar mais um pouco, faria uma surpresa quando ele chegasse, daria uma notícia boa em meio a tantas aflições.

— Fala morena.

— Só estou me colocando em meu lugar senhora. A moça é noiva do patrão, não posso destratá-la.

— Não seja covarde, eu que sou a sua patroa. Não admito que a trate como uma senhora desta família, está me ouvindo?

— Mas ela será a esposa do senhor Saulo, e consequentemente a futura dona desta casa. — Cora tentou se explicar.

Ao ouvir o que a mulher disse, o café que Betty estava bebendo pareceu ficar amargo em sua boca, ela não conseguiria imaginar aquela indígena sendo dona de toda a sua herança. Sua raiva estava tão aparente, que pegou a xícara que estava na mão e jogou todo o líquido na empregada, molhando o seu rosto.

— Você me fez perder o apetite, Cora, da próxima vez quando estiver comendo, não me fale coisas desagradáveis. — Se levantou — Aquela selvagem não terá direito a nada desta casa, pois jamais se casará com meu único filho, meu bem mais precioso. Não deixarei que uma qualquer estrague a minha linhagem nobre.

Betty saiu da sala de jantar, indo para seu quarto, antes de subir as escadas, viu Denise descendo toda arrumada e com seus longos cabelos soltos, que balançavam enquanto caminhava.

— O meu filho sai e você fica por aí, passeando com essa sua cara de cínica, como se nada estivesse acontecendo, parece torcer para que meu marido morra. O que será que anda aprontando pelas ruas de Londres?

— A senhora me respeite, estou saindo com uma amiga, e seu filho tem plena consciência do que estou fazendo e onde estou indo.

— Isso é o que você diz, coitado do meu Saulo, não sabe o tipo com que está se metendo. — Insinuou.

— Eu sinto pena dele também, mas é por conta da mãe que tem, não merecia ser filho de um ser tão ruim. Agora me dê licença, que estou com pressa. — Falou sem abaixar a cabeça.

Passou pela mulher, balançando seus cabelos e saindo pela porta principal.

— Seus dias estão contados selvagem, prefiro morrer, do que ver meu filho se casando com você. — Ciciou.

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