Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 49

Resumo de Bônus:49: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo de Bônus:49 – Caminho Traçado - Uma babá na fazenda por Célia Oliveira

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No relógio, se marcavam mais de três horas da tarde, quando o casal entrava no carro para voltarem para casa.

— Estou com tanta fome. — Saulo disse feliz, acelerando o carro.

— Eu também.

Depois do que aconteceu ali naquele rio e vendo a noiva conversando de um jeito descontraído, ele estava empolgado.

— Quer comer algo especial? — Perguntou, dando um beijo em sua mão.

— Não, o que Tereza preparou já é o suficiente, não teria paciência para pedir alguma coisa e esperar até ficar pronta.

Concordando com a mulher, dirigiu até sua casa. Após comerem e tomarem outro banho, o casal se sentou na varanda da casa, provando do Mousse de morango, que Tereza havia deixado para a sobremesa.

O silêncio reinava ali, apenas o barulho do vento e dos pássaros cantando era escutado naquele lugar.

— Hoje a noite, gostaria de ir à vila. — Denise falou, após terminar de comer sua sobremesa.

— Claro, você quer ir em algum lugar específico? — Ele perguntou animado, era bom vê-la conversando normalmente.

— Hoje pela manhã, quando fui fazer uma caminhada pela estrada do canavial, encontrei um casal bem simpático, embora eles tenham uma conversa meio estranha, eu gostaria de vê-los outra vez e convidá-los para um almoço aqui amanhã, claro, se você não se importar. — Ressaltou.

— Acho que é o mesmo casal que estava na casa do Oliver quando fui te procurar mais cedo.

— Eles me disseram que iriam passar por lá mesmo… — Parou para pensar — Não sei o porquê, mas de certa forma, me sinto melhor depois que conversei com eles.

— Estou tão feliz em te ver assim. Claro que eles podem vir amanhã, irei mandar preparar um almoço bem especial.

— Tudo bem então. — Ela se levantou e foi para o seu quarto.

Vendo que a noiva parecia estar de bom humor, Saulo tirou o resto do dia para ficar em casa, afinal, Denise talvez poderia querer conversar com ele novamente.

Enquanto Saulo escovava os dentes no banheiro do seu quarto, pensava no que ela havia conversado com aquelas pessoas, para fazer seu humor melhorar. Terminando, saiu do banheiro, encontrando Denise adentrando em seu quarto.

— Algum problema, morena? — Perguntou preocupado, já que ela nunca havia entrado ali, desde que se mudaram para aquela casa.

— Não, eu só… — Ponderava a falar. — Queria ficar aqui com você, posso?

Não precisou dizer mais nenhuma palavra, para Saulo se aproximar e abraçar a amada de um jeito apaixonante. Logo lágrimas começaram a caiar de seus olhos, havia uma mistura de sentimentos ali. Estar de novo abraçado a pessoa que ele mais amava naquele mundo, parecia um sonho realizado, já que não sabia quando sentiria aquilo de novo.

— Eu te amo tanto, morena. — Disse enquanto envolvia seus braços, apertando todo o seu corpo contra o dele. — Te amo tanto que chegar a doer, não sabe o quanto estava com saudade de sentir você assim.

— Eu te amo mais, muito mais. — Ela o beijou, e sem desgrudar seus lábios, caíram na cama, matando mais uma vez, a saudade e o desejo que estava reprimido, durante aqueles seis meses.

Ali fizeram mais uma vez amor.

[…]

Quando a noite chegou, saíram de casa e foram para a vila, chegando perto da praça, viram uma pequena aglomeração de pessoas, em volta de um homem que tocava violão e cantava uma música religiosa.

Eles ficaram sentados ali perto observando, até o pequeno culto ao ar livre terminar.

Após o termino do culto, algumas pessoas conversavam com o casal de meia-idade, Denise e Saulo se aproximaram, esperando a sua vez.

— Denise, que bom ver você por aqui. — Dalva foi em direção dela, alegre por vê-la ali.

— Olá Dalva, boa noite. — Denise a saudou um pouco tímida, por sair daquele jeito mais cedo.

No outro dia, quase meio-dia, quando o casal de meia-idade chegou. Denise mostrou a casa e o quintal para os visitantes. Logo depois do almoço, Saulo os convidou para se sentarem na varanda e comerem uma sobremesa.

— Este lugar é mesmo muito bonito, tenho certeza que vocês tem muitos dias alegres aqui. — Dalva falou.

Saulo e Denise se entreolharam, acho que um podia ler a mente do outro.

Desde que se mudaram, nunca tiveram um dia agradável como aquele que estavam vivendo hoje.

— Estamos morando aqui há pouco tempo. — Denise começou — Ainda não conseguimos criar memórias nesta casa, estamos passando por uns tempos difíceis, esta é a segunda vez que sentamos juntos nesta varanda.

Saulo se surpreendeu, com a facilidade da fala de Denise, ela não se abria com ninguém, então o fato dela estar se soltando com aquele casal, o fazia ter ânimo.

— Vocês são muito jovens, tem uma vida inteira pela frente, eu tenho certeza que irão fazer desta casa um lar, cheio de boas memórias. — Dalva disse, após notar as expressões no rosto do casal.

— Sabe Dalva, eu quero muito me apegar a suas palavras, quero muito que essa casa seja meu lar, quero que o Saulo seja meu marido, quero formar uma família com ele, pois eu o amo muito.

Denise dizia olhando nos olhos de Saulo, era como se estivesse se declarando para ele.

— O que está impedindo que vocês olhem para frente? — Francisco fez a pergunta, se dirigindo aos dois.

Saulo não se sentia a vontade de falar sobre sua vida pessoal para estranhos, mas como aquela oportunidade estava surgindo e ele via que Denise estava disposta a conversar ali, percebeu ser hora de deixar um pouco seu orgulho de lado.

Então ele contou toda a história que aconteceu na Inglaterra. Denise ouvia toda a versão dele e ficava em silêncio, estava assimilando e entendo as coisas sob as perspectivas dele, em algumas partes, não havia como segurar o choro, era como se estivessem em uma terapia de casal.

— A história de vocês é realmente triste, e eu queria dizer do fundo do meu coração, que sinto muito. — Francisco começou. — Mas há algo, que vocês precisam deixar para trás, e isso se chama mágoa, eu sei que tudo é recente, mas vocês precisam continuar seguindo, o passado foi terrível, então cabe a vocês fazerem do futuro um lugar melhor. Não há nada que possa ser mudado no passado, mas se viverem com o peso da culpa e da mágoa nas costas, jamais terão a oportunidade de viver o novo de Deus na vida de vocês. Olhem um para o outro, é nítido o quanto se amam. Saulo e Denise, mágoa é um peso que só incomoda quem o carrega, se libertem disso, perdoe as pessoas que lhes fizeram mal, não porque elas mereçam, mas sim, porque vocês merecem viver sem um fantasma nas costas, eu sei que nunca esquecerão o que passaram, mas é para frente que se anda, e para lá que vocês devem olhar e andar de mãos dadas.

— Não é um processo fácil, mas alguém precisa tomar uma iniciativa, ou vocês viverão assim para sempre, não prolonguem o sofrimento, não há nada que se possa fazer com o passado, a não ser deixá-lo lá. — Dalva concluiu a fala do marido, com voz terna.

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