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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 46

Nuria

A porta se fechou atrás de mim com um estalo seco.

Mas foi como se o som ecoasse dentro do meu peito, partindo algo que eu não sabia nomear.

Eu estava tremendo. Por dentro e por fora.

O corpo ainda ardia onde ele me tocou. Os lábios... inchados, sensíveis, famintos. E a pele... a pele gritava por ele. Ainda sentia suas mãos. Sua respiração. O calor animal que nos cercou.

E eu tinha fugido.

Como uma covarde.

Corri pela passagem secreta sem olhar para trás, o coração batendo descompassado, o peito doendo. Cada passo que me afastava dele parecia também me arrancar o ar dos pulmões.

“Que aceite. Que deseje. Que me queira.”

A voz dele ainda ecoava na minha mente.

E eu odiava o fato de que ele estava certo. Eu precisava escolher o que queria.

Ma eu também precisava de tempo. Para entender o que estava acontecendo comigo. Com meu corpo. Com minha loba.

Mas a verdade?

O que mais me assustava não era ele.

Era... eu mesma.

Porque quando os lábios dele tocaram os meus, não houve medo. Não houve lembrança. Não houve Solon.

Houve desejo.

Puro. Selvagem. Impossível de negar.

Minha loba se ergueu com força, como se tivesse finalmente reconhecido o que era dela. E eu... eu me entreguei. Por um instante. Um segundo.

E foi o suficiente para me deixar à beira do abismo.

“Isso foi um erro... foi só instinto…”

Menti. Para ele. E para mim.

Instinto não mente.

Eu sabia disso melhor do que ninguém.

Passei pela biblioteca e segui em direção aos fundos da casa, onde havia uma escada em espiral que dava acesso ao andar superior. Ninguém me viu. Ou, pelo menos, era o que eu esperava.

Cheguei sala de música e fechei a porta devagar, como se qualquer som pudesse denunciar o que eu carregava.

Toquei os próprios lábios.

E por um segundo, desejei que ele estivesse ali de novo.

"Não."

Me forcei a afastar o pensamento.

Eu era perigosa. Ele era o Alfa. Isso não podia acontecer. Não deveria acontecer. E, ainda assim...

Sentei no chão, no meio dos instrumentos, abraçando minhas pernas...

E chorei.

Mas não era dor.

Era frustração.

Era confusão.

Era… desejo.

E isso, pra mim, era o mais perigoso de todos os sentimentos.

Meu coração ainda batia rápido, como se tentasse acompanhar o que meu corpo havia acabado de viver. Ou quase viver.

“O que eu faço, Deusa?” sussurrei, entre lágrimas. “Se ele for o escolhido… por que ele? Ele é cruel. É letal…”

Limpei o rosto com as costas da mão, tentando apagar o gosto salgado da vergonha e da dúvida.

“Mamãe me dizia que seria um lobo bom… um com olhos gentis, com mãos suaves…”

Fechei os olhos. A lembrança da voz dela me partiu ao meio.

Mas Stefanos?

Ele era tempestade.

E, de alguma forma insana… meu corpo parecia nascer nela.

“Ah, aí está você!” levantei o olhar e vi Jenna entrando na sala, a expressão preocupada.

46. O que eu sou? 1

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