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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 47

Música do capítulo: I will Wait - 2cellos

Stefanos

Dois dias.

Duas malditas rotações da lua antes da chegada do Alfa Supremo.

Era tempo demais, como também não era tempo o suficiente.

A tensão crescia por toda a alcateia como uma névoa espessa que nenhum lobo conseguia afastar. E eu precisava garantir que tudo estivesse perfeito. Cada detalhe. Cada criado. Cada passo daquele maldito evento.

Mas havia uma coisa que não estava sob controle.

Nuria.

"A casa está impecável," disse Teodora, a governanta, enquanto me acompanhava pelo salão cerimonial. "Os convidados começarão a chegar amanhã ao entardecer. E a sala principal será finalizada hoje."

"Quero os corredores livres. Nenhum lobo rondando por áreas restritas. E a segurança reforçada ao redor da mansão," falei, firme.

"Sim, Alfa. E quanto à apresentação da loba...? O senhor tem certeza?" ela hesitou.

Meus olhos a cortaram como lâmina.

"Ela vai se apresentar," rosnei. "Mas ninguém vai se aproximar dela. Ninguém vai tocá-la. Nem interrogá-la. As outras podem ir para o inferno, mas Nuria vai permanecer comigo. Entendido?"

Teodora apenas assentiu, recuando. Ela sabia que quando minha voz baixava, era pior do que um grito.

"Avise o beta sobre minhas instruções." Ela concordou e a deixei no salão.

Subi as escadas sozinho, sem pressa. A cabeça cheia demais para tentar parecer imponente. O desejo me corroía por dentro como um fogo incontrolável, e o pior, ele vinha acompanhado de algo mais perigoso.

Proximidade.

Uma criada, Jenna, a quem eu nunca tinha prestado atenção, havia mencionado que Nuria estava na sala de música. A pequena loba tinha sido esperta ao camuflá-la em toda a situação. Ela fez o que eu não pude. E por isso, eu a recompensaria por isso.

Caminhei pelo corredor, e foi ali que o som chegou até mim.

Notas suaves, vibrantes, em contraste com risadas femininas. Raras. Leves. Como se a dor não existisse. Como se ali, dentro daquela sala, não houvesse passado ou cicatrizes.

Me aproximei, parando diante da porta. Não bati.

Empurrei com um só movimento.

O som parou. O riso se calou.

As duas me encararam. Jenna, um pouco assustada. Nuria, com os olhos semicerrados e o arco do violino ainda na mão.

"Jenna," falei, com um leve gesto de cabeça. "Pode nos deixara sós, por favor."

A menina hesitou, mas sorriu de leve e saiu, deixando a porta se fechar atrás de si.

Eu a tranquei. Com um clique seco.

Nuria me lançou um olhar afiado.

"Você pedindo por favor? Essa é nova. Devo me preocupar?"

"Sou educado com que se mostra leal." o olhar dela brilhou.

"Nunca terei sua educação." ela jogou a cabeça para trás, fazendo drama, ao pousar a mão no coração. "E o que posso fazer por você, alfa?" meus olhos se estreitaram. "Você adora trancar portas quando está a sós comigo, não é?" ela alfinetou, com sarcasmo.

Ri baixo. "E que graça teria se alguém nos interrompesse?"

Vi quando ela estremeceu. Pequeno. Mas real.

Ela ergueu o arco do violino como uma arma simbólica entre nós.

"Nem pense em se aproximar."

Dei mais um passo. Lento. Calculado.

"Está com medo de cair em tentação, lobinha?"

Ela riu, seca. "Você disse que me daria tempo para pensar."

"Eu disse. Mas nunca prometi que facilitaria para você."

Ela me encarou. Os olhos faiscando. Então ergueu o violino até o ombro e começou a tocar.

Não uma melodia leve.

Mas uma sequência pesada, provocativa. Como se a música falasse por ela. Como se, a cada nota, dissesse: 'Não sou sua. Ainda assim, tente.'

Meu sangue ferveu.

Ela dançava ao redor de mim. Tensa e livre. Selvagem e controlada.

Os acordes vibravam pelas paredes, pelo meu peito. Cada passo, cada giro, era uma provocação. E ela sabia. Sabia como estava linda, perigosa, insuportavelmente desejável.

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