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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 59

Stefanos

O corpo jazia aos pés do Alfa Supremo. O salão inteiro continuava congelado, como se até o ar tivesse sido suspenso.

Meu peito subia e descia lentamente. Meus olhos não deixavam os dele. E, por um segundo longo, pesado, ninguém ousou respirar.

Até que ele finalmente se mexeu.

Com toda a tranquilidade do mundo, o Supremo limpou uma gota de sangue respingada na manga com um lenço branco. Depois se levantou com uma calma que me deu vontade de esmagar algo.

“Lamento profundamente,” ele começou, a voz ainda polida, pública, controlada. “Eu não fazia ideia de que meu conselheiro... havia se desviado a esse ponto.”

Dei um passo à frente, com os ombros tensionados. “Se acha que isso pode ser resolvido com um lamento, é melhor voltar e rever o conceito de justiça.”

“Não, não,” ele disse, levantando a mão como quem tenta acalmar um animal enfurecido. “Você agiu com razão. Não posso deixar que lobos assim manchem minha alcateia nem a sua.”

Claro. Agora ele vestia o manto da razão. O tom conciliador. O ar diplomático que seduz as multidões e esconde o veneno sob a língua.

"Então estamos de acordo," respondi, seco.

Ele deu um passo, desviando do sangue que se espalhava pelo mármore. “Estamos. Inclusive... você demonstrou algo que muitos aqui ainda duvidavam. Força. Decisão. Um senso de liderança... primoroso.” Virou-se levemente para os convidados. “A festa está encerrada. Por favor, retornem às suas alas. As esposas de Solon... estão liberadas. Todas elas.” ele me olhou de relance.

Vários suspiros surgiram entre os presentes. A tensão se dissolveu como fumaça. Mas eu sabia. Eu sentia. Nada estava resolvido.

Ele não gostava de perder.

E hoje... ele tinha perdido. Tinha sido humilhado por mim.

Esperei todos se dispersarem. Rylan se aproximou por instinto, mas o afastei com um aceno. O Alfa Supremo não foi embora. Claro que não.

Ele me olhou com aquele sorrisinho educado e disse: “Me acompanhe um momento, Stefanos. Só um instante.”

Segui.

Entramos em uma das antecâmaras privadas da ala leste, onde não havia ninguém por perto. Apenas duas cadeiras, uma mesa e paredes velhas demais para terem ouvidos.

Ele cruzou os braços e se recostou com falsa casualidade.

“Você poderia ter me chamado,” disse. “Poderíamos ter resolvido isso de outro modo.”

“Um estuprador não merece um julgamento. Merece uma cova,” rebati.

“Não discordo. Mas não precisava do espetáculo.” Ele inclinou a cabeça. “Você me expôs. Me desafiou... na frente de todos.”

“Se um dos seus cães cruza a minha porta e morde alguém no meu território, a culpa é de quem segura a coleira. Eu apenas fiz o que precisava ser feito. Que sirva de aviso aos próximos.”

Ele sorriu, mas seus olhos estavam frios como gelo.

“Você é selvagem, Stefanos. Imprevisível. É isso que o povo gosta em você. É isso que me atrai em você como futuro sucessor... Mas também é o que mais me preocupa.”

“Então talvez devesse escolher outro sucessor,” murmurei.

Ele riu.

“Não. Você é o que eu preciso. Só precisa aprender a dançar no limite... sem atravessar a linha.”

Não respondi. Meu sangue ainda estava fervendo. Mas algo me incomodava mais do que ele.

Nuria.

Ela não saiu do meu peito desde que deixei aquele quarto. Desde que ouvi aquele grito.

Minha loba.

Minha maldição.

59. Sentença 1

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