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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 61

Stefanos

Nuria estava ali. Na minha cama.

Tão pequena, tão destruída… e ainda assim, mais forte do que qualquer loba que já conheci.

O filme seguia na tela, uma daquelas comédias ridículas que eu jamais escolheria assistir em sã consciência. Mas ela estava quase adormecida, encolhida sob meu cobertor, colada ao meu lado, com meu braço a envolvendo como se fosse a única coisa capaz de mantê-la inteira. Minha mão se movia devagar, afundando nos fios úmidos do seu cabelo. Eu não conseguia parar.

Ela não dizia uma palavra, mas seu corpo falava comigo.

Aos poucos, a tensão cedia. O ritmo da respiração dela desacelerava, como se minha presença a ancorasse no presente.

Meu lobo permaneceu em silêncio, não por paz, mas por fúria contida. Ele ardia por dentro. Gritava por sangue. Queria vingança.

Mas, mais do que isso… queria mantê-la ali. Intocável. Minha.

Me permiti observá-la, com uma calma que eu não sabia possuir. Os cílios longos tremularam suavemente quando ela suspirou, dando espaço ao cansaço que se espalhava em ondas silenciosas por seu corpo.

Vi pequenas sardas perto de sua têmpora, discretas, como se o sol tivesse beijado ali uma vez e nunca mais tivesse voltado. Havia também uma cicatriz fina, quase escondida atrás da orelha — imperfeita, silenciosa, mas presente. E quando ela se aninhava mais fundo em mim, um som baixo escapava de sua garganta, algo entre um suspiro e um ronronar contido. Meu lobo reagia toda vez que ouvia.

Nunca desejei uma companheira.

Nunca acreditei que precisava de uma.

Mas com ela...

Com ela, até o silêncio parecia um lugar onde eu queria morar.

Meus dedos continuaram deslizando por seu cabelo, e a cada toque, a cada mínima reação dela, algo em mim se partia, e, ao mesmo tempo, se reconstruía.

Como se ela estivesse me refazendo.

Sem saber.

Sem pedir.

E então uma batida seca, quebrou o momento.

Seu corpo enrijeceu.

"Será que..." ela se sentou imediatamente, em estado de alerta.

"Ei…" sussurrei, segurando seu rosto com delicadeza. Seus olhos se arregalaram, tomados pelo medo. "Está tudo bem. É só o Rylan com notícias. Sinta o cheiro dele." ela começou a farejar o ar.

"Ainda sim, pode ser uma má notícia." acariciei sua pele, desejando que a paz de minutos atrás voltasse.

"Vou descobrir o que ele quer. Fique aqui...não vou demorar."

"Você promete?" ela perguntou, tão baixinho que quase não ouvi.

"Prometo." inclinei o rosto e beijei sua testa, acariciando sua bochecha com o polegar. "Confia em mim, Nuria."

Ela assentiu com um pequeno movimento, mas sua mão ainda segurava minha camiseta com força. Soltei lentamente seus dedos, os levando a minha boca, e beijando um por um.

"Eu já volto." ela concordou, corando.

Me levantei devagar, abrindo a porta apenas o suficiente para sair. Deixei entreaberta. Se ela surtasse, se precisasse de mim... eu estaria a dois passos.

"Fala." murmurei, ao encarar Rylan do outro lado.

"As coisas com o Supremo… não ficaram exatamente agradáveis." ele disse, num tom contido. "Os conselheiros estão furiosos pelo que você fez. Estão pressionando o Supremo a te punir."

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