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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 70

Stefanos

O barulho da sirene ainda ecoava na minha cabeça, mesmo depois de terem levado Nuria para longe da mansão. A imagem dela, imóvel, a pele quase translúcida, recusava-se a abandonar minha mente.

E eu, parado ali, sem saber como reagir pela primeira vez na vida.

Minha garganta apertou. Não era medo. Não podia ser medo, não de um Alfa como eu.

Era fúria.

Movido pela raiva que borbulhava dentro do meu peito, agarrei o braço do médico quando ele tentou passar apressado por mim.

"Pare." Minha voz saiu rouca, grave, perigosamente baixa.

O homem estacou, empalidecendo na mesma hora. Seus olhos arregalados subiram lentamente até encontrar os meus. O medo nele era palpável. Bom. O medo era minha especialidade.

"S-senhor?" ele gaguejou.

"Pode ser veneno?" perguntei, direto, ignorando completamente o tremor da mão dele. "Ela pode ter sido envenenada?"

O médico engoliu em seco, suando visivelmente sob meu olhar cortante.

"Ainda não sabemos, senhor. A febre subiu rápido demais, e não conseguimos controlá-la. Precisamos de mais exames, mais respostas..."

Meu aperto em seu braço ficou ainda mais firme, fazendo-o engolir um gemido de dor.

"Você esteve com ela," ele continuou, nervoso. "Todos disseram que o senhor foi o último a estar com a senhorita Castiel antes dela passar mal. Se pudesse nos dizer o que aconteceu nessas últimas horas..."

Um rosnado baixo escapou da minha garganta antes que eu pudesse conter. A audácia daquele homem me questionando, insinuando algo, me fez ferver por dentro.

Eu a soltei com um empurrão leve, mas firme o suficiente para fazê-lo cambalear para trás.

"Está me acusando de algo?" rosnei, minha voz ecoando pelos corredores da casa agora completamente silenciosos.

O médico arregalou os olhos, negando com a cabeça imediatamente. "Não, senhor Alfa! Apenas queremos descobrir o que houve."

Girei lentamente, meu olhar passando por cada rosto ao meu redor. Jenna estava com lágrimas escorrendo pelo rosto. Teodora mantinha os olhos baixos, mas os punhos estavam cerrados. E Rylan... ele me encarava como se estivesse se esforçando para não dizer o que realmente pensava.

Por que todos me olhavam como se eu fosse culpado? Como se fosse um criminoso?

Eu não tinha feito nada a ela. Nada além de palavras duras. Nada que justificasse vê-la morrendo.

Nada daquilo fazia sentido.

"Rylan!" gritei de repente, fazendo todos estremecerem ao redor. "Quero as chaves do carro. Agora!"

Rylan jogou as chaves imediatamente para mim, e as agarrei no ar. Caminhei rapidamente, pisando forte, sentindo cada batida do coração ecoar dolorosamente no peito.

Meu lobo se agitava dentro de mim. Ele arranhava minhas entranhas, rosnando alto, me acusando com cada uivo de dor que ecoava na minha mente.

A culpa é sua, ele repetia, cortante como lâmina. Ela está morrendo, e a culpa é só sua.

Mas eu não tinha feito nada. Eu não podia aceitar aquela culpa.

Pisei fundo no acelerador, atravessando as ruas da alcateia em velocidade perigosa, as mãos tensas no volante. Meus pensamentos eram um caos, e a possibilidade mais brutal insistia em me atormentar:

E se ela já tivesse partido? E se Nuria já tivesse morrido naquela ambulância?

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