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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 71

Stefanos

O médico me encarou com olhos arregalados, nitidamente abalado pela minha ordem. Suas mãos tremeram ao ajeitar os óculos, e senti minha paciência, já mínima, atingir níveis perigosamente baixos.

"O senhor quer dizer… sobre as Millenares?" Sua voz gaguejou, claramente desconfortável com o rumo daquela conversa. "Nunca tivemos… eu achei que fossem apenas uma lenda antiga, algo como um mito..."

"Mitos não sangram azul, doutor," respondi rispidamente, estreitando os olhos para enfatizar meu ponto. "Nuria é uma Millenar, e ela está morrendo. Preciso saber por que diabos isso está acontecendo, e você vai me ajudar. Vasculhe cada maldita página deste hospital, se precisar, mas traga algo útil. Agora!"

O médico assentiu freneticamente, quase tropeçando em suas próprias pernas. Antes que ele pudesse sair, porém, algo me segurou. Minha garganta apertou com uma súbita necessidade, e minha voz saiu quase rouca:

"Posso vê-la?"

Ele parou na porta, os dedos segurando o batente com força, olhando-me com uma expressão entre surpresa e cautela.

"Pode, mas..." hesitou, escolhendo cuidadosamente as palavras. "Somente através do vidro. Ela está sedada e entubada. Não sabemos como seu corpo reagirá a qualquer estímulo agora."

Senti uma dor lancinante atravessar meu peito ao ouvir aquelas palavras. O lobo em mim rugia, em desespero, em revolta, em culpa. Assenti, sem falar mais nada, seguindo-o até uma grande janela de vidro que separava a realidade da minha dor mais profunda.

E lá estava ela.

Nuria, minha ruína, minha tentação, minha destruição. Deitada na cama branca, envolvida por tubos e fios. Sua pele, que horas atrás ardia sob meus dedos, agora estava pálida e imóvel. O peito subia e descia lentamente por ação mecânica, o rosto angelical quase irreconhecível, entregue a um sono profundo e sombrio.

Engoli em seco, meus punhos se fechando com tanta força que as articulações rangeram. Como a noite anterior tinha se transformado nisso? Como Nuria, a mulher que me desafiou com um sorriso, a loba que queimava de desejo por mim, se tornou um fantasma pálido e sem vida em poucas horas?

O peso da verdade caiu como uma rocha em meu peito, quase me sufocando:

E se ela estivesse errada?

E se eu fosse mesmo o destinado? Se eu fosse o escolhido pela Deusa para aquela maldita linhagem? Eu não era o Alfa Supremo ainda, mas sabia, mais do que qualquer outro, que minha força superava até mesmo a dele. Eu podia ser o destinado, não podia? Será que era isso que estava destruindo Nuria? O simples fato de ela ter rejeitado o escolhido por um maldito engano?

Eu precisava de respostas.

Minhas mãos tremiam quando peguei o celular, digitando rapidamente o número de Rylan. Assim que ele atendeu, soltei a ordem com voz trêmula, algo que não combinava com minha posição.

"Rylan, traga para o hospital tudo o que você tiver sobre as Millenares. Livros, manuscritos, qualquer merda que fale sobre isso."

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