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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 73

Stefanos

O silêncio naquela sala pesava mais que o aço. Me levantei devagar, sentindo cada músculo tensionado pelo esforço das últimas horas. Mas nada doía mais do que vê-la ali, imóvel, deitada naquela cama branca e fria, cercada por fios e máquinas que sussurravam o que restava da vida dela.

Me aproximei como quem teme assustar um sonho. Minha mão hesitou no ar antes de tocar seu rosto. A pele dela estava fria, pálida... Mas ainda era a dela. Ainda era a minha ruína.

Passei os dedos pela curva de sua bochecha, traçando o contorno do maxilar com cuidado, como se aquele toque pudesse convencê-la a abrir os olhos. Um sorriso amargo escapou, sem vontade.

"Claro que seria você... a me deixar assim." Minha voz saiu rouca, baixa. "Sempre tem que me enlouquecer de um jeito novo, não é?"

Deslizei os dedos por seus cabelos escuros, tão suaves quanto eu lembrava, mesmo naquele estado. E aquilo doeu. Uma dor que não era só minha. Era do meu lobo também.

"Escuta, ruína..." falei perto de seu ouvido, tentando parecer mais forte do que estava. "Quando você acordar, e vai acordar, a gente vai conversar. E dessa vez você não vai me deixar falando sozinho, entendeu? É uma ordem do seu Alfa... e do seu destinado."

O silêncio dela apertou meu peito mais do que qualquer resposta poderia.

"Você é a minha perdição, Nuria. E eu sou a sua. Não tem pra onde correr. Isso aqui entre nós... é inevitável."

Me inclinei um pouco mais, quase roçando meus lábios em sua pele. E sussurrei com tudo que tinha preso no peito:

"Eu nunca quis te rejeitar. Só... não consegui lidar com o ‘não’ que você me deu. Mas isso não quer dizer que eu não te queira. Eu te quero tanto que chega a doer. Então volta. Volta pra sua vingança. Volta pra mim."

Na mesma hora, o monitor cardíaco disparou, os bipes subindo em ritmo. Meu corpo inteiro congelou por um segundo. Depois, um alívio quase insano tomou conta de mim. Um sorriso escapou, inesperado.

"Eu sabia que você estava me ouvindo." Toquei sua testa e deixei ali um beijo leve, carregado de tudo que eu não conseguia dizer em voz alta. "Você é teimosa demais pra desistir. E eu sou teimoso demais pra deixar você ir."

Me afastei devagar, com a certeza de que aquela não seria nossa última conversa.

"Não me assusta mais assim, entendeu?"

Saí da sala com a energia fervendo de novo nas veias. Na recepção, encontrei Rylan sentado, mãos unidas, olhar baixo.

"Algo mudou?" ele perguntou, erguendo os olhos.

"Nuria está lutando." Endireitei os ombros. "Mas se eu quiser salvá-la... preciso de respostas. Preciso ir até a antiga alcateia dela. Antes que o tempo acabe."

Puxei o celular do bolso. "Onze horas e meia. É o que me resta."

Rylan franziu o cenho. "Quem te deu esse prazo?"

"Não importa." Minha voz foi cortante. "Só me dá o endereço da alcateia dela."

Ele hesitou, mas não ousou me contrariar. Já conhecia bem meu humor quando algo envolvia Nuria.

"A antiga casa dela fica bem longe... umas cinco horas de viagem." Ele consultou rapidamente o celular. "Essas alcateias antigas sempre se escondem nas extremidades do território. Mais difícil de invadir."

"Ótimo," rosnei. "Difícil é pouco agora."

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