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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 77

Stefanos

O céu lá fora ainda estava cinzento, coberto por nuvens pesadas que prometiam mais chuva. A cidade dormia, mas eu estava acordado há horas, encostado perto da janela do quarto. O silêncio era cortado apenas pelas batidas suaves do monitor cardíaco ao meu lado.

Ela estava ali. Viva.

De tempos em tempos, eu me virava só pra confirmar. Era irracional, talvez. Mas meu lobo ainda não tinha superado o susto.

Minha ruína, inconsciente na cama, os cabelos espalhados sobre o travesseiro branco como uma coroa sombria. A cor da pele começava a voltar. O peito subia e descia com mais firmeza. O cheiro dela, antes tão fraco, agora preenchia o quarto com um aroma doce, inconfundível. Ela estava se curando.

E pela primeira vez desde que tudo aconteceu… eu sorri.

Então, vi seus cílios se moverem.

Fiquei parado, atento. Um segundo depois, ela franziu levemente a testa e gemeu baixinho. Acordando devagar. Voltando pra mim.

Me aproximei sem pressa, sentando ao lado da cama, os olhos fixos no rosto dela. Ela abriu os olhos, e nosso olhar se encontrou.

Dessa vez, sem dor.

Sem desespero.

Só… nós.

"Bom dia," murmurei, minha voz mais suave do que eu esperava.

Ela piscou algumas vezes, como se quisesse ter certeza de que eu era real. Depois abriu um sorriso pequeno, quase tímido.

"Bom dia," respondeu com a voz rouca.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Bastou. Estar ali com ela acordada era tudo o que eu precisava.

"Eu… preciso ir ao banheiro," ela disse de repente, sem jeito, desviando o olhar.

Assenti e me levantei imediatamente.

"Eu te ajudo."

"Stefanos, eu posso..."

"Você ainda tá fraca." Minha voz cortou, firme, antes que ela terminasse. "Não discuta."

Ela suspirou, mas não brigou. Deixei meus braços a envolverem com cuidado, a ergui da cama e a apoiei contra meu peito. Ela não resistiu, e isso me dizia mais do que qualquer palavra.

O corpo dela pesava menos do que deveria. Os músculos tremiam com o esforço mínimo. E isso... me deixou em alerta.

Ela percebeu.

"Eu tô bem," disse, com um meio sorriso cansado. "Só... preciso de mais uns dias de descanso e logo estarei completamente saudável de novo."

"Você vai ter o tempo que precisar," respondi, a conduzindo até o banheiro. "E não vai sair desse quarto até estar cem por cento."

"Quarto?" ela murmurou, confusa. "Isso aqui não é o hospital?"

"É."

A sentei com cuidado e me ajoelhei à sua frente.

"Mas a partir de agora, você fica no meu quarto. No hospital ou em casa, tanto faz.

Você não limpa nada.

Não serve ninguém.

Você se recupera. E só."

Ela arregalou um pouco os olhos, surpresa. Mas eu ainda não tinha terminado.

"Se quiser... posso providenciar um professor de música. Vi seu violino. As partituras.

Acho que... seria bom você ter isso de volta."

Ela me olhou como se não soubesse o que dizer. Como se as defesas dela estivessem murchando, uma a uma.

E por um instante, vi nos olhos dela a fêmea que existia antes da guerra. Antes da dor.

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