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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 82

Stefanos

Johan não disse mais nada.

Simplesmente virou as costas e sumiu pelo corredor, como um lobo ferido demais pra continuar latindo.

Fiquei ali por alguns segundos, respirando fundo, tentando conter a fúria que ainda pulsava sob minha pele.

Mas não era só raiva que queimava dentro de mim.

Era ela.

Apenas ela.

O cheiro estava mais forte agora.

Mais quente. Mais doce.

Denso o suficiente pra grudar em cada parte do meu ser, me arrastando como uma corrente invisível até a porta do quarto.

Girei a maçaneta.

Abri devagar.

E lá estava ela.

Sentada bem no centro da minha cama, com os joelhos recolhidos contra o peito e o livro antigo aberto sobre as pernas.

O cabelo solto, caindo em ondas desordenadas. A pele corada.

E os olhos… marejados, como se acabasse de encarar um segredo que muda tudo.

"Stefanos..."

Ela disse meu nome com uma reverência silenciosa. Como se ele pesasse demais pra ser pronunciado.

Fechei a porta atrás de mim.

"Então você encontrou sua história..." falei, minha voz rouca, carregada de algo que eu nem tentei disfarçar.

Ela assentiu devagar, ainda me encarando.

"Era da minha mãe. Ela dizia que eu só poderia abrir esse livro quando o Escolhido aparecesse."

Me aproximei em silêncio, cada passo me levando mais fundo naquele momento.

"E agora... você conhece a origem de tudo, assim como eu. Li o livro todo enquanto você dormia."

Ela baixou o olhar, as palavras saindo quase num sussurro:

"Você encontrou o esconderijo. O assoalho... esse livro. Tudo isso... você. Como se soubesse exatamente onde procurar."

"Saber, eu não sabia," murmurei, parando à frente dela. "Mas o meu lobo... ele sentiu. Desde o primeiro segundo."

Ela mordeu o lábio, desviando o olhar por um instante, como se quisesse fugir da verdade.

Mas era tarde demais para fugir.

E ela sabia.

"Agora tudo faz sentido", disse, com a voz trêmula.

"Na profecia... diz que eu só reconheceria meu companheiro depois de me apaixonar. Que o amor viria antes do reconhecimento. Que eu me renderia… sem saber a quem."

Um arrepio correu pela minha espinha.

"Então..."

Inclinei a cabeça, os olhos colados nos dela.

"...você se apaixonou?"

Ela travou. O ar falhou.

E foi impossível não sorrir.

"Claro que não!" rebateu rápido demais, como se quisesse convencer a si mesma. "Que absurdo!"

"Ah, claro…"

Minha voz ficou mais grave.

Mais sarcástica.

Dei a volta na cama e a puxei pelas pernas com firmeza, trazendo seu corpo pra beirada, para mim, como se ela me pertencesse ...porque pertencia.

"Stefanos!!!"

"Nuria…"

A voz saiu arrastada.

"Para de mentir."

"Quem está se enganando aqui é você", ela retrucou, me lançando aquele olhar cheio de fúria e confusão.

E eu ri.

"Entrar no cio fora de época..." Me aproximei mais, com um sorriso torto. "Isso parece bem mais do que um simples engano, Ruína."

O cheiro dela me invadia como um convite proibido.

Doce, quente, afiado.

Ela estava pronta.

Mesmo que tentasse negar com palavras, o corpo dela já tinha me escolhido.

Quando percebeu que eu sentia, ela escondeu o rosto entre as mãos, ruborizada.

"Isso é… vergonhoso", murmurou, a voz abafada pela vergonha.

Um rosnado escapou do fundo da minha garganta.

Peguei seus pulsos com firmeza, puxando suas mãos para trás da cabeça, prendendo-a sob meu domínio, obrigando-a a me encarar.

De perto.

Tão perto que nossos narizes quase se tocavam e o ar entre nós sumia, carregado de tensão.

"Não há nada de vergonhoso nisso, Nuria", murmurei, com o tom mais baixo e mais bruto que eu podia. "Vergonhoso seria você negar o que sente."

Ela arfou, as pupilas dilatadas, lutando contra si mesma.

Foi um beijo faminto. Ardente. Dominador.

Minha boca capturou a dela com fome, com a urgência de alguém que havia esperado vidas por aquele toque.

E ela… ela correspondeu.

Como se a alma dela soubesse exatamente onde era o lar.

Minhas mãos deslizaram pelas laterais de sua cintura, subindo pelas costas até o cabelo, puxando com firmeza.

Ela ofegou contra minha boca, e eu aproveitei para invadir mais fundo.

A língua explorou, reivindicou.

Tomou.

E mesmo assim, não era o suficiente.

Me afastei, só o bastante pra olhar em seus olhos.

Ela estava desorientada, os lábios inchados, a respiração falha.

Uma loba no limite.

Lentamente, desabotoei o primeiro botão da minha camisa.

Depois o segundo.

Depois o terceiro…

Cada movimento calculado. Cada centímetro de pele exposto me colocando mais no controle.

Ela me observava em silêncio, travada entre o desejo e a vontade desesperada de manter a razão.

Mas era tarde demais.

Ri, baixinho, vendo a luta no rosto dela.

"O que foi, ruína? Tá tentando me convencer que não está louca por mim?"

"Eu não..." ela começou, mas a voz falhou.

As pupilas estavam dilatadas, a pele corada, os mamilos marcando sob o tecido fino da blusa.

O cio não era mais discreto.

"Você pode mentir com palavras, Nuria."

Dei mais um passo, e ela recuou na cama.

"Mas seu corpo... sua loba... não mentem."

A peguei novamente, puxando-a pela cintura.

Seu corpo colou ao meu.

"Você já é minha, e sabe disso."

Ela arfou, mordendo o lábio, e eu rosnei baixo.

"Agora... só falta te marcar."

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