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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 83

Nuria

O gosto dele ainda estava nos meus lábios.

O cheiro... amadeirado, selvagem, quente... impregnava cada canto daquele quarto, como se os próprios móveis soubessem que ele era meu.

Ou melhor... que eu era dele.

Ou talvez nenhuma das coisas. Talvez ambas.

Eu ainda não conseguia entender como aquele Alfa, bruto e dominante, podia ser o nome escrito na profecia da minha linhagem.

Será que a Deusa cometeu um erro?

Ou fui eu quem errou, ao deixá-lo chegar tão perto?

Stefanos estava ajoelhado entre minhas pernas, as mãos firmes na minha cintura, escorregando com lentidão pela minha coxa, subindo o tecido fino do vestido que eu usava.

Cada toque era uma sentença.

Cada olhar, uma promessa.

Era diferente de tudo que eu já havia sentido antes.

Não era só desejo... era necessidade.

Não era só excitação ... era fogo, queimando por dentro, exigindo ser saciado.

O modo como ele me olhava... como se meu corpo fosse um templo e ele fosse o único permitido a tocá-lo.

Como se já soubesse cada lugar onde me desfazer.

E, mesmo contra tudo o que minha mente gritava, eu sabia:

Eu já tinha me perdido há muito tempo.

"Você é o erro que a minha alma repete", sussurrei, com a voz rouca. "e que meu corpo implora pra nunca corrigir."

Ele sorriu, aquele maldito sorriso torto, que me desmontava inteira.

"Para de fugir de mim, ruína. Sua loba já se rendeu. Só falta seu lado racional."

Eu ia retrucar. Eu juro que ia.

Mas então ele abaixou a cabeça...

E seus lábios tocaram a curva interna da minha coxa com uma lentidão calculada, quase cruel.

Um arrepio elétrico percorreu minha espinha, me fazendo arquear levemente.

Os dentes dele roçaram minha pele com precisão felina — e o frisson que aquilo causou não foi suave.

Foi uma explosão silenciosa, um incêndio que começou no centro do meu corpo e se espalhou, descontrolado.

"Stefanos..."

"Shhh." A voz dele era grave, arrastada, carregada de promessas sujas.

"Deixa eu cuidar de você… do meu jeito. Do jeito que imaginei em cada noite desde que te vi. Te marcar com minha boca, te abrir com meus dedos, te fazer esquecer qualquer toque que não seja o meu."

Os dedos dele subiram pela minha coxa com lentidão quase cruel. Explorando. Provocando.

E então... ele chegou até a barra da minha calcinha, e por um segundo, ficou ali, sob o tecido. Me provocando. Sentindo. Como se quisesse memorizar cada detalhe antes de invadir de vez o que era só dele.

E quando deslizou os dedos por entre minhas pernas, me encontrou do jeito que ele já sabia...

Quente. Molhada. Tremendo.

"Olha só você", ele murmurou, a voz colada na minha pele. "Toda entregue... sem nem precisar pedir."

Ofeguei, a cabeça caindo pra trás. Meu corpo inteiro vibrava.

O prazer subia em ondas lentas, deliciosas, me deixando fraca, exposta, desesperada por mais.

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