Stefanos
Saí do quarto como se estivesse fugindo de mim mesmo.
Meus dedos ainda carregavam o cheiro dela. A boca, o gosto. E o corpo... o corpo inteiro gritava pra voltar e terminar o que começamos. Mas não dava.
Não quando a porra do mundo decidiu desabar exatamente agora.
O corredor estava vazio. Rylan, aquele beta esperto, não estava me esperando. Melhor assim. Se estivesse, teria virado carne moída encostada na parede.
Meu lobo ainda estava em fúria. Meu controle? Em frangalhos.
Entrei no quarto de hóspedes mais próximo e fui direto pro banheiro. Joguei água fria no rosto, mas não foi o suficiente.
Tirei a camisa com um puxão bruto, chutei os sapatos pro canto e abri o chuveiro no máximo. Gelado. Letal.
A água caiu como facas sobre minha pele, mas não esfriou o suficiente. Meu pau continuava duro, latejando de necessidade. De raiva. De tudo.
Inferno.
Eu não podia aparecer na frente do meu beta com o cheiro dela ainda impregnado na minha pele. Com o corpo em chamas, clamando por ela como um viciado em abstinência.
Encostei na parede gelada do banheiro, os punhos cerrados, tentando respirar. Mas o ar só parecia inflamar ainda mais.
Fechei a mão em volta do meu pau, tenso, pulsando de desejo e frustração. Bastou fechar os olhos pra vê-la ali... só de lingerie. As pernas entreabertas, a pele arrepiada, o olhar me pedindo para que eu a fizesse minha.
Comecei a me mover. Rápido. Raivoso. Desesperado.
Cada estocada da minha própria mão era um lembrete: ela é minha. E logo vai gritar meu nome quando eu estiver enterrado entre suas pernas.
Eu queria devorá-la.
Mas por agora... só restava isso.
A respiração ficou mais pesada.
O lobo rosnava dentro de mim.
O prazer crescia, feroz, selvagem, me rasgando por dentro.
E quando não deu mais pra segurar...
"Nu...ria..."
Meu gemido ecoou pelo banheiro como um trovão abafado, carregado de fúria e rendição.
Gozei forte. Tenso. Cru. O corpo inteiro tremendo com a intensidade do alívio.
Mas não era suficiente.
Nada seria suficiente até tê-la por completo.
Me apoiei por alguns segundos, arfando como se tivesse acabado de sair de uma batalha.
Depois, desliguei o chuveiro.
Vesti a mesma roupa, mesmo com o corpo ainda molhado.
"Solon está com o Alfa Supremo neste momento."
A informação me fez cerrar os punhos. Mas não falei nada. Ainda.
"Ele levou advogados com ele. Está tentando reverter a situação. Pedindo a restituição de parte do que foi tomado. E entre os pedidos..."
"Deixa eu adivinhar." Sorri sem humor. "Ele quer a Nuria."
Rylan confirmou com um aceno contido.
A explosão veio antes que eu percebesse.
Joguei o copo contra a parede com toda a força. O estilhaço voou como se fosse uma bomba.
"EU VOU ACABAR COM ELE!" rosnei, a voz ecoando como um trovão no ambiente. "Vou destruir o que sobrou daquele bastardo e jogar os pedaços no colo do Supremo."
"Stefanos—"
"Não. Acabou o diálogo. Acabou a política."
Dei dois passos à frente. Minhas presas ainda latejavam. As garras, prontas.
"Nuria é minha. E quem ousar questionar isso..." Respirei fundo, o lobo tomando cada centímetro do meu controle. "...vai conhecer o tipo de inferno que só um Alfa moldado na guerra é capaz de invocar."
Rylan apenas assentiu, porque sabia.
Nada, nem o Supremo, nem Solon, nem o próprio destino, ia me impedir agora.

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