Nuria
Acordei com o corpo inteiro dolorido.
Mas era uma dor boa. Uma dor quente. Uma lembrança viva de tudo o que aconteceu na noite anterior.
Stefanos não apenas me tomou, ele me reivindicou com a fome de quem esperou uma vida inteira por aquilo. Seus toques foram firmes, decididos, e ao mesmo tempo delicados, quase reverentes. Ele me adorou como se cada centímetro do meu corpo fosse sagrado, como se cada gemido meu fosse uma oferenda que ele ansiava receber. Me amou como se o mundo estivesse prestes a acabar e aquele fosse nosso único instante. Como se o tempo tivesse parado só pra nós.
Nos braços dele, eu não fui uma sobrevivente. Fui uma loba. Fui mulher. Fui Luna. E mesmo sem entender completamente o que isso significava, eu senti. Senti no toque, no olhar, no jeito como ele me envolveu e me puxou contra o peito, como se quisesse me fundir à carne dele. Eu me desfiz tantas vezes naquela noite que perdi a conta. Gozei em seus dedos, em sua boca, em seu corpo. Uivei por dentro. Ardi por inteiro. E no final, chorei. Não por dor, mas por ter sido tocada com tanta verdade, com tanto respeito, com tanta entrega. Ele me deu prazer, sim… mas também me deu segurança. Silenciou medos antigos sem dizer uma palavra.
Agora, com o rosto afundado no travesseiro e os lençóis ainda embebidos do nosso cheiro, eu só queria permanecer ali. A lembrança do corpo dele sobre o meu, a boca percorrendo meu pescoço antes da mordida, o roçar dos dentes marcando a eternidade da nossa união... tudo aquilo ainda pulsava em mim. E mesmo adormecida, minha loba ronronava satisfeita, como se tivesse encontrado, enfim, o lar que sempre buscou.
Foi quando senti a presença dele.
O calor.
O peso.
O cheiro.
Stefanos pairou sobre mim devagar, até seus lábios tocarem meu ouvido com aquele tom rouco que só ele tinha.
"Se você continuar ronronando assim, Ruína… eu vou ser obrigado a te tomar de novo."
Um arrepio percorreu minha espinha, quente como um raio de sol invadindo o quarto pela janela.
Inclinei levemente o quadril, empinando o bumbum na direção dele, com um sorrisinho preguiçoso nos lábios. Me esfreguei nele, sentindo a ereção pulsante que já despertava junto com o lobo dele. Meu toque arrancou um rosnado grave, quase possessivo.
"Você gosta de brincar com fogo logo cedo, Ruína?" ele murmurou, a voz rouca no meu ouvido. “Então queime por mim.”
A respiração dele bateu quente na minha nuca antes dos lábios encontrarem minha pele. Ele beijou devagar, primeiro o ombro, depois a curva das minhas costas, descendo com ternura perigosa, como se me preparasse para algo sagrado. Seus lábios traçaram um caminho pelo centro da minha coluna, e o contraste entre a suavidade do gesto e a tensão do seu corpo atrás de mim me deixou completamente entregue.
"Você é minha agora," ele sussurrou, entre um beijo e outro. "E eu vou te lembrar disso até seu corpo não aguentar mais."
Meus dedos apertaram os lençóis.
Ele me segurou pela cintura com firmeza, os dedos marcando território, cravando presença. E então me tomou.
Feroz. Cru. Intenso.
Mas ainda assim… com carinho. Um carinho disfarçado na firmeza do toque. Um carinho bruto, real, que me fez gemer contra o colchão.
Estávamos conectados. Pele, alma, instinto.
Os quadris dele se chocavam nos meus com precisão, com ritmo, com fome. A cada estocada, o nome dele escapava dos meus lábios entre gemidos ofegantes, e meu corpo cedia. Pedia mais. Gritava por mais.
E ele me dava tudo.
Como se meu prazer fosse o combustível que o mantinha vivo.
Quando finalmente colapsamos, ele ainda me segurava com firmeza. Seus dedos ainda cravados na minha cintura, como se não quisesse me soltar. Como se o mundo lá fora fosse perigoso demais para me deixar escapar.
Me virei devagar, procurando seu peito. E ele entendeu antes mesmo de eu pedir. Me puxou para os braços dele, me encaixando como se fôssemos feitos assim, para sermos um só.
Apoiando o queixo no peito dele, beijei a pele ainda quente, sentindo seu coração bater forte. Forte como o dele sempre foi. Firme como ele sempre tentou ser, mesmo quando o mundo desabava ao redor.
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