Laura Stevens –
Eu me aproximei dele, sentindo meu coração martelar dentro do peito.
As palavras de Christian ecoavam em minha mente, cada sílaba carregada de um tom rouco e exausto, mas inegavelmente possessivo. Ele estava ali, acordado, me olhando daquele jeito intenso, como se eu fosse a única coisa que importava para ele.
Mal sabia ele que, era ele quem era o meu tudo.
Me sentei na beira da cama, deslizando suavemente os meus dedos pela pele do seu rosto, enquanto o olhava com atenção.
— Eu achei que fosse te perder... — Sussurrei, sentindo minha voz embargar.
Os olhos dele se suavizaram por um instante, e sua mão trêmula encontrou a minha.
— Nunca mais diga isso. Eu nunca vou te deixar. — Sua voz era baixa, mas carregada de determinação.
Ele apertou minha mão com força, como se quisesse me provar que estava ali, vivo e não ia a lugar nenhum.
Engoli em seco, sentindo o alívio misturado com a avalanche de emoções dos últimos dias.
— Você está aqui... — soltei um riso fraco, sem perceber que lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto.
Christian levantou a mão e limpou uma lágrima com o polegar, deixando seu olhar penetrante, analisando cada detalhe do meu rosto.
— Você ficou todo esse tempo comigo?
Assenti, sem hesitar.
— Eu não sairia por nada nesse mundo. – Falei soltando um riso fraco, me aproximando um pouco mais, mas sendo cautelosa.
Ele fechou os olhos por um instante, soltando um longo suspiro.
— E Nathan?
Meu corpo ficou tenso na hora. Eu sabia que esse momento chegaria.
— Estamos perto. Dominic encontrou uma pista no aeroporto. Ela não estava sozinha...
O maxilar dele enrijeceu.
— Quem?
Respirei fundo.
— Ainda não sabemos ao certo, mas Dom acha que pode ser alguém conhecido.
Os olhos de Christian se estreitaram, e mesmo debilitado, pude ver a fúria crescendo dentro dele.
— Eu vou matar quem ousar colocar um dedo no meu filho.
Aquele tom gelado me deu arrepios. Ele tentaria fazer algo impensável se não o impedissem.
— Christian, você precisa se recuperar primeiro. E nós vamos encontrá-lo, eu prometo.
Ele abriu a boca para retrucar, mas um gemido de dor escapou quando tentou se mover. Automaticamente, segurei seus ombros, forçando-o a se manter deitado.
— Se continuar assim, vai acabar voltando para a UTI. – Falei me afastado, mas ele me puxou de volta.
Christian respirou fundo, fechando os olhos por um instante, e quando voltou a me encarar, havia algo diferente em sua expressão.
— Você me ama, Laura?

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