“Fernando”
A Melissa saiu tão cedo de casa hoje e ontem nós mal conversamos. O clima estava estranho e eu sabia que ela estava chateada. Eu precisava fazê-la entender que ela é muito importante para mim. E precisava que ela entendesse que o trabalho é muito importante também.
Eu tinha que ter conversado com ela ontem, ter esclarecido as coisas, mas eu liguei para os meus pais, como faço toda semana e não tinha idéia que minhas primas estariam lá e eu acabei me distraindo num b**e papo com as garotas, elas estavam cheias de novidade da faculdade. Mas disso a Melissa não tinha o direito de estar enciumada. Tudo bem que elas nunca se deram bem, mas eram filhas da irmã da minha mãe, nós éramos família.
O fato é que agora eu estou aqui no trabalho com a cabeça na minha namorada que está vendo problema onde não tem. E ainda tem a coisa do casamento, todo mundo se casando e a Mel não quer ficar pra trás, mas eu ainda sou muito novo pra isso, eu tenho só vinte e oito anos, ainda é cedo. E ela também. E eu sei que com o casamento vai vir a pressão por filhos. Eu não estou pronto para ser pai.
- Nandinhooo! – A Jeniffer me encontrou tomando um café e pulou no meu pescoço toda empolgada. Essa garota não respeitava o meu espaço pessoal.
- É Fernando, Jennifer, e, por favor, não me abraça de novo. – Eu tirei as suas mãos de mim.
- Ai, vai dizer que tem fobia de abraço? – Ela ergueu uma sobrancelha. – Como você faz com a sua namorada, vocês não se abraçam?
- Minha namorada é outra história, Jennifer, você é apenas minha colega de trabalho. – Eu respondi e ela riu, ela não me levava a sério.
- Você é formal demais, Nandinho! – Ela colocou a mão no meu braço e eu me afastei dando um passo para trás.
- E você é formal de menos. O que você quer agora? – Eu perguntei meio irritado, estava preocupado em resolver a minha situação com a Melissa para eu poder voltar a focar no trabalho.
- Nandinho, eu arrasei na minha apresentação. – Ela falou com a empolgação de um calouro na faculdade.
- Que ótimo para você! E é Fernando. – Eu falei sem empolgação e me virei para voltar a minha mesa.
- Espera, Fernando. – Ela pediu dando ênfase no meu nome e eu me virei. – Almoça comigo hoje, pra comemorar o meu sucesso. Eu pago!
- Não, obrigado. Eu tenho planos para o almoço. – Eu me virei e saí dali. Ela era empolgada demais, era meio irritante. E ficava me tocando demais.
Eu voltei para a minha mesa e pensei em mandar flores para a Mel, mas talvez eu precisasse de mais do que flores dessa vez.
Na hora do almoço a Jennifer insistiu mais uma vez e eu recusei mais uma vez e para resolver um problema ou que ela me encontrasse em algum lugar, eu pedi algo para comer no escritório. Mas no fim do expediente eu não tive para onde correr.
- Fernando. – O Bóris veio em minha direção. – Nós vamos no bar em frente beber alguma coisa. Vem com a gente.
- Bóris, eu preciso ir... – Mas eu nem pude terminar o que ia dizer.
- Vai depois, Fernando. Anda, quero a equipe toda lá, happy hour. – Ele me deu as costas e saiu.
Eu teria que aparecer no bar, ser visto e sair de fininho, porque eu queria chegar mais cedo em casa e preparar algo para a Mel. Eu fui, me encostei no balcão e pedi um refrigerante.
- Fernando, pede um whisky, eu pago. – O Bóris se aproximou e chamou o barman.
- Eu não bebo, mas obrigado. – Eu respondi.
- É sério isso? Nem uma dose? – Ele insistiu e eu fiz que não.
- Nandinho! Você veio comemorar comigo. – A Jennifer chegou e deu um beijo no meu rosto e eu me afastei sutilmente.
- Vocês formam uma boa dupla. – O Bóris sorriu e se afastou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......