“Melissa”
A semana já estava acabando e o Fernando estava trabalhando até mais tarde todos os dias, mas pelo menos eu sabia que seria por pouco tempo e aquela fulaninha não estava em cima dele como formiga no açúcar. Então eu estava tranquila e para não me sentir muito sozinha no apartamento eu ia para a casa da Catarina todos os dias depois do trabalho.
Mas hoje eu consegui sair mais cedo do escritório porque eu tinha um assunto para resolver. Fui direto para o hospital, eu precisava dar um jeito na assistente do Fernando, aquela mocinha parecia não ter saído do colégio, eu precisava resgatá-la urgente. Eu até levei um susto quando saí do elevador e dei de cara com a Hana.
- Ai, Hana! Me assustou. – Eu falei com a mão no peito e ela me puxou para um canto próximo a janela.
- Desculpa, Melissa, mas eu preciso te avisar. – Ele sussurrou, mas não tinha ninguém por perto.
- O que foi? – Eu sussurrei de volta em tom de brincadeira.
- Ela está aí! – Ela continuou sussurrando.
- Ela quem, Hana? – Eu estava meio confusa com essa mocinha.
- Aquela que você colocou para fora outro dia. – A Hana falou e deu uma olhada no corredor, na direção da sala do Fernando.
- Mas o que a fulaninha está fazendo aqui? – Eu já senti a irritação me subindo a cabeça.
- Olha só, eles estão na sala de reuniões, O Fernando, o Dr. Molina, a fulaninha e um outro senhor que trabalha com ela. Pelo que eu entendi, esse senhor é o diretor comercial da farmacêutica e ele vem sempre apresentar os produtos para o Dr. Molina e saber a opinião sobre os produtos que o hospital já usa. A Hana explicou e isso eu poderia entender.
- Tá, mas o que a fulaninha está fazendo aqui? – Isso que eu não conseguia entender.
- Ela foi apresentada como a representante do dono da farmacêutica, parece que ele a nomeou assim, como se ela estivesse aqui para supervisionar o diretor comercial, algo nesse sentido. – A Hana explicou e eu bufei.
- Claro que não! Ela está aqui para se aproximar do Nando. – Eu reclamei e a Hana me observou, como se ainda tivesse mais a dizer. – Não é a primeira vez que ela vem é?
- Não, essa semana é a segunda vez. – A Hana contou. – Melissa, eu não quero ser fofoqueira, mas eu achei que você precisava saber. Na quarta ela deu um jeito de ficar sozinha com o Fernando depois da reunião, eu achei estranho, o homem saiu puxando o Dr. Molina, o mantendo ocupado e ele nem percebeu que a fulaninha ficou sozinha com o Fernando.
- E o que o Fernando fez? – Eu precisava saber, porque ele não tinha me contado nada, mas também, nos últimos dias nós mal conversamos.
- Ele saiu as sala a puxando pelo braço e a deixou no elevador. Ele não parecia muito contente. – A Hana pelo menos me acalmou um pouco.
- E tem muito tempo que essa reunião começou? – Eu perguntei.
- Mais de uma hora e já deve estar acabando. Vem, eu tenho que voltar para a minha mesa. – Ela chamou. – Por favor, não conta para o Fernando que eu te contei.
- Pode deixar, Hana, vai ser um segredinho nosso, mas você vai me avisar todas as vezes que essa fulaninha pisar aqui. – Eu a encarei.
- Tá, eu aviso. – Ela sorriu e nós fomos para a área de recepção da sala do Fernando e eu me sentei perto da mesa da Hana.
Eu estava tranquila, porque enquanto o tio Álvaro estivesse dentro daquela sala de reuniões, a fulaninha não teria chance de aprontar. Então eu aproveitei o tempo para fazer a proposta para a Hana.
- Eu vim te buscar, será que você vai poder ir comigo? – Eu perguntei.
- Ir onde? – Ela ergueu a cabeça para me olhar e suspendeu os óculos.
- Para o shopping, eu vou produzir você! – Eu sorri.
- Me produzir? Por quê? Pra quê? Como? – Ela pareceu muito confusa.
- Hana, calma. Você é a assistente do futuro diretor do hospital, você precisa se vestir de acordo com a importância do seu cargo e não como uma adolescente tímida. – Eu dei um pequeno sorriso a ela. – Aliás, está na hora de você não se parecer mais uma adolescente tímida.
- Abelhinha, você está se expondo muito! – O Fernando me chamou a atenção. – O tio dela... eu tenho medo do que ele pode fazer com você. E se ele te processar?
- Ah, Fernando, e eu lá sou mulher de ter medo de processo? Escuta aqui, eu entendo que é parte do seu trabalho atender o diretor da farmacêutica, o que eu não entendo é você não colocar um basta nessa fulaninha. Ficar correndo dela como um gato assustado não vai desencorajá-la. – Eu o alertei.
- Mas o que você quer que eu faça, abelhinha? – Ele me olhou como se estivesse sem saída.
- A coloque no lugar dela ou eu vou fazer isso! – Eu avisei.
- Está bem. – Ele deixou as mãos caírem ao lado do corpo.
- Ótimo! Agora eu preciso que você libere a Hana. – Eu pedi.
- Você vai mudar o visual dela, não vai? – Ele sorriu.
- Vou!
- E ela vai ficar eternamente grata a você e vai te contar tudo o que se passa aqui. – Ele completou.
- Que tipo de pessoa você pensa que eu sou, Fernando? – Eu fiquei indignada. – Não é por isso que eu vou ajudá-la a melhorar não, mas se depois ela quiser compartilhar as coisas comigo, eu também não vou recusar.
Ele começou a rir e me abraçou.
- Pode levar a Hana. – Ele deu um beijo no meu pescoço. – E se prepara porque eu vou chegar em casa mais cedo hoje.
Meus olhos brilharam em expectativa, talvez eu aproveitasse que ia ao shopping para comprar umas coisinhas para mim também.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......