“Rafael”
Eu estava bastante preocupado com os últimos acontecimentos e não sabia como resolver. Depois do que aconteceu com a Giovana a solução foi deixá-la na casa da avó, pelo menos até acabar de organizar a viagem dela. Eu estava muito chateado por ter que mandar a minha filha pra longe, por causa de uma coisa que não deveria atingi-la. Pelo menos ela queria ir. Olhei a tela do celular e estava entrando uma chamada de vídeo da Raíssa.
- Oi, Rai. – Eu atendi com a voz cansada.
- Oi Rafa. Me explica, porque a Gi está na casa da minha mãe e dizendo que vai fazer um intercâmbio na Austrália. – Claro que a Raíssa já tinha falado com a Giovana.
- Porque as coisas aqui estão complicadas, Rai. E eu preciso que a Gi esteja longe. – Eu expliquei.
- Ela não se machucou na educação física não é, Rafa? – A Rai perguntou, muito séria, quase irritada.
- Não, não foi, mas eu pensei que sua mãe não precisava saber o que realmente aconteceu. – Eu respirei fundo.
- Então me conta o que realmente aconteceu. – Ela pediu, ela era a única que sabia da confusão em que eu havia me metido, ela era minha amiga e eu confiava nela.
- A acertaram, um moto na rua, passou e deu um golpe na cabeça dela, com a queda, ela quebrou o braço. Ela não viu quem foi e também está achando que foi uma tentativa de assalto, eu a convenci com a história da educação física dizendo que no hospital chamariam a polícia. – Eu expliquei
- E deveriam ter chamado mesmo! Rafa, você não me disse que isso era tão perigoso. Como você sabe que não foi uma tentativa de assalto? – Ela me cobrou e tinha razão.
- Porque ele me ligou, disse que da próxima vez seria pior. Mas ele não vai ter próxima vez, pelo menos nela ele não vai tocar de novo. – Eu respirei fundo. – Olha, Rai, eu sei que nós sempre tomamos as decisões juntos, mas infelizmente nesse momento eu não tive tempo, eu já dei entrada em toda a papelada.
- E porque você não a manda pra mim? – Ela perguntou.
- Porque ela escolheu ficar com a sua irmã na Autrália um tempo. E eu vou respeitar isso. Rai, ela faz dezesseis semana que vem e eu vou emancipá-la, se ela decidir ir ficar com você no Japão ela vai por ir. O que eu não posso é permitir que ela continue correndo risco aqui. – Eu me justifiquei. – Acredite, o meu coração está partido por deixá-la ir.
- Rafa, e você? Você vai fazer o que esse homem quer? – Ela perguntou e eu não sabia o que dizer.
- Eu não quero fazer, mas eu acho que não tenho escolha. Se eu soubesse que isso chegaria tão longe, Rai, eu não teria me metido com ele, mas agora é tarde. Se eu não fizer eu não sei o que ele fará. – Eu expliquei.
- Rafa, vende o bar! Vende e vem pra cá, vem viver aqui comigo, com a nossa filha... – Ela tentou me convencer.
- Não posso, Rai, minha vida inteira está nesse bar e o negócio é bom, é lucrativo. Além do mais ele me tem nas mãos, não só pelo bar. – Eu confessei.
- E pelo quê mais? – Ela queria saber tudo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......