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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1036

“Rafael”

Eu estava bastante preocupado com os últimos acontecimentos e não sabia como resolver. Depois do que aconteceu com a Giovana a solução foi deixá-la na casa da avó, pelo menos até acabar de organizar a viagem dela. Eu estava muito chateado por ter que mandar a minha filha pra longe, por causa de uma coisa que não deveria atingi-la. Pelo menos ela queria ir. Olhei a tela do celular e estava entrando uma chamada de vídeo da Raíssa.

- Oi, Rai. – Eu atendi com a voz cansada.

- Oi Rafa. Me explica, porque a Gi está na casa da minha mãe e dizendo que vai fazer um intercâmbio na Austrália. – Claro que a Raíssa já tinha falado com a Giovana.

- Porque as coisas aqui estão complicadas, Rai. E eu preciso que a Gi esteja longe. – Eu expliquei.

- Ela não se machucou na educação física não é, Rafa? – A Rai perguntou, muito séria, quase irritada.

- Não, não foi, mas eu pensei que sua mãe não precisava saber o que realmente aconteceu. – Eu respirei fundo.

- Então me conta o que realmente aconteceu. – Ela pediu, ela era a única que sabia da confusão em que eu havia me metido, ela era minha amiga e eu confiava nela.

- A acertaram, um moto na rua, passou e deu um golpe na cabeça dela, com a queda, ela quebrou o braço. Ela não viu quem foi e também está achando que foi uma tentativa de assalto, eu a convenci com a história da educação física dizendo que no hospital chamariam a polícia. – Eu expliquei

- E deveriam ter chamado mesmo! Rafa, você não me disse que isso era tão perigoso. Como você sabe que não foi uma tentativa de assalto? – Ela me cobrou e tinha razão.

- Porque ele me ligou, disse que da próxima vez seria pior. Mas ele não vai ter próxima vez, pelo menos nela ele não vai tocar de novo. – Eu respirei fundo. – Olha, Rai, eu sei que nós sempre tomamos as decisões juntos, mas infelizmente nesse momento eu não tive tempo, eu já dei entrada em toda a papelada.

- E porque você não a manda pra mim? – Ela perguntou.

- Porque ela escolheu ficar com a sua irmã na Autrália um tempo. E eu vou respeitar isso. Rai, ela faz dezesseis semana que vem e eu vou emancipá-la, se ela decidir ir ficar com você no Japão ela vai por ir. O que eu não posso é permitir que ela continue correndo risco aqui. – Eu me justifiquei. – Acredite, o meu coração está partido por deixá-la ir.

- Rafa, e você? Você vai fazer o que esse homem quer? – Ela perguntou e eu não sabia o que dizer.

- Eu não quero fazer, mas eu acho que não tenho escolha. Se eu soubesse que isso chegaria tão longe, Rai, eu não teria me metido com ele, mas agora é tarde. Se eu não fizer eu não sei o que ele fará. – Eu expliquei.

- Rafa, vende o bar! Vende e vem pra cá, vem viver aqui comigo, com a nossa filha... – Ela tentou me convencer.

- Não posso, Rai, minha vida inteira está nesse bar e o negócio é bom, é lucrativo. Além do mais ele me tem nas mãos, não só pelo bar. – Eu confessei.

- E pelo quê mais? – Ela queria saber tudo.

- Eu vou tentar causar o mínimo de dano possível, Rai, te prometo. Mas eu também não posso arriscar que aquele homem varra o mundo atrás da nossa filha, ele tem meios pra isso. – Eu expliquei o meu maior receio.

- Tudo bem, eu te ligo amanhã, mas se as coisas ficarem difíceis, larga tudo e vem pra cá. – Ela pediu.

- Tá bom. Obrigada, Rai. – Eu me despedi dela e senti o peso sobre meus ombros ficar maior ainda. Agora eu não sabia mais o que fazer, mas no momento eu só tinha em mente que precisava tirar a minha filha desse lugar.

Fechei os meus olhos e eles arderam com a lembrança da noite anterior. Eu deixei a Giovana na casa da avó e liguei para dois amigos, nós marcamos o encontro naquele restaurante e quando eu vi a Melissa sentada lá, poucos metros à minha frente, eu não sabia o que fazer.

Eu deveria ter ido até ela, ela não tinha me visto, mas ela estava com aquela mocinha do hospital, uma intrometida, e o namorado chegou logo depois. Ele estava cheio de sorrisos e carinhos com ela e eu senti uma pontadinha de decepção e um gosto amargo na boca. Mas aquilo era tão claro! A noite foi muito longa e eu passei horas naquele restaurante fingindo que não a tinha visto, só depois que eles foram embora eu pude sair de onde eu estava. Mas eu tinha certeza de que aquela mocinha do hospital tinha me visto.

Eu dei um tempo, enrolei, esperei tempo suficiente para chegar e não encontrá-los no elevador, mas foi em vão, quando eu estacionei na garagem do prédio eu vi os dois se beijando no carro e quando eles desceram, a forma como ela estava corada e com os olhos brilhantes, eu sabia que eles estavam fazendo mais do que se beijar. Em me abaixei no banco, para não ser visto e esperei outra vez, esperei por tempo suficiente para não encontrá-los no elevador. Mas agora a imagem dele a beijando não saía da minha cabeça, como se fosse um prego perfurando o meu cérebro.

Eu respirei fundo e tentei acalmar a minha mente mais uma vez, eu precisava entender de uma vez por todas que nessa história eu nunca poderia ser o príncipe, eu estava destinado a ser o caçador. Mas ser o caçador tinha um preço alto demais a se pagar e isso me consumiria antes que eu conseguisse pensar em uma saída.

N.A.:

Queridos, desculpem a hora, mas hoje eu levei o maridão ao hospital para fazer uns exames e finalmente tirar os pontos. Demorou muito e como eu cheguei tarde, acabei me atrasando muito aqui hoje. Mas finalmente ele está em boas condições e eu estou exausta...rs... mas eu caprichei no tamanho dos capítulos! Em breve eu vou trazer capítulo extra. Ah, só uma coisa, alguém aí notou alguma semelhança de algum personagem com alguém da nossa tropa? Qualquer semelhança não é mera coincidência! Eu fiz uma pequena homenagem, com muito carinho, não resisti e mudei um pouquinho um pequeno personagem para incluir uma pitada de vocês, por favor, sintam-se acarinhados. Um beijo no coração.

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