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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1040

“Melissa”

Essa história da Hana me preocupou. Eu ainda me lembro do sufoco que a Samantha passou com aquele ex namorado perseguidor maluco, mas aquele lá a polícia despachou para o inferno.

A Hana precisava mesmo é de uma pessoa legal na vida dela, se não fosse essa implicância dela com o Rafa, eu até tentaria juntar os dois, mas ela esconjura o coitado como se ele fosse o próprio diabo! Mas se bem que dizem por aí que onde tem muito ódio o amor aparece... não sei, mas seria até divertido ver isso. Quem sabe?!

Mas agora eu precisava muito falar com o meu parceiro e ver o que ele descobriu. Eu estacionei na porta da delegacia e assim que saí do carro vi a Renatinha.

- Mel! Que bom te ver! – Ela me abraçou. Era uma pessoa interessante, no cumprimento do dever, como ela dizia, ela era bruta, mas fora da pele da policial atrevida e desbocada, a Renatinha era uma pessoa muito doce e agradável.

- Como andam as coisas nessa delegacia, Renatinha? – Eu perguntei enquanto caminhávamos em direção à porta.

- Chatas e o maior marasmo. Só o de sempre, aquelas doidas que cortam o pau do marido e colocam fogo enquanto o diabo se esvai em sangue até a morte. – Ela comentou. – Detesto prender essas mulheres.

- Por que? Os maridos não mereciam ter o pau cortado? – Eu ri.

- Ah, não, geralmente eles merecem! Quando elas chegam a isso é porque já foram traídas, humilhadas, agredidas de todas as maneiras, ou coisa até pior. – Ela suspirou. – O problema é que tem umas que depois começam a chorar feito doidas morrendo de arrependimento porque amavam o canalha.

- Ah, o amor, já dizia o poeta, “o amor tem razões que a própria razão desconhece”. – Eu ri.

- Oi, Mel! – O Breno se aproximou e me cumprimentou. – Vamos, Dona Onça, temos que levar a viúva para o presídio. Eu aposto que você não ia chorar tanto assim por mim.

- Meu herói, se liga, viúvo é quem morre e meu luto duraria o tempo regulamentar, sete dias, depois disso, meu amor, a vida é curta. – A Renatinha brincou com o namorado, ele bufou e deu um beijo estalado nela.

- Mulher bruta, fala assim mais me ama, aposto que tentaria se jogar no buraco para ser enterrada comigo. – O Breno a provocou mais um pouco.

- Vocês dois são uma comédia. – Eu balancei a cabeça, me despedi deles e fui em direção a sala do Flávio.

- Ah, mas se não é a chefona?! – O delegado Bonfim se levantou da cadeira em frente ao Flávio para me cumprimentar.

- Gente, eu fico uma semana sem aparecer e vocês já começam a molengar com o trabalho? Olha essa mesa, Flávio, que bagunça é essa? Fala pra mim que a sua está em melhores condições e você não está aqui de fofoquinha enquanto o trabalho acumula lá, Bonfim. – Eu encarei aqueles dois.

- Ô, chefona, é pausa para o cafezinho! – O Bonfim resmungou.

- Sei! Conheço vocês dois, Bonfim, fofocam como se isso aqui fosse um salão de beleza. – Eu brinquei e eles riram.

- Senta aí, maluca, tenho novidade pra você! – O Flávio falou.

- Sobre o Rafael, o ex namorado da Hana ou o Domani? – Eu perguntei ansiosa enquanto me sentava.

- Tudo bem, Flávio, já é bastante informação e já me dá idéia de com quem eu estou lidando. – Eu falei.

- Mel, você não lida com ele! Com ele não! Dele você fica longe. Deixa ele comigo. – O Flávio pediu e eu percebi que tinha muito mais que ele não estava contando. – Aí nós vamos para o Rafael. Rafael não tem nem uma multa de trânsito, absolutamente nada que dasabone a conduta dele, nunca foi casado e antes de abrir o bar cinco anos atrás, ele era sócio em uma empresa de eventos de formatura.

- Mas ele e o sócio começaram a se desentender na administração e ele saiu da sociedade porque era acionista minoritário? – Eu perguntei me lembrando que o Rafael havia me contado sobre isso.

- Exatamente. Um dos meus até trocou uma idéia com o ex sócio e ele disse que o Rafael é boa pessoa, e que eles estavam apenas divergindo administrativamente e decidiram encerrar a sociedade sem nenhum atrito.

- E antes disso, Flávio, o que ele fazia? – Eu perguntei, pois o Rafael não tinha me falado sobre sua vida antes disso.

- Pasme, ele era lutador amador de vale tudo. – O Flávio riu. – Participou de vários eventos, chegou a ser até premiado, pelo que a Renatinha conseguiu descobrir com um cara por aí, o Rafael estava indo bem e fecharia contrato com uma empresa que o transformaria em profissional, mas aí ele ganhou uma luta, o adversário sofreu uma concussão, ficou um tempo internado e o Rafael descobriu que ia ser pai. Pelo que o cara falou para a Renatinha, o Rafael desistiu de ser lutador porque queria ver a filha crescer.

- E esse cara que deu as informações é confiável? – Eu quis saber.

- Esse cara era o treinador dele! – O Flávio sorriu pra mim. – Depois disso ele se tornou sócio da empresa de eventos.

- Entendi. Então está tudo certo com o Rafael? – Eu perguntei, só para ter certeza.

- Quase. – O Flávio respirou fundo.

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