“Fernando”
Eu estava acordado há algum tempo já. Geralmente eu teria me levantado, mas a Melissa estava toda enrolada em mim e eu não queria soltá-la e tampouco acordá-la. Então eu estava pensando. Ela me pegou completamente de surpresa ontem, não pela mensagem ou pela lingerie linda que ela estava usando, mas pelas coisas que ela me falou. Ela sempre dizia que me amava, mas ontem foi diferente, o olhar, o jeito dela, foi tão intenso, como se ela tivesse me deixado olhar dentro dela.
E depois de tudo o que eu tinha ouvido do meu tio e da Catarina, a Melissa me mostrar o amor dela por mim foi como se ela me mostrasse que eu tinha um tesouro de valor inestimável nas mãos, foi como se ela me acalmasse, como se me dissesse que não iria a lugar nenhum. Eu não poderia perdê-la, eu não suportaria viver sem ela, e ela me garantia com o seu amor que eu não a perderia. Mas isso também me mostrou outra coisa, eu percebi que ela estava disposta a ceder, a abrir mão de tudo o que queria por mim.
Eu percebi que ela desistiria da idéia de casamento e de filhos por mim, mas eu não queria que ela abrisse mão de nada, eu queria que ela tivesse tudo o que desejava, eu queria que ela fosse plenamente feliz e certamente colocaria o mundo aos pés dela se fosse isso o que ela quisesse. Então por que eu não poderia ceder? Por que eu não poderia aceitar que casar com essa mulher faria de mim um homem muito mais feliz?
Eu ainda me agarrava a um medo que era realmente sem sentido. Ela me amava e eu não duvidava disso. Nós estávamos juntos desde sempre, ela foi minha primeira e única em tudo, assim como eu fui para ela, o primeiro beijo, os primeiros amassos, a primeira vez na cama. Eu nunca havia tocado em outra mulher e nem tinha nenhuma vontade de experimentar outras, a Melissa me bastava em absolutamente tudo.
Eu tinha certeza absoluta de que nunca haveria outra pessoa, nenhuma outra jamais me causaria o que essa mulher me causava, o coração acelerado, o nervosismo, a ansiedade em estar com ela, o prazer físico que me deixava extasiado, a conexão emocional que nos ligava e nos fazia nos entender com o olhar, só ela conseguia isso de mim, era só para ela que eu olhava. Era só a ela que eu pertencia.
Eu queria dormir e acordar todos os dias a segurando em meus braços desse jeito. Eu queria vê-la sorrir pra mim como se eu fosse o mundo para ela e eu queria ser o responsável por realizar todos os seus desejos.
Eu fechei os olhos e uma imagem se formou em minha mente, do nada, como se eu estivesse sonhando e não pudesse controlar os meus pensamentos, e o meu cérebro colocou aquela imagem ali, como se me mostrasse algo, algo que eu precisava ver e eu vi o sorriso dela, apenas o rosto, era como se eu visse por uma tela um ponto focado e a câmera se afastasse devagar mostrando ao redor e a medida que a câmera se afastava eu vi uma Melissa sorridente em um vestido branco esvoaçante, sorrindo para mim como se eu fosse o seu mundo.
E esse sorriso me lembrou que foi assim que a Catarina sorriu para o Alessandro enquanto caminhava até ele no altar e foi assim com a Sam, foi assim com a Manu, com a Lisa, com a Anabel. Foi assim com a mãe do Heitor quando se casou com o tio Álvaro.
Então eu me dei conta, naquele momento eles se tornaram o mundo delas e elas o mundo deles, eles se conectaram de uma maneira que nada no mundo poderia ameaçar o amor que os unia, era como uma aliança invisível aos olhos, mas que os unia de forma definitiva, como se uma parte de um fosse morar no outro, dando espaço para uma parte do outro ir morar em si mesmo. Eles se tornaram um. Era mais do que um compromisso ou um contrato, certamente era muito mais que a cerimônia e a festa, era o que dizer ao mundo que estavam casados significava. E eu entendi que o casamento significava que eles se tornavam parte um do outro.
Mas o meu cérebro não estava satisfeito, ele queria ir além, ele queria me mostrar mais, e a imagem de uma garotinha lourinha e de tranças apareceu para mim, sorrindo, se parecia tanto com a Melissa, mas não tinha os mesmos olhos verdes, embora parecesse ter a mesma determinação neles. Ela correu num gramado, de bracinhos abertos e eu a peguei em meu colo. Eu me sentia tão feliz com aquela garotinha em meus braços e eu olhei adiante e vi a Melissa sentada num banco de praça, com um garotinho de cabelos castanhos ao seu lado e ela tinha uma enorme barriga de grávida. Isso deveria ter me assustado, geralmente eu nem pensava nisso, mas eu estava deixando o meu cérebro fluir, eu me vi me aproximar e me sentar ao seu lado, com o braço em seus ombros, e sentindo a paz e a felicidade que aquele momento criado na minha mente parecia significar. Era tão perfeito que era impossível não desejar que fosse real.
- Eu espero que esse sorriso enorme no seu rosto seja porque você está pensando em tirar a minha roupa. – Eu ouvi a voz da mulher que eu amava e abri os olhos para vê-la me encarando, eu nem tinha percebido que estava sorrindo.
- Eu não estava pensando em tirar a sua roupa, mas com certeza eu estava pensando em você, meu amor. – Eu dei um beijo nela e suspirei de contentamento pelo privilégio de poder fazer isso. – Mas agora eu quero tirar essa lingerie linda e sexy que você comprou para mim. – Eu falei enquanto a beijava e nos virava, para ficar sobre ela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......