“Hana”
Depois que a Melissa me deixou em casa eu resolvi caprichar no visual, pois o Enzo me disse que convidaria o José Miguel para ir ao bar. Eu fiquei animada, pois ele tinha me parecido ser um homem tão cavalheiro, tão gentil, e ele era tão, tão lindo! Eu poderia resolver duas coisas de uma vez, me tornar amiguinha daquele Rafael, que nada me tirava da cabeça que era um mau caráter, e tentar ser notada por aquele homem deslumbrante que trabalhava com a Melissa e o Enzo.
Foi uma verdadeira operação de guerra me preparar para aquela noite e a pior parte foi encontrar uma saia branca ou jeans para vestir. O problema é que eu não tinha uma saia jeans e a única saia branca que eu tinha havia sido um presente da esposa do meu tio e que eu achei meio exagerado, pois ela era curta. Pelo menos ela não era justinha, ela era mais soltinha, tinha um lado transpassado, como se o tecido formasse uma rosa na lateral, com dois babados caindo dela. Até que era bonitinha e teria que servir, a Melissa não dava conselhos ruis. Eu vesti a lingerie, coloquei a saia e me olhei no espelho, até que tinha ficado bom, do jeito que a melissa sugeriu. Era ousado, mas eu me senti bonita.
Eu me maquiei, como tinha aprendido, arrumei o cabelo e coloquei alguns acessórios um bracelete grosso, um par de brincos longos e uma corrente que descia pelo meu pescoço e terminava dentro do decote. Calcei uma sandália branca de saltos altos, afinal o Sr. Perfeito era altíssimo, e pequei uma bolsa pequena com brilhos dourados e alça corrente que transpassei pelo corpo. Eu estava pronta.
Assim que cheguei já vi o Enzo numa mesa lateral e fui até ele. Ele me apresentou a namorada, uma moça linda, eles formavam um casal tão fofo quanto a Melissa e o Fernando. Mas a minha surpresa foi o Dr. Vinícius ali, com uma moça que ele me apresentou como a namorada e irmã da namorada do Enzo.
As meninas eram muito simpáticas e eu logo me senti à vontade com elas, mas eu ainda não tinha visto o Sr. Perfeito e o Enzo percebeu o que eu queria saber.
- Desculpe, Haninha, mas ele disse que não viria. – O Enzo me jogou um balde de água gelada e eu fiquei completamente decepcionada.
- Quem não viria? – O Vinícius logo se meteu.
- O Sr. Perfeito. – O Enzo respondeu.
- O do sapato? – O Vinícius perguntou e o Enzo fez que sim.
Eu queria perguntar que história era aquela de sapato, mas eu achei melhor não incentivá-los a continuar no assunto e eu decidi resolver o meu outro assunto bem depressa e voltar para casa, já que eu fui ali com objetivos bem definidos. Mas eu olhei em volta e não vi o Rafael em lugar nenhum, mas eu vi o segurança da outra noite, então eu decidi perguntar para ele.
- Gente, eu vou ver se encontro o Rafael. Já volto. – Eu avisei e saí da mesa, indo em direção ao segurança.
- Oi! – Eu sorri ao me aproximar. – Lembra de mim?
- Claro, como a senhorita está? – Ele sorriu ao falar comigo.
- Bem! Muito obrigada por me ajudar ontem. – Eu agradeci porque ele realmente havia sido gentil e não tinha culpa pelo chefe ser o que era.
- Estamos aqui para o que a senhorita precisar. – Ele era tão formal, mas me deu a deixa.
- Eu gostaria de agradecer ao Rafael, ele está por aqui hoje? – Eu pedi com a maior cara de santa.
- Ele está no escritório, a senhorita pode ir até lá. Quer que eu a acompanhe? – Ele sugeriu.
- Ah, não precisa, obrigada! – Eu sorri e me despedi, indo em direção ao escritório. Eu subi as escadas, parei na porta e bati.
- Muito dura? Você tem sido ofensiva, agressiva, completamente maluca. E eu não tenho idéia do porque de você me odiar tanto. Mas quer saber, nem me interessa. Pode ficar bem tranquilinha que eu vou evitar ao máximo cruzar o seu caminho. – Ele estava falando calmamente e havia certo desdém em sua voz.
- Eu gostaria de me desculpar por essas coisas também. – Eu falei depressa vendo que ele me dispensaria e eu precisava que ele acreditasse que eu mudei de opinião sobre ele. – Por favor, todos dizem que você é uma boa pessoa, eu estou errada e eu quero me desculpar.
- Desculpas aceitas. Pronto! – Ele respondeu e se levantou, caminhando de volta até a vidraça.
- Toma um café comigo amanhã? – Eu pedi e ele virou a cabeça de lado, como se me olhasse sobre o ombro. – Oferta de paz.
Ele veio até mim e parou bem na minha frente, me analisou por um momento, voltou até a mesa e pegou o celular.
- Qual o seu número? – Eu dei a ele o meu número e ouvi a notificação de mensagem chegar no meu celular. – Te mandei uma mensagem. Me diz onde e a que horas, eu te encontro.
- Obrigada! Tenho certeza que esse mal estar entre nós será esquecido. – Eu sorri e me virei em direção a porta. – Até amanhã! – Eu me despedi antes de sair.
Era isso, eu dei o primeiro passo, agora eu ia grudar nesse demônio até descobrir o que ele queria. Eu decidi ir pra casa, estava cansada e não tinha nada ali que me interessava. Mandei uma mensagem para o Enzo para avisar.
A verdade é que eu estava tonta de sono, eu não tinha dormido na noite anterior e o dia hoje foi bem movimentado com a Melissa. E foi só então que eu me lembrei, eu não tinha mandado a foto para a Mel, como tínhamos combinado, então eu parei em frente ao espelho, usando nada mais que a lingerie, e tirei a foto, me livrei de tudo o que eu usava me enfiei num pijama e me arrastei até a cama e antes de pegar no sono enviei a foto para a Melissa, perguntando o que ela tinha achado. Bem, pelo menos eu achei que tinha enviado para a Melissa.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......