Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1054

“Melissa”

Tem gente que não tem noção do perigo, depois a maluca sou eu. Eu estava bem quieta no meu canto, trabalhando e colocando o Heitor na linha, como sempre, quando eu recebi uma mensagem da Hana. Era uma foto daquela lambisgóia da Jennifer dentro do carro estacionado em frente ao hospital. E a Hana não era fácil não, ela ainda colocou a legenda: “olha quem está acampada em frente ao hospital esperando para dar o bote”.

Ah, mas não ia! Quem ia dar esse bote seria eu. Eu perguntei a Hana pelo Fernando e ela me disse que ele estava almoçando com o tio Álvaro no restaurante dentro do hospital. Isso era ótimo, ele não iria sair e eu teria tempo de pegar a sirigaita e dar um passa fora nela.

- Mel, você almoça comigo hoje? – O Heitor apareceu na minha sala.

- Não vai dar, Martinez, acabou de me aparecer um compromisso. Mas eu não demoro, não esquece que temos uma reunião importante hoje a tarde. – Eu avisei já pegando a minha bolsa e indo em direção a porta.

Eu dirigi até o hospital o mais rápido que pude e quando eu estava me aproximando eu vi aquele carrinho vermelho reluzente parado ali com a fulaninha dentro dele. Eu nunca estive tão feliz por ter trocado a minha caminhonete por um SUV quatro por quatro, gigante como o do Flávio. Claro que eu conseguiria estacionar com tranquilidade atrás daquele carrinho, não tinha ninguém mais estacionado, mas eu não queria estacionar suavemente.

Eu manobrei o carro na guia da calçada a uma distância de uns cinco metros e estava livre, era só eu deslizar até o meu objetivo, como uma bola de boliche prestes a fazer o strike. Então eu deixei o meu carro bater no da fulaninha e o carro dela foi jogado pra frente com uma sacudida. Ela desceu furiosa e pronta para a briga, mas quando me viu descer calmamente do meu carro ela estremeceu, eu pude perceber. Ela realmente tinha medo de mim, isso era ridículo, mas era muito divertido.

- Ah, mas olha quem está aqui! A fulaninha oferecida! – Eu sorri para ela.

- Você bateu no meu carro de propósito! – Ela reclamou.

- Bati? – Eu coloquei a mão na boca e dei um passo atrás para olhar o para-choque dela quebrado e a porta do bagageiro amassada, olhei para o gradil do meu carro e estava intacto, no máximo uma manchinha de tinta vermelha que sairia com um paninho. Então me virei para ela novamente satisfeita. – Ah, não se preocupa, meu carro está bem.

- Você é maluca, Melissa! – Ela gritou e foi olhar o estrago. – Você destruiu o meu carro!

- Ah, não fulaninha, não destruí, o seu carro pode ser desamassado em qualquer oficina de lanternagem, não se preocupe. – Eu sorri para ela e dei um passo em sua direção. – O que eu vou destruir é essa sua carinha de puta!

- Não encosta em mim. – Ela deu um passo atrás. – Eu vou contar tudo para o meu tio!

- “Eu vou contar tudo para o meu tio.” – Eu a remedei, imitando sua voz, só porque isso era irritante. – E você acha mesmo que eu tenho medo do seu tio, fulaninha? – Eu a encarei.

- Deveria ter, você não sabe do que o Domani é capaz! – Ela deu um sorrisinho. Isso eu realmente não sabia, mas já tinha uma idéia. Só que ela não era o Domani e eu duvidava muito que ela fosse correr para ele para contar que eu a coloquei pra correr pela terceira vez.

- Não, eu posso até não saber, mas pelo visto você sabe e se ele é tão mau assim, não vai gostar de saber que você nem está conseguindo se aproximar do MEU NAMORADO! – Eu gritei na cara dela e ela encolheu.

- Melissa, se afasta. – Ela falou em tom de advertência, mas eu dei mais um passo, a prendendo entre o carro e eu.

- Escuta bem, piranha, eu não gosto de mulherzinhas ordinárias como você, acho que você já sabe disso, assim como sabe que eu não tenho muita paciência e costumo transformar as mulherzinhas da sua laia em pano de chão. Então por que continuar me provocando? – Eu a encarei.

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