“Melissa”
Eu estacionei em frente a casa da Eva, o Flávio já estava me esperando lá, observando o lugar de dentro do carro. Quando me viu parar ele desceu rapidamente e me envolveu num abraço de urso.
- Parceirinha, você anda sumida da delegacia. – Ele brincou e eu sabia que estava me distraindo.
- Ah, parceiro, isso deve ser porque você não anda trabalhando muito, não é?! – Eu estreitei os meus olhos para ele, que deu uma risada curta.
- Nós temos um trato, eu investigo o que você me pede e você não me pune pelo que os panacas fazem. – Ele riu, se lembrando que nós já tínhamos selado um pacto de cooperação, ele me dava o que eu queria, desde que não incluísse informações sobre o que eles faziam nas reuniões de garotos.
- Mas você me deve muitas, talvez eu deva cobrar algumas. – Eu o lembrei e ele riu.
- E vou continuar devendo, mas posso pedir uma coisa bem especial? – Ele olhou nos meus olhos eu bufei, mas assenti. – Dá dois dias pra gente? Dois dias sem pensar e sem perguntar nada, sem instigar a sua tropa a nos perseguir por informações. Só dois dias, Mel, e você vai saber o que estamos planejando.
- Você promete? – Eu perguntei.
- Eu prometo! – Ele levantou a mão solenemente.
- Tá bom, dois dias, mas você não pode contar isso para os outros bocós, quero os outros seis se desesperando. – Eu pedi e ele sorriu. Eu sabia que ele não contaria. – Agora vamos descobrir algo mais sobre aquele idiota que acha que pode me ameaçar.
Nós tocamos a campainha e esperamos, uma Eva sorridente abriu o portão, muito diferente da que me recebeu no outro dia. Ela nos conduziu até a sala e a D. Marta abriu um sorriso ao me ver.
- Querida, obrigada por ter vindo. – A D. Marta se levantou para me abraçar. – E obrigada por ter conseguido um trabalho para a minha filha.
- Não precisa agradecer, D. Marta, fui uma injustiça o que fizeram com a Eva e eu só entreguei o currículo dela onde eu trabalho. – Eu sorri para a senhora gentil.
- Mesmo assim, obrigada! Olha, esses são meus outros filhos, Érico, Edson e Elias e esse é o Bóris. – A D. Marta me apresentou aos filhos e ao sobrinho que eu conhecia de nome tão bem.
- Então você é a namorada do Fernando. É, minha irmã nunca teve chance. É um prazer conhecê-la, Melissa. – Ele fez um aceno de cabeça e eu fiquei sem entender o seu comentário.
- E você não deveria estar em outro país? – Eu fiquei curiosa com a presença dele.
- Estou aqui por causa daquela festa amanhã. – Ele contou e eu fiz que sim.
- Esse é o Flávio Moreno, meu amigo. – Eu apresentei o Flávio. – Então, D. Marta, a senhora me chamou.
- Sim, Melissa, eu quero falar com o advogado, o seu amigo. Mas meus filhos queriam te conhecer primeiro, esses cabeças de vento acham que podem enganar o Domani, mas eu sei que não podem. – A D. Marta revelou.
- Como assim enganar? – Eu fiquei curiosa e me sentei, com o Flávio ao meu lado.
- Eu estou na empresa ganhando a confiança daquele cretino há um tempo, Melissa, a vida inteira eu me fiz de bom sobrinho, mas eu o odeio, ele nos roubou. – O Bóris revelou. – Eu pretendo que ele assine uma procuração de plenos poderes para mim, assim eu posso redividir a empresa, dar o que pertence aos meus primos e pegar o que pertence a minha mãe.
- Mas isso é um golpe, seria facilmente anulado. – O Flávio se manifestou. – Sinceramente, vocês estão indo por um caminho perigoso.
- Mas nós não temos alternativa. – Um dos filhos da D. Marta reclamou. – E agora a Jennifer resolveu nos trair.
- A fulaninha quer mais do que o que tem direito. – Eu concluí.
- Minha irmã é uma cabeça de vento, mas ela é ambiciosa. Ela tem medo do nosso plano não dar certo e quer se garantir. Mas ela vai pagar um preço alto pra isso. – O Bóris parecia chateado com a irmã.
- Se ela continuar indo atrás do meu namorado, pode apostar que ela vai ficar com a cara ralada. – Eu garanti.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......