“Hana”
Noite de sábado, o dia que o homem tinha falado para o Rafael. O que aquele homem queria que o Rafael fizesse essa noite? Eu não conseguia tirar isso da cabeça, por mais que eu quisesse esquecer e ficar longe de encrenca, ainda mais agora que a Mel e o Fernando estavam noivos e grávidos e eu tinha certeza de que ninguém poderia prejudicá-los.
Mas eu não conseguia parar de pensar no Rafael, se tornou quase uma obsessão para mim, eu precisava desmascarar esse homem, precisava livrar outras mulheres desse perigo. E eu já estava ferrada mesmo, já tinha passado pelo inferno e sobrevivido, eu sabia como era e estava preparada para pegar esse homem assim que ele escorregasse. Então, por que não? Eu não tinha nada melhor pra fazer mesmo e eu queria muito descobrir o que era o trabalhinho que ele tinha para fazer hoje.
Eu estava muito segura quando vesti a lingerie que a Melissa me deu e a saia branca, a mesma roupa que tinha usado para ir atrás dele no bar. Pensei que fosse uma forma de quebrar o gelo, já que no momento não estávamos nos falando. Eu parei em frente a porta do seu apartamento no exato momento em que ele abriu a porta, o porteiro havia me deixado entrar sem anunciar, pois eu estava na lista de visitas pré aprovadas da Melissa.
- Hana! – Ele me olhou surpreso e eu percebi o interesse nos olhos enquanto ele examinava a minha roupa.
- Oi, Rafael! – Eu sorri, com docilidade, como se fosse muito inocente e não estivesse ali para bisbilhotar. Mas eu reparei na roupa que ele usava, calça social preta e camisa preta. Ele era realmente um homem lindo, era um desperdício que fosse um psicopata. – Não me convida para entrar?
- É que eu... – Ele pareceu meio sem saber o que fazer, mas parou, passou a mão no rosto e bufou. – Ah, foda-se, você é doida mesmo! Entre! – Ele me puxou para dentro e trancou a porta. – O que você veio fazer aqui, Hana? Depois da nossa última conversa...
- Depois da nossa última conversa, eu precisava te pedir desculpas de novo. – Eu olhei inocentemente pra ele e ele deu uma risada carregada de cinismo.
- Você é doida, mulher! Completamente doida! – Ele reagiu e eu respirei fundo para não chamá-lo de psicopata.
Eu olhei bem para ele e notei as olheiras embaixo dos olhos, a tensão em seus ombros, o nervosismo nas mãos inquietas. Então eu me aproximei e coloquei a mão em seu braço.
- O que você tem, Rafael? O que está acontecendo? Você diz que eu sou doida e eu devo mesmo ser, porque eu quero te ajudar, me conta para que eu possa te ajudar. – Eu falei com calma e ele me encarou.
- Me ajudar? Você acha que eu não sei o que você quer, hana? – Ele me encarou.
De repente, num movimento rápido ele me puxou pela cintura e me prendeu com as costas na porta, pressionando o seu corpo no meu e me segurando na altura dos seus olhos.
- Você acha mesmo que me engana, Hana? Acha que um homem como eu, com a experiência que eu já tenho, acredito nessa sua fingida inocência? Por favor, eu só faço de conta que acredito em você! – Ele revelou e eu deveria ter sentido medo, mas o que eu sentia com aquele homem me segurando daquele jeito era outra coisa.
- Rafael... – Eu engasguei e limpei a garganta. – Eu só quero te ajudar. – Mas eu já estava perdida para mim mesma.
- Hana, Hana... – Ele riu e desviou o olhar. – Eu sei muito bem o que você está fazendo aqui hoje. Você veio me vigiar, me sondar, me pegar em flagrante. Confessa, Hana, você tem absoluta certeza de que eu tenho as mãos sujas.
- Eu tenho absoluta certeza de que tem algo errado e que alguém quer que você faça algo muito ruim hoje. – Eu confirmei, não adiantava esconder, como todo psicopata ele era inteligente e sentia o cheiro da mentira. Então eu fui sincera.
- Sei. E se for isso, o que você pretende fazer? – Ele insistiu.
- Pretendo impedir que você faça mal a uma pessoa inocente. – Eu afirmei categórica.
- Com o seu tamanho, Hana? Olha onde eu te tenho. – Ele tinha razão, ele me derrubaria fácil, assim como me segurava fácil apertada contra ele.
Quando ele voltou para a sala ele parecia derrotado. Quase como se lamentasse que tivesse que fazer o que faria.
- Olha, Hana, por mais que eu queira, eu não posso, eu não sou o dono da minha vida no momento. – Ele falou de cabeça baixa. – Se afasta de mim, para o seu próprio bem. As coisas vão ficar feias e eu sei que você já teve a sua cota com aquele verme do seu ex.
- Eu não posso, Rafael, eu não posso deixar que você machuque alguém. – Eu senti um nó na minha garganta e estava quase chorando, eu sentia uma coisa... algo como... como uma dor por ele ser um psicopata mentiroso.
- Eu tenho que ir, Hana. – Ele foi em direção a porta e constatou que ela estava trancada e sem as chaves. Ele me encarou e foi até a mesinha, mas não encontrou a chave reserva, então ele foi para a porta da cozinha e voltou nervoso. – Hana, o que você fez? Me dá as chaves!
- Não posso, Rafael. – Eu afirmei e o encarei.
- Sua doida, você vai matar a nós dois. – Ele falou ainda mais nervoso.
- Que seja, nem você e nem eu somos inocentes mesmo. – Eu dei de ombros e me mantive firme. Seja lá o que acontecesse depois, eu não permitiria que ele saísse desse apartamento esta noite para atacar ninguém.
N.A.:
Olá, queridos! Gente, capítulo extra como prometido. Mas quero dizer uma coisa para vocês, os capítulos não estão menores, pelo contrário, eu sempre estou deixando um ou outro até bem maiores para compensar que minha vida deu uma bagunçada em razão dos problemas de saúde em minha casa e é por esse mesmo motivo que os nossos horários estão tumultuados. Isso não é sinal de que eu não respeito vocês, pelo contrário tenho imenso carinho e respeito por cada um, mas às vezes algumas coisas são mais urgentes. Mas eu continuo cumprindo o nosso combinado, três capítulos por dia. Eu também quero deixar um recadinhos especiais: 1. Maurício e Eliane, vocês contaminaram a trilha sonora do Nando e da Mel e eles agradecem! 2. Branca Teixeira, você contaminou a Del com a nossa senhora da periquita descabelada e ela agora é seguidora dessa, obrigada pelos seus comentários e pelo carinho. 3. Vanessa Ribe, aceito suas palavras, vou ler o livro e amei seu comentário, está anotado no meu coração. 4. Maria Regina Pimentel, sua linda, eu amo as suas mensagens e o maridão está se recuperando e quase zerado, porque você sabe, eu prometi dar uma de Melissa aqui em casa. 5. Carol, eu estou contigo e não abro, vamos comentar, ser leves e interagir de forma divertida! 6. A toda a nossa tropa, de vez em quando eu vou deixar um recadinho para um de vocês, o meu sonho é poder um dia desses conhecê-los pessoalmente e abraçar um por um. Obrigada pelo carinho e por não me abandonarem nesse momento que eu estou "meio Nando", dando umas escorregadas com as horas. Ah, e vou fazer uma correção no capítulo 81, porque passou um erro que eu preciso mesmo corrigir, mas isso trava o capítulo até a plataforma liberar a edição. Então, meus queridos e amados, beijo no coração!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......