“Fernando”
Eu estava fazendo o que o meu tio e meu pai sugeriram, estava sorrindo, conversando e estabelecendo contato com as pessoas que interessavam ali naquela festa, mas a minha cabeça estava na Melissa, eu estava preocupado, mesmo que eu a tenha deixado na casa do Flávio, eu ainda estava preocupado. Mas as meninas estavam fazendo exatamente o que prometeram, elas estavam revezando o posto de minha escudeira, não estavam me deixando sozinho e estavam impedindo que a Jennifer se aproximasse, mas eu ainda tinha a impressão de que elas fariam algo além disso.
Mas a tranquilidade do sorrir, conversar e estabelecer contato estava prestes a ser abalada e eu soube disso no momento em que vi as mulheres que se aproximavam dos caras na mesa. A Catarina estava segurando o meu braço e ficou tensa no momento em que uma delas colocou a mão no ombro do Alessandro. Eu percebi sua inquietação e o aborrecimento do meu amigo, então encerrei a conversa que estava tendo com um empresário que tinha laços estreitos com o hospital e conduzi a Catarina de volta até a mesa.
- Então, querido, faço questão de te apresentar a alguns empresários que estão aqui essa noite. – A Mulher sorria para o Alessandro de forma lasciva.
- Minha senhora, com licença. – O Alessandro tirou a mão da mulher do seu ombro e se levantou, visivelmente irritado. – Eu não preciso ser apresentado a ninguém, conheço todos os empresários nessa festa e quem eu não conheço é porque realmente não tem nenhuma importância, como você.
- Nossa, que bravo! – A mulher tentou se aproximar, mas a Catarina entrou na frente do Alessandro.
- Jogaram milho aqui, galinha? – A Catarina encarou a mulher que a olhou com desdém.
- Eu não tenho nada para falar com você. – A mulher tentou tirar a Catarina do caminho.
- Não toque na minha esposa ou nem mesmo o seu chefe vai poder mantê-la empregada. – O Alessandro ameaçou.
- E pra finalizar, para as moças de vida fácil não acharem que vão ciscar por aqui, é melhor todas vocês irem circulando, rapidinho, porque eu não me importo mesmo de depenar uma galinha no meio desse salão. – A Samantha já estava de pé ao lado do Heitor, assim como todas as garotas já haviam se colocado ao lado dos maridos.
- Boa idéia, Sam, talvez essa festa fique até divertida. – A Adèle apoiou a Sam e no segundo seguinte as garotas já estavam andando em direção às mulheres que tentaram se aproximar demais dos seus maridos.
- É melhor vocês ficarem bem longe de nós ou seu chefe receberá uma reclamação formal agora. – O Heitor avisou e os rapazes se levantaram e se colocaram ao lado das esposas.
- Meu chefe não vai dar ouvidos a essa reclamação, lindo. – A mulher que estava tentando flertar com o Alessandro respondeu.
- Ah, ele vai, afinal de contas ele não vai querer que a imprensa noticie que ele está explorando prostitutas não é mesmo? – O Patrício as desafiou. – Se afastem! Não, façam ainda melhor, vão embora, tenho certeza que os empresários aqui e suas esposas não desejam ter contato com mulheres como vocês.
Diante da defensiva dos rapazes e das suas mulheres aquelas oferecidas não tiveram opção, se afastaram rapidamente, indo para o outro lado do salão. Mas as garotas me deixaram sozinho por um breve momento, mas foi o suficiente para que eu sentisse uma mão tocar a minha e me puxar.
- Nandinho, até que enfim essas barraqueiras saíram de perto de você, meu amor. – A Jennifer me puxou e eu senti uma gastura irritante.
- Sai pra lá, Jennifer! Eu não sou seu amor e eu já disse mil vezes que nunca te dei liberdade para me chamar de Nandinho! – Eu puxei a minha mão e cravei meus pés no chão.
-Ai, Nandinho, não precisa se fazer de difícil. A gente se gosta, admite. – Ela sorriu e eu perdi completamente a paciência, afinal eu já estava preocupado e até nervoso e a Jennifer começar com isso foi o estopim para que eu esquecesse de vez a educação que os meus pais me deram.
- Jennifer, acorda, eu te detesto! Você é uma folgada, uma oferecida, uma mulherzinha irritante e de quem eu quero distância. Francamente! Você é o tipo de pessoa que confunde educação com interesse e isso é simplesmente absurdo. Eu não gosto de você, para ser bem sincero eu nem te suporto, mas eu evito ser grosseiro. No entanto, já que eu tentei te afastar milhares de vezes de uma forma educada e você não entendeu, então eu vou falar de um jeito que não vai te deixar dúvidas: esquece que eu existo e não me dirija a palavra, criatura insuportável! – Eu fui muito ríspido, mas eu estava tão estressado que eu só me dei conta de que estava falando alto e que várias pessoas estavam nos observando depois que eu terminei de falar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......