“Rafael”
Eu estava trancado no meu apartamento com aquela doida, isso era uma péssima idéia. Eu encarei a Hana, passei a mão pelos cabelos e me sentei. Eu precisava pensar numa forma de resolver tudo isso, mas eu precisava sair. Peguei o celular e enviei uma mensagem, quase ao mesmo tempo em que recebi outra.
“DEMÔNIO: Espero que já esteja cumprindo a ordem que eu te dei, ou a sua filhinha vai sofrer um grave acidente na Austrália.”
- Que inferno! – Eu resmunguei.
- Rafael, me fala, o que você está planejando fazer? – A Hana se sentou sobre a mesinha de centro em minha frente.
- Estou pensando num jeito de tirar você daqui, Hana! E rápido! – Eu suspirei, já estava cansado demais para discutir.
- Nós não vamos a lugar nenhum! – Ela me encarou, como se fosse a dona da razão e eu o seu servo.
Outra mensagem chegou ao meu celular e eu olhei o visor. Agora sim, tudo estava degringolando, eu teria um problema muito grande nas mãos se todas essas pessoas se encontrassem aqui na minha casa. Nem eu deveria estar aqui. Mas, pelo visto, eu não tinha mais como evitar o caos. Eu fechei os olhos e esperei.
- Rafael, fala comigo. – A Hana pediu e eu a encarei.
- Eu não vou falar com você, porque não adianta eu falar com você! Você não acredita em nada do que eu digo, você não me dá o benefício da dúvida e você acabou de nos colocar em uma cilada. – Eu respondi e ela estremeceu.
Nós ficamos sentados ali nos encarando. Demorou pouco tempo para que a campainha tocasse e a Hana me olhou como se não acreditasse.
- Vai, Hana, decida o que vai ser, você vai abrir a porta ou vai esperar pelo pior? – Eu a encarei.
- Rafael, abre a porta. Você está bem? – A voz da Melissa ecoou e a Hana me olhou desesperada.
- Você a atraiu pra cá! – O choque e o pavor da Hana ficaram nítidos nas duas lágrimas que caíram dos seus olhos.
- Vai embora, Melissa, é uma armadilha! Foge! – A Hana correu até a porta e gritou.
- Para com isso, Hana! – A Melissa alertou. – Abre a porta. Anda, Hana! Depressa.
- Não, Mel! Sai daqui. – A Hana pediu mais uma vez e cada vez que ela pedia isso eu sentia o meu coração doer um pouco mais.
- Sai da frente, Hana, porque eu vou arrombrar. – A voz masculina, certamente o amigo da Melissa, declarou e teve algum efeito, pois a Hana se afastou da porta.
- Eu vou abrir. – Ela gritou, provavelmente reconheceu a voz.
Eu nem me virei para ver de onde ela tirou a chave, permaneci sentado no mesmo lugar. Ouvi o barulho da chave e a porta sendo aberta.
- Rafael, está tudo bem? – A Melissa parou ao meu lado.
- Tira a Hana daqui. Ele não pode vê-la. – Eu pedi.
- Tarde demais, Rafa! As meninas me falaram que a festa já acabou. – A Melissa se sentou. – Agora vamos todos nos sentar e conversar e ver se a Hana para com essa mania de perseguição. Ela precisa saber.
- E aí, Rafael? Que bom que você vai cooperar. – O delegado Moreno me cumprimentou.
- O que está acontecendo? – A Hana parou no meio da sala e encarou a nós três.
- Está acontecendo sua doida, que eu jamais faria mal a Melissa, principalmente sabendo que ela está grávida! – Eu confessei.
- Sim, Hana, olha o delegado aí na sua frente! – Eu bufei.
- Pessoal, ameaça eliminada! O capanga foi preso com sucesso! – O Flávio anunciou. – Rafael, acho melhor deixar você descansar, os documentos estão aí? Eu os levo e você pode ir à delegacia amanhã e nós conversamos com calma?
- Claro, delegado. Os documentos estão na pasta sobre o móvel perto da porta e a droga que ele me deu no pacotinho dentro do envelope, deve ter digitais no pacitinho. – Eu respondi cansado.
- Ótimo! Paceirinha, vamos, vou te deixar na minha casa e depois eu vou para a delegacia acompanhar esse flagrante. Rafael, te espero amanhã! – O delegado se despediu com um aperto de mão.
- Rafa, obrigada por ter me avisado de tudo! Você é um bom sujeito. – A Melissa sorriu e foi em direção a porta.
- Leva essa doida com você, Meli! – Eu pediu e ela riu.
- Não, você é um bom sujeito, mas merece essa doida! – A Melissa riu e bateu a porta ao sair.
A Hana parou em minha frente, olhando para baixo, como se sua coragem tivesse acabado.
- Talvez você não seja o lobo mau! – Ela falou, até parecendo sem graça.
- Não, mas talvez eu seja o caçador!
N.A.:
Queridos, como estão? Eu gostaria de me retratar com vocês. Eu disse que de vez em quando eu citaria um de vocês por aqui, como fiz ontem, porque eu tenho muito carinho por vocês e gosto muito da nossa interação. Mas, alguém me sugeriu que eu tenha responsabilidade emocional citando algo que uma querida passou porque eu a citei nominalmente e que por isso parou de comentar. Isso foi algo que me deixou muito desconcertada hoje. Muito chateada para ser sincera, porque dizer que faltou responsabilidade emocional é algo muito sério. Citar um ou outro aqui de vez em quando é uma forma de vocês saberem que eu tenho atenção ao que vocês dizem e é uma forma de fazer um carinho, em todos, não apenas nos que cito. Vocês deixam comentários tão especiais que eu achei que seria uma forma de vocês se sentirem ainda mais imersos na estória quando um personagem se apropriasse de algo que vocês disseram. Mas parece que eu me equivoquei. Eu disse que de vez em quando mencionaria alguém, mas eu não farei mais isso, assim como não incorporarei mais nenhum elemento na estória. Eu peço desculpas a todos, jamais a minha intenção foi de causar mal e jamais minha atitude foi de irresponsabilidade emocional, mas eu não tenho controle sobre o que os outros falam, eu nem tenho como bloquear comentários ruins. Mas a minha tentativa foi o contrário, foi demonstrar o meu carinho com vocês. Eu vou apenas citar a Ana mais uma vez para pedir sinceras desculpas a ela, me perdoe pelo mal que eu tenha lhe causado ao citá-la, mas eu o fiz com carinho, porque seus comentários sempre foram fofos e divertidos. Eu não sei que tipo de mensagem ofensiva foi direcionada a você, eu não consigo ler todas, mas lamento por elas terem acontecido porque eu citei o seu nome com muito carinho. Por favor, me desculpe. A todos que eu citei e se sentiram desconfortáveis, me desculpem. Vocês são muito queridos pra mim. Beijo no coração.
Ah, pra quem perguntou sobre a mudança que eu avisei que faria, foi no capítulo 80, eu corrigi o nome da filha da Lisa, que é a Marisol e não a Clarissa. Não muda o enredo. São muitas crianças nessa estória.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......