“Hana”
Eu estava diante do Rafael, um tanto sem graça. As coisas tinham acontecido de uma forma inesperada e tudo se desenrolou muito rápido, no entanto, eu ainda não tinha entendido muito bem como foi tudo, mas eu estava desconcertada ali na frente daquele homem que parecia estar irritado demais.
E ainda tinha aquela coisa, por mais que tudo parecesse estar se revelando e a Melissa estivesse segura, eu ainda não confiava nele. E confiava menos ainda com ele me olhando daquele jeito, como se fosse partir pra cima de mim.
- E então, Hana, é a sua última chance de sair daqui. – Ele me encarou.
Seus olhos pareciam ferozes e eu sabia que já deveria estar correndo, mas os meus pés congelaram no chão, minha respiração ficou mais difícil e o meu coração disparou. Ele faria uma vítima esta noite e pelo visto seria eu. Eu já estava preparada para dizer “adeus, mundo”, porque mesmo o meu cérebro disparando que eu deveria correr, o meu corpo não saía do lugar.
Ele deu um passo em minha direção, diminuindo a distância entre nós, a ponto de me permitir sentir a sua respiração quente sobre a minha cabeça. Eu me atrevi a olhar para cima e vi o brilho malicioso em seus olhos e o sorriso feroz se desenrolar lentamente nos seus lábios. Minha garganta estava seca e eu não conseguia articular as palavras, minhas mãos, ao contrário, estavam úmidas pela ansiedade que percorria todo o meu corpo espalhando os sinais.
- Bom, você não correu! – Ele falou com a voz baixa, meio rouca e profunda, um timbre áspero que fez o meu corpo estremecer e ao mesmo tempo se inclinar para ele. Meu corpo era um traidor, ele deveria estar se afastando do perigo, não ansiando por ele.
E quando eu percebi que já não havia mais nenhuma chance de que eu conseguisse fugir, ou ao menos tentasse, seus braços estavam prendendo a minha cintura e me levantando até a altura dos seus olhos, deixando a minha boca pertinho da dele. O seu hálito soprou sobre a minha boca, foi quase como uma carícia sensual que disparou algo em minhas veias e que não era o medo de antes, eu fechei os olhos e passei a língua sobre os lábios, como se tentasse prolongar aquela sensação.
- Agora eu vou te mostrar porque você deveria ter fugido e ficado bem longe de mim, sua doida! – A sua ameaça foi proferida e ele não me deu tempo de resposta.
Sua boca deslizou sobre a minha, a assaltando, roubando não apenas o meu beijo, mas a minha vontade de odiá-lo e ficar longe dele, porque aquele beijo era tão bom, mas tão bom, que me fez pensar que aproveitar só um pouquinho não faria mal nenhum, depois eu daria um chute nas partes baixas dele e sairia correndo.
Mas eu percebi tarde demais o meu erro, eu não conseguiria chutar nada, porque as minhas pernas já estavam virando gelatina. Mas o pior veio quando os meus braços, que estavam apoiados com punhos fechados sobre o peito dele, ganharam vida própria e como duas ramas de uma videira se esticaram e se enroscaram em seu pescoço, como se precisassem garantir que ele não parasse de me beijar, nesse momento eu me dei conta de que estava perdida e que aquele homem faria o que quisesse de mim.
Sua língua assaltava a minha, era feroz e provocante, exigente, explorando cada canto da minha boca com uma prática que deixava a experiência daquele beijo ainda mais fascinante. E a minha língua o correspondia, cheia de necessidade, como se implorasse para que ele não parasse.
O meu cérebro parou de lutar no instante em que eu senti o tecido do sofá roçar as minhas costas e aquele homem impressionante e do qual eu tinha tantos receios me prendeu debaixo do seu corpo. Eu senti cada músculo forte dele contra a minha pele quase desnuda pela pouca roupa que eu trajava, como sempre eu pensei que minha escolha de roupa para esta noite foi infeliz.
- Para de pensar, sua doida, só sente. – Ele sussurrou e eu senti, como ele disse, senti o seu membro duro contra o meu corpo e senti o meu corpo me trair mais uma vez quando as minhas pernas se abriram mais para acomodá-lo e o meu sexo pareceu esquentar e derreter por ele. Era como se eu implorasse e ele deu uma risadinha convencida.
- Rafael, eu... – Eu tentei balbuciar, mas nem mesmo tinha coerência para formular uma frase simples. A única coisa que eu conseguia fazer era sentir o meu corpo respondendo a ele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......