“Melissa”
O Flávio me levou para a casa dele, mas antes de voltar para a delegacia ele entrou para ouvir as novidades da festa, pois os outros já haviam chegado. Mas antes de entrar o meu celular tocou, era aquele repórter que eu conhecia e me devia um favor há muito tempo, mas eu só cobrei agora.
- Melissa Lascuran, você é uma diva maravilhosa e eu juro que você agora é a dona da minha alma. – O repórter falou assim que eu atendi e eu ri.
- Mas que exagero, Gil. Como foi? – Eu perguntei e ouvi a sua risada do outro lado da linha.
- Foi muito, mas muito melhor do que você me prometeu. Eu estou escrevendo o artigo e meu chefe vai publicar em destaque no site e na primeira capa do jornal. Antes que o galo volte a cantar nessa cidade, o evento da Farmacêutica Domani, que deveria ter sido só mais uma noite blasé da sociedade desse país, estará descrito em fatos e fotos bombásticos como o evento lacração do ano. – Ele me contou e eu já imaginei que tinha saído tudo muito bem.
- Eu já estou ansiosa para ler o seu artigo, Gil. – Eu sorri.
- Menina e eu escapuli de lá no meio da confusão, porque, como você me alertou, ele mandou reunir a imprensa e, pelo que eu fiquei sabendo, comprou o silêncio de todo mundo.
- Menos o seu.
- Menos o meu, é claro! Lindíssima, eu estou em franca ascensão, não tem dinheiro que compre o meu silêncio se a notícia me coloca na primeira capa. – Ele revelou e eu sabia muito bem disso, o Gil não ligava pra dinheiro, ele queria o estrelato na mídia.
- Que bom que você se divertiu, Gil. Muito obrigada pelo favor. Estamos quites. – Eu fui sincera, dívida cobrada, dívida paga e segue o baile.
- Não estamos quites não, diva, eu sou o seu servo, para o que você precisar, principalmente quando me render notícias como esta. – O Gil declarou e eu ri.
- Eu não vou recusar, Gil! Quando precisar ou tiver outra dessas te ligo de novo. – Eu me despedi dele e o Flávio estava ao meu lado.
- É o Gil de Campanário? Aquele repórter que vivia como mosca na porta da delegacia? – O Flávio quis saber e eu fiz que sim. – Devo querer saber o que você fez por ele? - O Flávio estava sorrindo.
- O Gil é talentoso, Flávio, e dedicado. Ele estava sub aproveitado em Campanário. Um dia nós nos encontramos numa festa lá e ele estava chateado porque não tinha conseguido entrar, eu o coloquei na festa e no dia seguinte consegui um emprego aqui pra ele num dos maiores jornais da cidade. E ele está indo bem, fofoca não é a praia dele mais, mas ele me devia um favor. – Eu dei de ombros e o Flávio riu.
- Maluca, quando você resolver cobrar todos os favores que eu te devo...
- Relaxa, parceiro, você eu estou guardando para quando precisar esquartejar e esconder um corpo, ou vários. – Eu dei uma piscadela para ele e sua gargalhada reverberou no ar, me fazendo rir. O Flávio era muito lindo mesmo e eu ficava orgulhosa da chaveirinho, meu projeto mais notável, ter fisgado esse homem.
Nós entramos e estavam todos na sala conversando, mas o Fernando estava de pé e disparou de encontro a mim, me apertando em seus braços.
- Você é maluca mesmo, Melissa! Eu te peço para ficar quieta em segurança e você se coloca no olho do furacão. – O Fernando reclamou enquanto me apertava em seus braços.
- Mas eu fiz tudo com responsabilidade, Nando, levei meu parceiro comigo. Você acha que o Flávio deixaria algo ruim me acontecer? – Eu o encarei quando finalmente ele me soltou.
- Jamais, parceirinha! – O Flavio sorriu para mim e cumprimentou o Nando que o agradeceu respirando aliviado. – Acho bom você começar a rezar para que todos esses bebês na barriga dela não sejam meninas, mini Melissas, pequenas psicopatinhas que vão te enlouquecer.
- Não me faz entrar em pânico, Flávio! – O Fernando fez uma cara de desesperado para o Flávio e eu ri.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......