Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1101

“Melissa”

O dia já estava chegando ao fim e eu ainda tinha três coisas a fazer, uma era ir até a delegacia falar com o Flávio, a outra era o horário com a estilista para conseguir o meu vestido dos sonhos e a terceira era ter certeza de que a rabicho iria se encontrar com o Rafa e que ela deixaria aquele homem salivando por ela. Nós deixamos a Cat e a Sam vendo as coisas para a minha casa e fomos para a delegacia.

- Mel como você consegue ter tanta energia para fazer tanta coisa? – A Hana me perguntou enquanto caminhávamos para a entrada da delegacia.

- Eu sou meio acelerada, rabicho. – Eu ri.

- Ah, mas olha quem veio nos alegrar, a chefona! – O Bonfim estava na recepção e me envolveu em um grande abraço. – Como você está, minha querida? E meus sobrinhos?

- Ah, Bonfim, você é muito fofo! Seus sobrinhos estão bem, ainda não podem se comportar mal, mas eu acho que em breve eles vão me prender na cama. – Era a única coisa que eu lamentava nessa gravidez até agora, que provavelmente eu teria que passar metade dela em repouso como aconteceu com a Catarina.

- Não se preocupe, se você não puder vir, nós levaremos as fofocas da delegacia até você. – Ele sorriu.

- Acho bom. – Eu estreitei os olhos para ele e ouvi a sua risada engraçada. – Meu parceiro está aí?

- Lá naquela bendita sala que não tem porta. Chefona, eu juro que eu não sei como ele trabalha lá sem uma porta, toda hora alguém entra, toda hora alguém passa no corredor, e tem um detalhe, a sala dele é do lado da cozinha, onde sempre tem uma turminha batendo papo. – O Bonfim estava de ótimo humor.

- Bonfim, depois do susto que ele passou naquela sala com a tal da Sabrina, eu entendo ele não ter porta lá. Vou falar com ele.

- Vai lá, eu estou indo me encontrar com o secretário. Depois passa na minha sala e dá uma olhadinha no meu arquivo, você vai ficar orgulhosa. – O Bonfim recomendou.

- Você está mantendo aquilo arrumado? – Eu perguntei e ele fez que sim. – Ai, que orgulho, mais um projeto que deu certo! – Eu juntei as mãos na frente do corpo ao falar e ele deu outra das suas risadas engraçadas, depois me deu um beijo e saiu.

Eu puxei a Hana até a sala do Flávio e ele estava tão concentrado no que estava fazendo que nem parecia perceber que estávamos ali, mas a minha impressão se desfez quando ele sorriu para a tela do computador.

- Parceirinha, você tinha que ter vindo mais cedo. – Ele falou, digitou mais alguma coisa e se levantou para me abraçar. – Você perdeu o show, os filhos e os sobrinhos do Domani estiveram aí para falar com ele. Foi interessante.

- Ah, é? Então eles já avisaram que ele está sem absolutamente nada. – Eu concluí, o Bóris havia me mandado uma mensagem ao receber a notícia do advogado.

- Já sabe e está desesperado. Mais desesperado ainda ficou o advogado dele, que era advogado da farmacêutica e os novos donos já dispensaram. Quem vai cuidar da parte jurídica deles agora é o escritório do Dr. Romeu. – O Flávio contou.

- O Dr. Romeu é o máximo! – Eu admirava aquele advogado, comprometido com o bem e com a justiça, sem preguiça de trabalhar e totalmente ético.

- Ele é! Mas eu não vou deixar você falar com o Domani. – O Flávio avisou.

- Ah, Flávio! – Eu reclamei.

- Não, Mel, ele é mais perigoso do que nós estávamos pensando. Eu não vou deixar você se expor mais. Além do mais, ele já vai ser transferido, Renatinha está organizando a escolta. – Ele me avisou e me fez um resumo de tudo o que havia apurado até aquele momento.

Acontece que o Domani estava associado a pessoas perigosas e fabricava drogas sintéticas na farmacêutica, que eram vendidas nas melhores baladas da cidade. Além disso ele ainda estava vendendo medicamentos de alto controle no mercado negro e anabolizantes em academias, era um esquema criminoso bem diversificado e que explicava o crescimento financeiro exorbitante da farmacêutica nos últimos anos.