Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1104

“Melissa”

Se o Heitor estava pensando que eu ia descuidar do escritório só porque estava grávida, organizando um casamento e decorando uma casa ele estava muito enganado! Mas olha só, eu com tanta coisa pra fazer estava no escritório, já aquele prostituto estava mais uma vez voando por aí ao invés de estar atrás da sua mesa. E um detalhe, não estava atendendo ao celular. Eu bufei e bati a caneta sobre a mesa pensando.

- Melissa, está tudo bem? – Eu olhei para a porta e via a Eva parada ali.

- Eva! Eu ia passar lá na sua sala. Entra. – Eu chamei e ela caminhou em minha direção. – Como está indo o trabalho?

- Eu estou adorando, Melissa! Todos são tão gentis e prestativos. Até o meu chefe que, apesar de estar sempre impaciente e revirando os olhos pra mim, é prestativo, lá a sua maneira, mas é.

- O Perfeito? Ah, ele é muito gentil. – Eu sorri e ela fez uma careta.

- Melissa, sinceramente, ele parece que vai me demitir a qualquer momento, está o tempo todo me observando com cara de poucos amigos, bufa o tempo todo e revira os olhos, resmunga parecendo um personagem de desenho animado e é a própria personificação da impaciência. E eu nem sei porque todo mundo por aqui o chama de Sr. Perfeito, ele é um Sr. Resmungão. – A Eva reclamou e eu ri, ela descreveu um José Miguel que só ela conhecia.

- Ah, Eva, vai me dizer que você não achou que ele é lindíssimo e um cavalheiro? É por isso que ele é chamado de Sr. Perfeito, porque ele é desses homens cheios de gestos gentis, extremamente educado e lindo. – Eu a provoquei e ela me olhou e revirou os olhos, como ela havia acabado de reclamar que o Perfeito fazia.

- Tá ele é lindo, de uma classe de lindos de tirar o fôlego, aquele tipo que é o tipo universal e não há uma única mulher no mundo que olhe e não tenha absoluta certeza de que ele é lindo! – Ela apontou e eu achei a sua descrição bastante incisiva.

- Nossa, e quem é esse ser dotado de tanta beleza, Srta. Sanchez? – O José Miguel estava parado na porta da minha sala e a Eva estatelou os olhos em minha direção.

- Quem mais seria, José Miguel? Você é óbvio! – Eu respondi e ele sorriu encabulado.

- Melissa, sempre surpreendentemente direta. – Ele ficou encabulado, mas a Eva perdeu a oportunidade de vê-lo assim, pois estava olhando para mim. – Agradeço o elogio, Srta. Sanchez, mas a senhorita não deveria estar trabalhando?

- Sim, Sr. Rossi, e eu estou aqui exatamente a trabalho, atendendo a um chamado da assistente do nosso CEO. – A Eva respondeu, mas ela parecia mesmo assustada, como se a presença do José Miguel a intimidasse.

- Ah, desculpe, eu não sabia que a Melissa havia lhe chamado. Mas também você não me comunica nada. – Ele reclamou.

- Sr. Rossi, não achei que deveria lhe comunicar todas as vezes que eu me afastar da minha mesa. – Ela estava mantendo a cabeça baixa, sem olhar para ele em momento algum.

- É, Sr. Rossi, eu também não sabia que isso seria necessário. Eu deixei um bilhete sobre a mesa da Eva ontem. – Eu o encarei e ele revirou os olhos, estava lá a impaciência, mas ele não era assim.

- Não, ela não precisa me comunicar. – Ele respondeu e eu continuei o encarando. – É que nós dois precisamos melhorar a nossa comunicação, mas ela acabou de começar no trabalho, então acho que é só questão de adaptação. Por exemplo, se eu soubesse que ela viria aqui teria pedido para trazer estas pastas.

- E onde está o seu emissário? Você sempre manda o garoto trazer as pastas. – Eu o questionei.

- Na verdade eu vim porque preciso falar com o Heitor. – Ele confessou.

- Então por que fazer essa tempestade? – A Eva questionou e eu percebi que ela se arrependeu do que disse no segundo em que terminou de falar.

- Porque você é minha assistente. – Ele respondeu secamente. – Srta. Sanchez, conversaremos quando voltarmos para o nosso andar. Melissa, o Heitor está?

- Não, ainda não chegou. – Eu ia perguntar se poderia ajudá-lo, mas o telefone sobre a minha mesa tocou. – Sim, Julia.

- Melissa tem visita pra você, Jennifer Santana, posso deixar subir? – A Julia perguntou.

- Jennifer Santana? Não tenho idéia de quem seja. –Eu franzi as sobrancelhas tentando me lembrar.

- É a minha prima, Melissa. – A Eva falou e eu me dei conta de quem se tratava.

- Sim, eu sei, meus parabéns. – Ela me encarou. – Olha, Melissa, eu tinha um propósito, você conhece a história, o Fernando era uma parte do que eu precisava fazer para alcançar o meu propósito.

- Jennifer, eu espero que você tenha aprendido que nós não devemos ultrapassar limites éticos e de caráter para alcançar os nossos objetivos, que se esses objetivos exigirem a nossa ética, a nossa moral e ou o nosso caráter, nós precisamos repensar a rota e provavelmente repensar os objetivos. – Eu me sentia na obrigação de alertá-la para isso, eu entendia a raiva dela sobre o que o tio havia feito com a mãe dela, mas ela não deveria ter ido além do limite, era um preço alto demais.

- Com certeza eu aprendi a lição. Me desculpe, Melissa, de coração! – Ela olhou dentro dos meus olhos e eu vi sua sinceridade.

- Está desculpada. – Eu sorri para ela.

- E eu também quero te agradecer por ter nos dado um caminho, uma forma de resolver as coisas. O Dr. Romeu tem sido um anjo e nós não teríamos chegado até ele se não fosse por você.

- Ele é fantástico mesmo. Mas vocês ainda têm uma longa batalha, você sabe, aquela decisão do juiz não é definitiva. – Eu a lembrei.

- Sim, o Dr. Romeu explicou que é uma antecipação de direitos para preservar o cumprimento de uma decisão futura, pra não correr o risco do Domani acabar com tudo até o final do processo. Mas ele disse que a decisão final vai manter essa liminar, considerando que, não se sabe como, o Domani burlou a lei e se apropriou do que era direito da minha mãe e da tia Marta. Além do mais, como as duas decidiram entregar tudo aos filhos, vai ficar mais fácil. – Ela explicou.

- É isso, o Dr. Romeu foi rápido com essa decisão. Parece que andou tirando o juiz da cama. – Eu ri me lembrando do que havia conversado com o advogado. – Eu fico feliz que a justiça esteja sendo feita, Jennifer. E agora, o que você vai fazer? Porque pelo que eu sei você não tem nenhum talento para trabalhar naquela farmacêutica. – Eu brinquei e ela riu.

- Não tenho mesmo! Eu vou fazer um curso de gastronomia no exterior. – Ela sorriu, parecia contente com a decisão.

- Quando abrir o seu restaurante, me manda um convite, mas se chamar o Fernando de Nandinho de novo eu corto a sua língua. – Eu falei rindo, mas eu era capaz de fazer isso.

- Não, nunca mais! Será uma prazer te convidar, mas primeiro eu preciso aprender a cozinhar, então é melhor que eu me apresse. – Ela se levantou e me ofereceu a mão, que eu apertei com a sensação de que ela tinha aprendido mesmo a lição. – Melissa, você é uma pessoa interessante, assustadora às vezes, mas realmente é uma mulher admirável.

Eu agradeci e ela foi embora. Talvez ela realmente se lembrasse de me convidar para a inauguração do seu restaurante um dia e eu teria prazer em ir, embora talvez não fosse uma boa idéia, ela poderia colocar laxante na minha comida. Mas isso seria em tempos bem distantes e agora eu tinha que correr, tinha horário marcado com a Catarina para ver a decoração do meu casamento que seria no fim da semana.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque