“Rafael”
Desde que o Domani foi preso que o Flávio vinha fazendo operações pontuais no meu bar, policiais disfarçados se infiltraram e conforme a movimentação abordavam alguém. Sendo justo, eles estavam sendo discretos e todos os que haviam abordado estavam envolvidos com o esquema do Domani. O Flávio havia me prometido que meus clientes nem notariam o que estava acontecendo e sendo justo, ele estava cumprindo sua promessa, mas mesmo assim eu ainda estava preocupado de que algo saísse do planejado e acabasse espantando os clientes do meu bar.
- Chefe, não precisa se preocupar, o pessoal que o delegado colocou aqui é muito profissional, ninguém tem percebido o que está acontecendo. – O meu chefe de segurança me garantiu mais uma vez.
- Sim, eles são bons. – Eu comentei. – Quer saber, você tem razão, eu não preciso me preocupar. Eu volto mais tarde, se acontecer qualquer coisa você me liga.
- Pode ir tranquilo chefe. – Ele me deu um sorriso amigável e eu saí.
Eu tinha uma outra coisa ocupando os meus pensamentos e essa não tinha nada a ver com o bar, mas desde o dia do casamento da Melissa aquela coisinha tinha sumido e nem minhas mensagens ela estava respondendo. Eu não era do tipo que ficava insistindo com uma mulher, mas aquela doida eu não estava conseguindo deixar pra lá. Eu entrei no carro e fui direto para o apartamento dela, estacionei perto da entrada da garagem e esperei por ela, porque se aquela doida tivesse chance ela fugiria.
Quando ela parou o carro esperando o portão da garagem se abrir, eu bati em na janela do lado do passageiro. Ela não tinha me visto e levou um susto, desceu o vidro com aquela carinha emburrada.
- O que você quer, psicopata? – Ela perguntou irritada.
- Falar com você, doida. – Eu abri a porta e entrei no carro. – Pode ser aqui na sua casa, na minha ou em qualquer outro lugar, mas nós precisamos conversar.
- Eu não preciso conversar com você! – Ela me olhou como se não estivesse interessada.
- Ótimo! Melhor que assim você me ouve, já que não tem nada para falar. – Eu avisei e ela ficou indignada.
- Sai do meu carro, psicopata! Eu não quero falar com você! – Ela reclamou, estava ficando do jeitinho que eu gostava, irritada. Eu sorri pra ela.
- Não quer, né?! Mas de abusar de mim você gosta bastante. Eu não me esqueci do que você fez na festa da Melissa. – Eu estava sorrindo pra ela, porque eu sabia que ela estava interessada, mas ainda estava resisitindo.
- Abusar de você? – Ela se virou pra mim irritada. – Você é um convencido!
Um carro buzinou atrás de nós e eu olhei pelo retrovisor.
- Vai, doida, entra logo, o seu vizinho está com pressa. A gente conversa no seu apartamento. – Eu falei e o carro atrás deu mais um leve toque na buzina. – Anda, eu não vou sair.
- Seu abusado, irritante, psicopata... – E até que ela estacionou em sua vaga, ela já tinha me dado mais alguns apelidinhos nada fofos.
Nós saímos do carro e demos de cara com o vizinho que estava buzinando atrás dela. Um rapaz de óculos, parecendo inteligente demais, mas com traquejo social de menos.
- Oi, Hana! Está tudo bem? – Ele olhou pra mim, era uns bons vinte centímetros menor que eu, mas era corajoso e muito atencioso em perguntar a ela se estava tudo bem.
- Eu acho que você é um psicopata enxerido e convencido. – Ela reclamou, mas já estava cedendo.
- Eu acho que você está gostando desse psicopata, mais do que pensou que pudesse gostar, mas está pensando demais, presa no passado. – Eu passei a mão em seu rosto.
- Me solta, Rafael. – Ela pediu, baixando os olhos.
- Não quero. – Eu confessei num tom mais baixo e ergui o seu queixo com o dedo. – E você também não quer de verdade.
- Eu não posso! – Ela estava olhando pra mim, lutando consigo mesma, tentando não querer, tentando esquecer, tentando pensar só nela, mas quanto mais ela tentava se distanciar, mais ela estava perto e eu podia ver isso nos seus olhos.
- Eu vou te dizer o que vai acontecer. – Eu falei baixo e dei um beijo no seu rosto, mantendo a minha boca perto do seu ouvido. – Eu vou beijar a sua boca, daquele jeito que te rouba o ar e faz você esquecer todos esses medos bobos. Depois eu vou tirar a sua roupa, se der tempo, e vou te foder gostoso, daquele jeito que faz você gemer alto e esquecer que quer que eu vá embora. E depois, quando você começar a pensar em fugir, eu vou te comer de novo, daquele jeito que faz você querer ficar mais e esquecer tudo o que te faz ficar longe de mim.
- Por que você faz isso comigo? – Ela choramingou enquanto deitava a cabeça de lado para me deixar beijar mais o seu pescoço. – Por que você não me deixa ficar longe?
- Porque eu não consigo, porque você é uma delícia, minha doida, e porque o que rola entre nós dois é diferente de tudo e é melhor que tudo que eu já experimentei antes. – Eu confessei olhando nos seus olhos.
- Ah, foda-se! – Ela segurou a minha cabeça com as duas mãos e me beijou, enlaçando as pernas na minha cintura e aquele round eu tinha ganhado, eu a tinha mais uma vez, pelo menos mais uma noite.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......