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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1124

“Eva”

Eu cheguei em casa e me debrucei sobre os livros contábeis da farmacêutica. Havia muita coisa errada ali, os números nos livros não batiam, as entradas e saídas financeiras nas contas eram diferentes das movimentações registradas, com certeza havia muita sujeira embaixo daquele tapete.

- Filha, você deveria ir dormir. – Minha mão passou a mão pelos meus cabelos.

Eu havia transformado a mesa de jantar dela no meu escritório e estava uma bagunça de documentos ali. Até as cadeiras estavam repletas de papéis e caixas. Ela havia interditado aquela sala, para que eu não precisasse recolher tudo antes de dormir e quando voltasse a trabalhar ali já estivesse tudo em um tipo de ordem e isso facilitava muito a minha vida.

- Eu preciso ficar mais um pouco, mãe, prometi aos rapazes que entregaria isso até o final da semana. – Eu respondi.

- E se você não conseguir entregar eles vão esperar até o início da próxima, mas você precisa dormir. – Ela repetiu.

- Só mais um pouco, mãe. – Eu sorri e olhei para ela, havia algo diferente. – E você, está bem?

- Eu estou ótima! O advogado conseguiu uma permissão para eu visitar o Domani. – Ela contou e eu fiquei surpresa.

- E você vai? – Eu pensei que ela o odiasse tanto que não queria vê-lo.

- Eu fui! – Sua resposta me pegou de surpresa. – Eu esperei por isso muito tempo, Eva, vê-lo destruído, como ele me destruiu. Fui e falei umas verdades pra ele e agora eu posso seguir em frente finalmente. – Ela sorriu, seu sorriso estava realmente diferente, como se ela estivesse mais leve.

- Então siga em frente, mãe. Você merece ser feliz. – Eu a abracei.

- Obrigada, filha. Você também, não permita que seus irmãos te tratem como uma menina e fiquem se metendo em sua vida. – Ela me alertou e eu sorri. – E, eu sei que é difícil, Eva, mas é o pai de vocês, talvez ele precise de um pouco de compaixão.

- Por mim ele pode apodrecer naquela cadeia, se você está sugerindo que eu o visite ou faça qualquer coisa por ele, pode esquecer, eu não vou! – Eu respondi porque conhecia bem o discurso dela de que “é o seu pai, ele errou, mas você é melhor do que ele, faça a sua parte”. Minha parte estava feita, eu me manteria longe dele pra sempre.

- Pense bem! Você é generosa e boa. – Ela me deu mais um beijo. – Não vire a noite sobre esses papéis. – Ela foi se deitar e eu me virei outra vez para aquele livro.

Eu vi uma movimentação estranha, que não batia com nada. Talvez eu precisasse de um olhar mais experiente. Eu olhei para o Relógio no meu pulso e talvez não fosse tão tarde assim. Então eu peguei o celular e digitei a mensagem: “Oi, me desculpe pela hora, mas se não for muito tarde e nem um incômodo pra você, será que você pode dar uma olhadinha numa coisa pra mim?”

Eu coloquei o celular sobre a mesa, mas antes que eu voltasse os meus olhos para o livro a tela brilhou, era a resposta dele:

“CHEFE: Oi, depende do que você quer que eu olhe.”

Ele era sempre tão evasivo com os seus “depende”, “talvez” ou “quem sabe”! Então eu mandei uma mensagem explicando o que eu estava fazendo e ele me pediu uma foto do que eu estava vendo. Eu fiz uma foto do livro, uma do movimento financeiro bancário e outra da tela do computador, enviei e esperei. Esperei e nada. Parei de olhar para o celular e voltei a olhar para o problema em minha frente, mas eu não conseguia ver onde estava a incongruência, o que havia acontecido ali.

- Isso seria fantástico! – Eu respondi encantada. – Entre, por favor. – Eu o conduzi para a sala de jantar da minha casa, meu coração disparado e a boca seca, sem saber o que dizer. – Está tudo aqui, você pode me dar só um minuto?

Ele fez que sim e eu fui depressa ao meu quarto e troquei de roupa, passei pela sala rapidamente e ele estava compenetrado nos livros, então eu fui até a cozinha e preparei um café, quando voltei, com a bandeja em mãos, eu lhe servi uma xícara e ele sorriu pra mim.

- Você faz um ótimo café! Obrigado! – Ele tomou um gole do café.

- Obrigada por estar aqui, a sua ajuda é mais do que eu esperava. – Eu estava nervosa e ele percebeu.

- Mas você não sabe porque eu vim. – Ele me encarou. – Eu vim porque eu não tinha nada melhor pra fazer em casa, porque você tem realmente um grande problema nas mãos, um desafio e eu gosto de desafios. Mas eu estaria mentindo se eu dissesse que foi só por isso.

- Como assim? – Eu o encarei e ele respirou fundo, como se lutasse contra alguma coisa, uma luta constante. Ele se aproximou um pouco.

- Eu queria te ver de novo fora do escritório, só mais um pouco. – Ele me encarou e limpou a garganta. – E você não deveria ter tirado o pijama, mostrava menos que o decote dessa camiseta. – Ele olhou para o meu decote e fechou os olhos, se afastando outra vez. – É melhor a gente trabalhar, isso aqui vai demorar.

N.A.:

Queridos... como estão? Eu achei incrível vocês estarem contando de onde são! Eu não imaginei que o “Chefe Irresistível” tivesse chegado tão longe. Eu já tinha recebido outro dia uma mensagem do Equador e essa semana uma da Venezuela, aqui, no livro em português, depois vou trazer os nomes das meninas. Mas eu tenho que dizer que vocês me emocionaram. Branca e Maria Regina, eu tinha certeza que vocês são cariocas, porque esse jeito delicioso do carioca, gente, é inconfundível! Ana também, despachada desse tanto, só podia ser paulista (ou paulistana, Ana?). Lari Batista, olha que a gente já se esbarrou no Goiás, hein, eu conheço a sua terra, pelo menos de Itumbiara até Campinorte. Eu vou dizer, nosso país é maravilhoso em cada canto, em cada sotaque, em cada comida boa. Quando eu viajar agora vou parando para tomar cafezinho na casa de todo mundo, hein?! Porque aqui na minha terra é assim, chegou alguém a gente já chama da janela: “Ô, sô, que bão que cê veio, entra pra cá pra tomá um cafezin!” E o cafezinho é sempre medroso, porque só anda acompanhado de uma quitanda. Obrigada, queridos, sintam-se abraçados e recebam todos um beijo no coração com muito afeto, “quentim que nem um cafezim”!

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