“Domani”
Eu estava ficando nervoso, o dia de ser levado para a cela coletiva estava chegando e eu ainda não sabia o que fazer. O Lustroso e o Frederico já estavam fazendo perguntas demais, talvez estivessem desconfiados, mas eles precisavam continuar achando que eu tinha dinheiro e poderia ajudá-los, mas na verdade eu não tinha nada.
- Farmacinha, vamos, visita! – O guarda se aproximou da cela. – Vai, você já conhece o procedimento.
- Domani, deve ser o seu advogado, fala pra ele que tem que nos chamar também, nós precisamos saber das coisas. – O Frederico estava me atormentando com a idéia de que o meu advogado deveria advogar para ele e o Lustroso também.
Eu apenas olhei para ele e saí com o guarda. Eu estava ficando a maior parte do tempo calado, pensando em como ia me livrar dessa situação. E agora eu pensava quem seria a visita, porque eu não tinha mais advogado.
O guarda me colocou dentro daquela salinha de novo, onde eu tinha conversado com a Marta e o advogado, mas dessa vez, a pessoa que veio me ver estava na primeira cadeira, bem de frente para a porta e eu o vi assim que entrei.
- Então você veio, traidor. – Eu falei ao pegar o telefone.
- Titio, como é bom te ver. – O Bóris sorriu sinicamente.
- Você é uma decepção, Bóris! Eu tinha planos pra você, eu investi em você, eu confiei em você! – Eu joguei na cara dele e ele riu.
- Planos para mim, Domani? Com certeza eram planos de me jogar na fogueira e me fazer pagar pelos seus crimes, não é? Chega de mentiras, Domani, as máscaras caíram! – Ele me enfrentou, cheio de coragem como o pai, atrevido, arrogante.
- Sim, as máscaras caíram e você se revelou um traidor! – Eu estava irritado.
- Eu? Um traidor? Ah, Domani, se eu sou um traidor, o que você é? – Ele me perguntou. – Você é um bandido da pior espécie! Vamos lá, você jogou a sua irmã na rua, a expulsou de casa e convenceu o seu pai, um filho da puta tão grande quanto você, a deserdá-la, só porque ela ousou se apaixonar por um trabalhador.
- Sua mãe é uma vagabunda! – Eu respondi a ele, porque era isso que ela era, uma vagabunda que foi se deitar com um pobretão.
- Não fala da minha mãe! Você não é digno nem de se referir a ela. – Havia ódio nos olhos dele. – Continuando a lista dos seus pecados. Você se casou com a tia Marta, uma das mulheres mais doces que eu conheço, roubou tudo o que ela tinha e ainda por cima a agredia das maneiras mais sórdidas.
- O que você sabe sobre a Marta, seu filho da puta? – Ele me pegou de surpresa ao falar da Marta, pois eu achava que eles não tinham nenhum vínculo.
- Ah, você não sabe, não é mesmo?! Então, a tia Marta sempre foi amiga da minha mãe, ela nos visitava escondido e depois que você quase a matou de porrada, foi lá em casa que ela se recuperou. Foi a minha mãe quem abrigou os seus filhos, quando você os colocou na rua sem nada, sem um teto. Claro, isso foi outra manobra espúria que você fez.
- Você está me dizendo que sempre esteve em conluio com aquelas crias perdidas?
- Eu estou dizendo que a Jennifer, meus primos e eu somos como irmãos. – Ele sorriu confiante. – Lembra da Jennifer sua sobrinha? A filha da sua irmã que você queria estuprar? Felizmente isso você não conseguiu fazer.
- Aquela criatura burra! Fodeu com os meus planos. – Eu reclamei.
- Ah, não, quem vai foder com você sou eu, porque você sabe o que fazem com homens abusadores dentro desse lugar, não é? E digamos que eu tenha deixado escapar que você é um abusador.
- Não, você não fez isso! Você não pode. – Eu estava começando a me preocupar com o filho da puta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......