“Melissa”
Eu estava irritada em frente ao espelho do closet tentando fechar o zíper de uma saia que eu não usava há um tempo, mas ele não estava fechando. O Fernando parou atrás de mim, tirou as minhas mãos do zíper e puxou o saia para baixo.
- Ei, eu vou usar essa saia! – Eu reclamei e ele sorriu enquanto dava um beijo na minha orelha e passava a mão na minha barriga.
- Não vai, abelhinha, você sabe que não vai. – Ele falou suavemente.
- Eu tenho que parar de comer croissants, eu estou engordando. – Eu reclamei, colocando as minhas mãos sobre as dele e me recostando em seu peito.
- Você está grávida, abelhinha, por isso está engordando, você está preparando nossos mini croissants aqui nesse forninho. – Ele sorria enquanto beijava o meu pescoço.
- É, pelo visto será uma fornada bem grande. – Eu bufei e ele riu mais.
- Pelo menos quatro. – Ele apoiou o queixo no meu ombro e me olhou pelo espelho. – Você é linda e a gravidez está realçando ainda mais a sua beleza.
- É bom que você me ache linda mesmo, porque o meu corpo nunca mais será o mesmo depois que seus filhos caírem fora daqui. – Ela resmungou, me fazendo rir mais.
- Como eu posso não achar lindo e perfeito o corpo que deu vida aos meus filhos? O corpo que vai carregá-los, nutri-los, protegê-los enquanto eles estiverem dentro e depois vai alimentá-los, embalá-los e aquecê-los quando eles estiverem fora? É impossível não amar e achar lindo esse corpo que está mudando e se adaptando para gerar os meus filhos. É impossível não amar e achar lindo um corpo que gera vida e que faz isso por amor e com tanto amor. Eu amo cada uma das suas mudanças, Melissa, cada uma que eu vi até agora e vou amar cada uma que eu vou testemunhar ao longo da vida, porque elas te deixam cada vez mais linda.
- Ah, Nando, aí, já me fez chorar. Você é um príncipe! Eu te amo, Fernando! – Eu me virei e o abracei.
- Eu te amo, Melissa! – Ele me envolveu no seu abraço quente. – E acho que você precisa começar a comprar roupas de grávida.
- Droga, eu vou ficar parecendo a cobra que engoliu o sapo. Não, pior, eu vou ficar parecendo uma daquelas bolas enormes de parque. – Eu reclamei e ele riu.
- Eu estou louco para ver isso, sua barriga grande, nossos filhos se mexendo... – Ele falou no meu ouvido.
- Meus pés inchados e eu presa a uma cama por meses, como uma baleia encalhada.
- As baleias são lindas! – Ele fez mais uma gracinha e eu dei um tapinha no braço dele.
- Idiota! – Eu tentei me fazer de brava, mas já estava rindo. – Eu vou comprar lençóis para amarrar em volta de mim, porque eu vou ficar tão enorme que nem vai existir roupa.
- Não seja exagerada. – Ele me beijou mais uma vez. – O que você acha de irmos ao shopping hoje depois do trabalho e comprar algumas coisas?
- É o jeito, ou eu vou ter que amarrar um lençol no corpo para ir trabalhar.
- Exagerada! – Ele riu.
Nós ficamos abraçados mais um pouco e depois eu peguei um vestido que eu sabia que era mais largo e me troquei. Depois, ele me deixou no trabalho, já estava se tornando um hábito e eu gostava desse tempo a mais que ficávamos juntos.
- Não se esqueça, nós vamos ao shopping hoje, mas quando chegarmos em casa você vai fazer a pose número cinco do álbum para mim. Eu estou ansioso por ela! – Ele revelou com um sorriso.
- Aproveite enquanto posso e as lingeries me servem. – Eu sorri.
- Já pensei nisso e sei que vamos precisar fazer uma parada no meio do caminho, mas tudo bem, a gente retoma depois que os bebês nascerem. – Ele estava visivelmente animado com aquela brincadeira das poses das fotos. Era bom sentir que me marido me desejava, mesmo que eu estivesse ficando maior.
- Julia, eu não me esqueci de você. – Eu parei em frente a mesa da secretária, que ergueu os olhos pra mim como se temesse aquele momento.
- Que bom, Mel, eu também não me esqueço de você. – Ela deu um sorrisinho sem graça e tentou disfarçar.
- Vai, Julia, me conta, o que está acontecendo? – Eu queria saber o que tinha acontecido.
Mas a minha curiosidade teria que esperar mais um pouco, um entregador entrou com um arranjo de gardênias cor de rosa e parou em frente a Julia.
- Entrega para a Sra. Julia. – O rapaz falou e eu olhei para a Julia, o marido dela nunca tinha mandado flores antes. Mas ela recebeu as flores muito sem graça, assinou o livro do rapaz e pegou o cartão, abrindo um sorrisinho depois de ler.
- Eu poderia apostar que essas flores não são do seu marido. – Eu cruzei os braços e a encarei, então notei que a aliança que ele usava não estava mais no seu dedo. – Julia, o que está acontecendo?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......