“Bóris”
Eu tinha ido até a casa do meu tio depois que eu saí do presídio, na semana anterior e encontrei o cofre e a pasta que ele havia falado. No domingo, eu embarquei num vôo noturno para Miami e hoje bem cedo eu estava desembarcando e seguindo direto para o banco.
Foi um procedimento muito tranquilo, pois o cofre poderia ser acessado por qualquer um que tivesse o contrato de aluguel em mãos, a chave e a senha. Eu tinha tudo. O gerente me deu acesso ao cofre e me deixou sozinho para abri-lo. A gaveta estava muito pesada, tinha mais do que informações de uma conta bancária ali.
Eu abri o compartimento e comecei a tirar as caixas e pastas de lá. Ali dentro estavam todas as jóias que foram da minha avó, da minha mãe, ates dela se casar, as jóias que o meu avô tirou dela quando ela saiu de casa, graças a influência do Domani, e até as jóias que foram da minha tia Marta, estava tudo ali.
Felizmente eu tinha ido direto para o banco e estava com a minha mala, que eu coloquei sobre o balcão, abri e comecei a colocar dentro as jóias. Eu encontrei passaportes e identidades falsos também. As escrituras de uma propriedade ali naquele país, vários documentos e a pasta com as informações da conta no paraíso fiscal.
Eu tirei praticamente tudo de dentro do cofre, deixei apenas os documentos falsos. Depois de pegar tudo o que me interessava, eu devolvi a gaveta para o cofre e o tranquei. Quando eu saí do banco, ao invés de ir para o hotel, eu fui direto para o aeroporto, não perderia tempo, a situação da farmacêutica era urgente.
Eu peguei o primeiro vôo para as Ilhas Cayman, era lá que o dinheiro estava e eu poderia chegar a tempo de ir ao banco. Quanto antes eu resolvesse tudo, mais rápido eu tiraria a corda do pescoço de todos nós.
Como eu previ, eu cheguei em tempo no banco e fiz todos os procedimentos, transferia cada centavo para uma conta aberta para a farmacêutica. No fim do dia eu já estava novamente no aeroporto, esperando para embarcar de volta pra casa. Mas enquanto eu aguardava na sala de embarque o meu celular tocou, eu não reconheci o número, mas atendi mesmo assim.
- É o Bóris? – A voz soou abafada e baixa do outro lado da linha.
- Sim, sou eu, quem é? – Eu perguntei.
- Frederico. Eu trabalho para o seu tio. Ele mandou ligar. – A voz falou e eu achei tudo estranho.
- Quando você esteve com ele? – Eu perguntei para ter certeza.
- Eu estou preso junto com ele. – O homem sussurrou.
- Você está me ligando da cadeia? – Eu perguntei, mas não estava surpreso com a falha no sistema.
- É isso aí. Agora, escuta, seu tio mandou perguntar se você já foi resolver o assunto do dinheiro. – O homem perguntou do outro lado e eu ri.
- Sim, já sim! – Eu respondi e esperei.
- Ah, que bom. Eu vou te mandar o número de uma conta, nela você vai depositar dez mil e na outra conta que eu vou te mandar o número também você vai depositar cem mil. Entendeu? – Isso só podia ser brincadeira.
- Sei! Você está perto do Domani? – Eu perguntei. – Se estiver, eu gostaria de dar uma palavrinha com ele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......