“Alessandro”
Eu não consigo acreditar no que eu fiz até agora. O que aconteceu comigo naquela m*****a festa de despedida da Mari? Por que eu fui beber tanto assim? Eu nem me lembro de nada o que aconteceu. E agora fui atirado no inferno em companhia do Cérbero e não vejo como sair dessa merda.
Eu passei uma semana inteira tentando resolver essa merda que é a Ana Carolina estar grávida, mas eles me pressionaram ao limite e a coisa não tem como ficar pior.
- Alessandro? – Ouço o Patrício me chamar.
- Aqui em cima! – Respondi de volta.
Eu estava na cobertura do meu apartamento, olhando para a cidade aos meus pés, pedindo a deus que fizesse um milagre e que isso tudo acabasse. Pensando nessa merda toda em que eu estou metido até o pescoço.
- Irmão! Como você está? O que aconteceu de tão urgente? – Patrício estava aflito. Quando liguei pra ele estava chorando como um bebê e pedi para ele vir o mais rápido possível e trazer os caras.
- Eu tô na merda, cara! – Falei enquanto cumprimentava meus amigos.
- Bom, então vamos beber! – Heitor esfregou as mãos.
- Nem pensar, Heitor! Foi por causa de uma bebedeira que eu chafurdei com os porcos na lama. – Falei cortando a idéia do meu amigo. – Daqui pra frente nada alcoólico mais. Vou fazer como o Nando.
- Então, meu amigo, nós vamos de coca, limão e gelo. Vou preparar nossos drinks. – Nando falou com a atitude de um barman que prepararia a mais elaborada das bebidas.
- Ah, mas eu vou beber, porque só bebendo pra agüentar o que a Taís tem aprontado. – Rick falou fazendo todos rirem, menos eu. Nada tinha graça pra mim.
- O que aconteceu? Se abre com a gente. – Patrício insistiu.
- Eu vou me casar. – Falei como se tivesse assinado minha própria sentença de morte e foi isso mesmo que eu fiz, quer dizer, ainda não assinei, mas já aceitei assinar.
- Ah, não, de jeito nenhum. A gente não vai deixar você fazer essa estupidez! – Heitor protestou.
- Não tem jeito, Heitor. – Nando falou me entregando o copo. – Foi o que eles exigiram pra deixar a Cat em paz, não foi?
- Foi sim. Passei os últimos dias tentando negociar com eles, ofereci, inclusive, entregar a empresa inteira, mas eles não aceitaram nada. – Falei com desgosto. – A única coisa que vai fazê-los se afastar dela e deixá-la em paz, é eu me casar com aquela criatura abominável. E se eu não fizer, eles garantiram que vai ficar pior.
- Pois é, mas por causa de uma noite de bebedeira estou nessa merda! E não vou deixar a Cat sofrer pelos meus erros. – Falei determinado a protegê-la.
- Me desculpa, Alessandro, mas ela já está sofrendo. E muito! – Fernando falou cravando um punhal em meu peito. – Quando o Cláudio, o ex namorado, a traiu, ela ficou decepcionada, mas nem de longe ficou como agora.
- E como ela ficou quando foi abandonada pelo pai do Pedro? – Perguntei curioso.
- Você não sabe? – Nando me olhou de soslaio e vendo minha cara de dúvida continuou: - É, pelo visto não sabe tudo. O pai do Pedro foi um lance de uma noite, coisa incomum pra Catarina, ela não é de ficar com um cara só por ficar, mas o pai do Pedro, pelo que a Mel disse, foi irresistível. Pelo que sei, ela só se lembra dele como um bom momento que ela viveu. Mas foi só um lance e aconteceu dela engravidar e, como ela não tinha como encontrá-lo, seguiu em frente com o filho e jurou que nunca mais se envolveria com ninguém. E foi assim, até você aparecer. Com você foi diferente de tudo, ela se abriu. EU nunca vi minha amiga assim.
- Eu estou morrendo por fazê-la sofrer. – Falei com os olhos marejados. – Mas vai ser pior se eu não me casar, eles vão infernizá-la.
- Será mesmo? – Nando pergunta me fazendo pensar.
- E quando será esse maldito casamento? – Patrício perguntou.
- Eles querem fazer em um mês, no máximo. – Respondi deixando as lágrimas caírem dos meus olhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......