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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1165

“Melissa”

A vida é como um terreno acidentado, cheia de altos e baixos e às vezes você cai e rala o joelho, mas o importante é se levantar, sacudir a poeira e passar aquele antisséptico na ferida, às vezes ele arde, mas você dá uma sopradinha e segue em frente.

Eu experimentei alguns baixos e muitos altos. A vida tinha me tratado bem, sido boa até ali. Até no pior momento que vivi, a vida tinha sido gentil comigo, porque eu estava protegida por uma rede de apoio e amor. Eu olhei o jardim todo enfeitado com as cores do arco íris e dei um sorriso, era o sorriso de quem tinha muito o que comemorar.

Meus filhos estavam completando um ano de vida, tinha sido um ano desafiador, mas gratificante, eles estavam saudáveis e cheios de vida, me deixando um pouco mais maluca, mas era crianças felizes. Nem a minha “Mary Poppins” pôde com eles, assim que começaram a engatinhar e desaparecer pela casa ela se jogou no sofá a minha frente e pediu apoio.

Contratei mais duas babás e mesmo assim os anjinhos ainda conseguiam desaparecer. Teve um dia que encontramos o Marcos dormindo dentro do armário da cozinha. Claro que depois disso eu liguei para o Heitor e dois dias depois ele apareceu lá em casa se achando o padrinho do ano, com seis pulseirinhas de ouro e em cada uma um pequeno localizador. Agora quando os bonitinhos se escondiam eu sabia onde encontrá-los.

Mas claro, ser mãe era como jogar vídeo game e ir passando de fase, quando você pensa que aquela fase foi difícil, você começa uma ainda pior. E eu estava na fase em que eles começaram a andar há pouco tempo e estavam descobrindo o mundo e achando tudo muito lindo, enquanto eu tinha sobressaltos e pequenos infartos o tempo inteiro. Eles pareciam uma locomotiva, um a um, com diferença de um dia ou dois, foi se levantando e dando os passinhos desajeitados e trôpegos. A Leona foi a última, com uma diferença maior, levou duas semanas a mais para ela andar e seus passinhos ainda eram vacilantes.

Eu olhei em volta e vi o Marcos sentado ao lado da Selena na maior conversinha de bebê, mas parecia estar jogando todo o seu charme pra cima dela que dava sorrisinhos fofos pra ele e o olhava com certo encantamento, tão linda e delicada quanto a Anabel. Talvez eu não devesse ter deixado aquele prostituto batizar meu filho, diziam que os afilhados puxavam os padrinhos, já pensou se o meu filho virasse um conquistadorzinho? Mas por enquanto ele estava seguro e eu ainda tinha mais cinco para me preocupar.

Mais uma olhada e encontrei a Maxine agarrada ao Pedro, com os olhos fixos nos olhos do meu pequeno. Ah, mas aquele ali era igual ao pai, até aquele sorriso meio de lado do Alessandro aquele menino tinha. Como que a minha filha ia resistir àquele charme? Coitada, teria muita concorrência, eu ia precisar ensinar a ela como ralar a cara das oferecidas no asfalto.

Um pouco mais adiante eu vi a Heloísa, sentada como uma princesa na cadeirinha, esperando que a babá lhe entregasse o salgadinho que estava esfriando. Logo ao lado da Heloísa o Vítor estava sentado, falando aquela linguagem de bebê como uma matraca, tendo como platéia o Benício, o Valentim e a Jade, e sendo ignorado com sucesso pela irmã, que não tinha muita paciência com o falatório dele e só queria saber do salgadinho que a babá estava esfriando.

Um pouco mais ao canto eu vi a Leona, dando uma dura no Otávio. Esse era outro que tinha o charme Mellendez na veia. Ah, esse menino, já andava incomodando a minha menininha como o Fernando fez comigo. Ele se aproximava, puxava o babadinho do vestido dela, dava um sorrisinho tímido e ela olhava pra ele toda bravinha, mas quando ele se afastava ela saía correndo atrás dele e segurava discretamente a sua mãozinha.

Era tão bonitinho ver o vínculo que todas aquelas crianças estavam formando, uma verdadeira tropinha de amigos, que seriam como irmãos... ou não, porque alguns nesse meio estavam meio como o Augusto e a Marisol, completamente encantados um pelo outro. Eu suspirei com a tranquilidade da mãe que tinha o controle da ninhada... até que eu contei de novo. E então eu recontei e me dei conta de que talvez eu não tivesse tanto controle assim daqueles mini maluquinhos. Faltava uma, eu sabia, sempre soube que essa seria a pestinha do grupo, a mentezinha formadora de idéias atravessadas.

E quando eu olhei em volta eu encontrei a Marcela e meu coração quase saiu pela boca. Ela estava de pé no encosto do banco de praça, se apoiando no muro e tentando alcançar uma borboleta que estava por ali. Ela estava como uma bailarina, na pontinha do pé. Se eu gritasse ela poderia se desequilibrar e cair de cabeça no chão. Meu coração acelerou, minha boca ficou seca e eu saí correndo. Mas antes que eu chegasse à metade do caminho um par de mãos já a segurava e erguia até a borboleta que saiu voando e minha filha deu uma gargalhadinha de felicidade, esticando os bracinhos para abraçar o padrinho que a apertou no colo com amor.

- Parceiro, você é o cara! Definitivamente, você é um anjo da guarda mesmo! – Eu estava sem fôlego quando me aproximei.

- Relaxa, parceira, minha parceirinha está descobrindo o mundo. – Ele sorriu pra mim com a menina agarrada ao seu pescoço.

E quando a festa terminou e todos os anjinhos estavam tão cansados que dormiram amontoados na brinquedoteca, eu me sentei em meio aos amigos, finalmente relaxando, porque eu só relaxava quando dormiam e olhe lá, aquela tropinha dava mais trabalho que o Heitor.

- Maluca, você volta para o escritório amanhã? – O Heitor perguntou e eu fiz que sim.

- Estou ansiosa, Heitor! – Eu sorri. Claro que deixar os meus filhos não era fácil, mas eu queria o meu trabalho de volta e precisaria equilibrar as coisas.

- Eu fiz igual ao Alessandro. – O Heitor abriu um grande sorriso.

- Ah, não, Heitor, o que você fez? – Eu perguntei já prevendo que teria que consertar algo.

- Eu montei uma creche no escritório, para as funcionárias que têm filhos, então você pode levar a tropinha quando quiser. – Ele sorriu e eu o encarei.

- Olha, por isso que você faz tanto dinheiro naquela empresa, você não tem foco, mas tem ótimas idéias. – Eu respondi e ele riu.

- Não esquece do carisma, maluca. – Ele estava se achando.

CASAL 6 - Capítulo 168: Felizes para sempre 1

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