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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1164

“Fernando”

Quando eu vi que meu tio e meu pai se direcionavam para o palco eu senti um frio na barriga, havia chegado o momento oficial da transição, um momento que eu nunca tinha imaginado que viveria até vir para esse hospital, e mesmo estando aqui, isso ainda parecia algo distante.

- Senhoras e senhores, boa noite! – Meu tio subiu ao palco, com meu pai ao seu lado e começou a falar. – É uma grande noite para o Hospital Santé, que recebe vocês, amigos, apoiadores, colaboradores. Mas é uma noite de muito orgulho para a família Molina. Hoje nós passamos o bastão para dois jovens extraordinários que já chegaram a esse hospital trazendo um projeto audacioso e tão necessário. Fernando e Vinícius, por favor, venham aqui. Melissa, Ivy, por favor, vocês duas também, porque grandes homens têm sempre grandes mulheres ao seu lado.

O Vinícius e eu nos olhamos, seguramos as mãos das nossas garotas e fomos em direção ao palco. Meu tio fez um discurso emocionante sobre a importância dos cuidados para as pessoas com demência e doenças degenerativas. E fez um discurso emocionado sobre o quanto ele se orgulhava de mim e do Vinícius e o quanto ele acreditava que poderíamos contribuir para que o hospital continuasse tratando os pacientes com o melhor da ciência e o melhor do ser humano, tratamento de ponta e humanizado, era isso o que o Vinícius e eu assumíamos como meta de sempre manter e melhorar.

O Vinícius e eu discursamos brevemente sobre a necessidade de assumir a nossa responsabilidade social, cumprir o nosso papel e aceitar o legado, bem como de como era importante acolher, ajudar e oferecer dignidade nos momentos mais sensíveis.

- E além de agradecer a todos vocês, que se dispuseram a compartilhar conosco esse momento e apoiar a nossa causa, eu quero agradecer ao meu tio e ao meu pai, por terem sido pacientes e esperado que eu me sentisse pronto para estar aqui. E agradecer a minha esposa, que sempre acreditou em mim, me apóia incondicionalmente e me ama, mesmo quando até eu me odiaria. – Eu olhei para a Melissa, que estava sorrindo pra mim e me olhando com admiração e respeito. Aquele olhar era o que me garantia que eu era um homem no caminho certo.

Depois dos discursos, nós assinamos os documentos que formalizavam a nossa investidura nos cargos da direção do hospital e à partir daquele momento o Vinícius e eu estávamos no comando daquele barco. Quando nós saímos do palco, eu vi o Bóris a certa distância e queria falar com ele. Então eu puxei a Melissa comigo e fui em sua direção.

- Ah, o homem do ano! – O Bóris me abraçou, nos últimos meses nós havíamos nos aproximado bastante.

- Pensei que você não viesse. – Eu comentei.

- Não perderia o seu momento de glória! – Ele sorriu. – Se não fosse por você e sua família Fernando, aquela farmacêutica teria falido. Mas vocês declararam publicamente o apoio a nós, a nova gestão, e isso fez toda a diferença para conseguirmos colocar as coisas nos trilhos outra vez.

- Quê isso, Bóris, vocês são muito competentes. E mudar o nome para Farmacêutica Vitae também contribuiu, desvincular daquele homem, já que nenhum de vocês usa o sobrenome mesmo. – Eu comentei.

- Todos nós tiramos aquele sobrenome dos nossos registros. – O Bóris confirmou. – Mas e você, Melissa, realmente não quer uma indenização pelo anticoncepcional que se revelou um tratamento de fertilidade muito eficaz?

- Ah, Bóris, ainda se divertindo com a minha sorte? – A Melissa sorriu.

- Ai, príncipe, às vezes você é mais lento que o Martinez. – Ela balançou a cabeça. – Você ainda não percebeu que já está por conta própria há muito tempo? Ou você não se deu conta que o tio Álvaro vem ao hospital só uma vez por semana e às vezes vocês nem se vêem? E isso desde que levamos a Leona pra casa. Há quanto tempo vocês não se reúnem para discutir as questões do hospital? Se eu não estou enganada já tem uns seis meses. Príncipe, é tão natural pra você administrar esse hospital que você nem percebeu que está fazendo isso sozinho já tem tempos.

- Agora que você falou... – Eu pensei por um momento e compreendi o que o meu tio tinha feito. Foi como quando eu aprendi a andar de bicicleta, meu pai tirou as rodinhas e disse que estaria segurando atrás e quando ele soltou eu andei por metros sem perceber que ele tinha soltado.

- Fernando, acredite mais em você, porque você é incrível! Ou você acha que se não fosse eu teria olhado pra você? – Ela me perguntou com aquele jeitinho Melissa de ser e eu comecei a rir.

- Vem cá. – Eu a puxei para mais perto e a beijei. – Eu te amo, Melissa!

- Eu te amo, Fernando! Agora me leva pra casa que hoje eu vou fazer a pose sessenta e três. – Ela me lembrou que as crianças estavam todas na creche que a Catarina improvisou na casa dela com todas as babás.

- Se segura, abelhinha! – Eu pisquei pra ela, coloquei o cinto e liguei o carro. Eu estava cansado, mas eu nunca estava cansado pra ela.

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