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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1176

“Hana”

O Rafael me deu uma noite que seria muito difícil superar, ele sabia o que fazer, onde tocar, como tocar, o que falar. Nisso ele era muito diferente do Frederico, que era bem basiquinho e muito afobado.

Ele também me surpreendeu quando percebeu que eu estava sem calcinha, eu imaginei que se ele descobrisse, no mínimo me daria uma lição de moral, mas não ele simplesmente começou a rir e agiu como se aquilo fosse a coisa mais sexy do mundo. O Frederico teria me arrastado para casa aos solavancos só por causa do vestido. Mas aí era que estava a diferença, o Frederico era meu namorado e o Rafael era só um peguete. Mas e se fosse mais?

De qualquer forma ele me deu uma noite maravilhosa para eu me lembrar e ao final eu até queria ficar mais um pouco com ele, por isso agora eu estava em sua cama, sendo abraçada por ele e pegando no sono sem me preocupar se meus olhos se abririam outra vez ou se ele me mataria enquanto eu dormia. Nossa, quantas vezes eu acordei com o Frederico me batendo, só porque algum amigo dele tinha dito qualquer coisa sobre ele não me merecer.

Foram tantas agressões, pelas maiores banalidades, tantas ameaças, implicâncias. As roupas eram sempre um problema, até que eu passei a me vestir como uma senhora e ele me dizia que eu era horrorosa. Mas o Frederico nunca me disse que eu era bonita mesmo, ele dizia que eu tinha sorte por ele ter se interessado por mim e que se ele me deixasse eu nunca mais teria outro namorado, porque eu era sem graça, feia e sem atrativos. E, pensando bem, o Rafael estava sempre me elogiando, mas talvez fosse apenas porque ele ainda não tinha o status de namorado.

Mas eu estava ali e eu fechei os meus olhos, sentindo o seu calor, seu corpo nu junto ao meu, seus braços me segurando com cuidado, sua respiração tranquila e os beijos que ele dava em minha cabeça vez ou outra. Eu quase podia acreditar que ele nunca me faria mal e eu peguei no sono com essa idéia penetrando em minha mente. E eu dormi. Dormi por não sei quanto tempo até que o toque do meu celular me fez acordar.

Aquele toque específico, que eu tinha colocado para uma só pessoa, me fez acordar aos sobressaltos, ela quase não tinha tempo pra mim e quando tinha esse tempo vinha cheio de cobranças e dramas e foi por isso que eu me afastei dela, porque ela se satisfazia destruindo o meu bem estar emocional e psicológico, mas mesmo com todos os limites que eu impus, ou tente impor, eu a atendia sempre que me ligava. Eu sento os braços do Rafael se afrouxarem em volta de mim e olhei para cima e o vi sorrindo e de olhos abertos.

- Desculpe, eu preciso atender. – Eu tentei me justificar, imaginando que ele fosse me dizer para desligar e ficar irritado por ter sido acordado pelo meu celular.

- Tudo bem, minha flor! – Ele me deu um beijo rápido e saiu da cama, indo em direção ao banheiro.

Eu peguei o celular e o coloquei na orelha, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa, as críticas e as reclamações começaram.

- Hana, onde você está? E não minta pra mim, eu sei que você não está em casa e nem veio trabalhar. Só pode ter se enfiado na cama de outro homem problemático! Será que você não aprendeu nada com o Frederico, Hana? Será que é tão difícil assim se controlar? Sinceramente, eu pensei que depois de tudo o que você passou você aprenderia alguma coisa e se manteria longe de problema, mas parece que você gosta de ser maltratada. – Ela parecia que não calaria a boca nunca.

- Mãe, o que você quer? – Eu perguntei impaciente.

- Nossa, que indelicadeza, Hana! Que falta de carinho com a sua mãe! Você não me liga, não vai me ver, depois fala que não tem tempo, que trabalha demais, estuda demais, mas parece que pra arrumar um homem qualquer você tem muito tempo, não é, Hana?! – Ela conseguia ser dramática e me ofender, tudo junto na mesma frase.

- Mãe, assim não dá pra conversar com você! Quando você se acalmar você me liga. – Eu estava pronta para encerrar aquela ligação, mas claro que não seria tão simples assim.

- É isso, Hana? Vai desligar na minha cara? Vai se recusar a falar com a sua mãe? Eu não mereço isso, Hana, eu dei a vida por você, eu sempre me sacrifiquei por você e você vive como se eu não existisse. – Ela sempre repetia esse mesmo discurso, o drama tinha começado e estava longe de acabar.

- Mãe, eu já conheço essa história, mesmo que eu não faça absolutamente nada, você sempre diz que eu sou uma péssima filha e daqui a pouco começa a dizer que a filha de fulano é melhor que eu, que você queria ser a mãe da siclana porque ela sim tem consideração com a mãe, enfim. Eu já sei disso tudo, então vamos parar por aqui.

Eu ouvi tantas vezes dela todo esse discurso, mas só fui aprender a me proteger dele depois que o Frederico me mandou para o hospital e eu fiz terapia por um bom tempo. Mas ainda era difícil colocar limite e era difícil não me doer pelas coisas que ela dizia.

- Você me deixa doente com o seu comportamento, Hana, eu vou morrer de desgosto e a culpa vai ser toda sua. – Ela fez aquela voz de choro.

Eu já podia imaginar os olhos marejados e os lábios trêmulos naquele rosto indefeso e sensível. Mas a fragilidade aparente dela só existia para que ela conseguisse o que queria e eu aprendi isso a duras penas.

- Tudo bem, mãe. – Eu suspirei, nunca venceria essa batalha. – Do que você precisa?

Eu coloquei o celular de lado e olhei para a cama onde eu dormi com ele e me senti tão confortável e olhar para aquela cama e pensar em tudo o que ele fez comigo até então foi que me impediu de simplesmente vestir a roupa e sair, eu precisava ao menos me despedir.

Eu entrei no banheiro e o observei por um momento debaixo do chuveiro, ele se virou e me pegou olhando, deu um sorriso e esticou a mão em minha direção.

- Vem, minha flor, deixa eu cuidar de você. – Ele me chamou e foi um chamado irresistível, naquele momento eu queria pelo menos fingir que ele também não me quebraria.

Eu entrei no chuveiro com ele e ele realmente cuidou de mim, ele me deu mais um orgasmo, vários beijos e lavou o meu corpo com as mãos mais gentis que eu já tinha conhecido.

- Eu preciso ir. – Eu falei quando saímos do chuveiro.

- É uma pena! – Ele deu um beijo no meu pescoço.

Depois que nos trocamos, ele me levou de volta para o bar, onde estava o meu carro. O trajeto foi feito em silêncio e ele respeitou isso, pelo que eu fiquei grata. Mas antes de que eu entrasse no meu carro ele me puxou para mais um beijo.

- Você volta? Por favor. – Ele pediu e eu só conseguia pensar que eu não podia mais voltar, porque ele me quebraria não apenas fisicamente.

- Hoje eu não posso. – Eu respirei fundo e ele não forçou, mas quando eu me sentei no banco do carro ele segurou a porta e se abaixou para falar comigo.

- Não sei quem te ligou, mas parece que te aborreceu. Se você mudar de idéia e quiser me ver, ou se precisar de mim, para qualquer coisa, me liga e eu te busco em qualquer lugar, a qualquer hora. E se só sentir vontade de vir, eu vou estar aqui no bar essa noite. – Ele passou a mão carinhosamente pelo meu rosto e me beijou outra vez. Estava cada vez mais difícil tentar ficar longe dele.

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