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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1177

“Hana”

Eu cheguei em casa e olhei para o relógio, eu conhecia as regras da minha mãe e sabia que deveria estar na casa dela às sete da noite ou o drama começaria antes mesmo que eu entrasse. E embora já estivesse perto das quatro eu não me preocupei, eu não precisava de muita coisa, apenas de uma das minhas roupas pré aprovadas por ela e o sapato também, isso se não quisesse que ela tivesse um ataque de histeria e o marido dela me pegasse pelos cabelos de novo.

Eu me sentia ridícula naqueles vestidos que pareciam sacos de batatas, não eram nada mais que um quadrado de tecido com mangas, geralmente na cor caqui ou tons dessa cor, combinado com um casaquinho bege e o casaquinho era obrigatório, ainda que estivesse fazendo o maior calor, nos pés uma sapatilha preta e nenhuma maquiagem no rosto. E não que a minha mãe fosse brega, ela não era, mas ela dizia que em hipótese nenhuma eu deveria fazê-la parecer velha ou disputar as atenções com ela, que estava sempre vestida com máxima elegância e refinamento, diga-se se passagem.

Eu tirei aquela coisa do cabide e joguei sobre a cama, olhando com tristeza para aquilo. O Frederico adorava os vestidos que a minha mãe pré aprovava, ele dizia que me deixavam como eu deveria ser, respeitável. Eu me olhei no espelho por um momento, ainda estava usando o vestido acobreado que o Rafael me deu, fiquei pensando se ele gostaria do vestido pré aprovado da minha mãe também.

Mas naquele momento eu não tinha tempo para ficar pensando. Eu havia me comprometido com a Melissa, disse que ligaria para ela, mas eu também não queria falar com ela agora, porque ela perceberia que tinha algo errado, então mandei uma mensagem apenas dizendo que estava tudo bem e que eu ligaria para ela no dia seguinte. Eu joguei o celular sobre a cama me sentindo uma vaca indo para o abate, eu sempre me sentia assim quando era obrigada a comparecer em algum jantar da minha mãe. Bobagem, eu me sentia assim sempre que tinha que me encontrar com ela.

Eu tirei o vestido acobreado e fui para o banheiro, me enfiei embaixo do chuveiro morno, torcendo para que a água lavasse todo aquela angústia que eu estava sentindo desde que a minha mãe ligou e querendo aliviar a tensão dos meus músculos. Depois de um bom tempo eu saí de lá e me arrumei, às seis eu estava prontinha e a trancando a porta do meu apartamento.

Quando eu cheguei à casa da minha mãe ainda não eram sete horas da noite, mas ela já estava pronta e gritando ordens para todos, quando me viu, nos moldes que ela gostava, eu pensei que ela ia abrir o sorriso satisfeito de sempre, mas ela me olhou com horror.

- O que você fez no seu cabelo? – Ela pegou a ponta da minha franja com desgosto.

- Oi, mãe. – Eu mordi a língua pra não responder que tinha tirado o cabelo pra lavar, mas ela não estava interessada em me receber com afeto, ela estava interessada em saber o que eu tinha feito com o meu cabelo.

- Eu não acredito que você cortou o cabelo sem falar comigo! Hana! Mulher de cabelo curto é horrível! Ficou horroroso! Você sempre faz tudo errado. – Ela me criticou como se a roupa que ela escolhia pra mim me deixasse linda. – Olha isso, não dá pra fazer o coque de sempre!

- É mais prático que o coque de sempre, mãe! – Eu me limitei a responder.

- Mas você não podia ter cortado, mas você nunca me ouve, só faz o que quer. – Ela reclamou. – Você só faz essas coisas para me ferir, só para me magoar. – Ela fungou e eu olhei pra ela sem acreditar que ela pensasse que eu cortei o cabelo só para magoá-la.

- Outra vez, Hana, tirando a paz da sua mãe? – O Gregório, marido da minha mãe, apareceu e eu entendi a ceninha de choro dela.

- Feliz aniversário, Gregório. – Eu tentei cumprimentá-lo, mas como sempre ele se recusou a me cumprimentar.

- Guarde as suas palavras falsas. Eu só te recebo aqui por causa da sua mãe, você deveria ter mais respeito por ela. – Ele falou como se eu vivesse dentro daquela casa. Eu respirei fundo e decidi não responder.

- Eu vou ligar para a minha cabeleireira, talvez ela tenha uma peruca. – A minha mãe pegou o telefone e começou a ligar.

- Eu não vou usar uma peruca, mãe. – Eu avisei, porque isso já era demais.

- Não seja malcriada! Você vai usar o que eu quiser que você use, eu sou a sua mãe. – Ela me encarou.

- Mãe eu não vou colocar uma peruca. – Eu insisti, mas mantive a calma.

- Você não me ama, Hana? Você não ama a sua própria mãe? Porque se você me amasse, você usaria essa peruca. – Ela isistiu.

- Pare de infernizar a sua mãe, Hana, você vai usar essa peruca e pronto, nem que eu tenha que colar na sua cabeça. – O Gregório se meteu mais uma vez.

CASAL 7 - Capítulo 12: A qualquer hora 1

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