“Raíssa”
Eu tinha gostado tanto da Hana, ela foi tão simpática e gentil e lidou tão bem com a minha filha, tanto que eu fiquei até impressionada! Mas ela também tinha uma história triste, tinha muito o que ensinar e eu sentia que ela poderia ser uma ótima influência para a Giovana. Aí ela se dispôs a me ajudar, o que me fez gostar dela ainda mais, porque outra teria simplesmente ignorado a situação ou estaria incomodada com a minha presença, o que eu poderia entender, mas a Hana fez diferente e me acolheu, entendeu o momento difícil que eu estava enfrentando e escolheu me estender a mão.
E, com o apoio do Rafael e a Hana me estendendo a mão, eu senti que trazer a Giovana de volta foi o melhor que eu fiz, porque aqui a minha filha teria a mim e ao pai e ainda teria a Hana, que parecia muito disposta a apoiar o Rafa e ajudar a colocar a Giovana de volta no caminho certo. Eu me sentia tão culpada pelo que estava acontecendo!
Se eu não tivesse aceitado aquele emprego no Japão, talvez a minha filha não me odiasse, mas naquela época a proposta foi tão boa e o Rafael ainda não tinha o bar, a vida era muito diferente e eu vislumbrei a possibilidade de poder garantir o futuro da minha filha. E foi muito bom e eu tinha feito uma boa poupança para ela, já que o Rafael nunca pedia nada e todo o dinheiro que eu mandava ele depositava em uma conta para ela também.
Mas agora o dinheiro não tinha utilidade para me aproximar da Giovana. E reconquistar a minha filha e tirá-la desse inferno que ela estava enfrentando seria difícil e doloroso. Mas a Hana cumpriu o que prometeu e ia me apresentar a amiga dela, dona do apartamento. Era o primeiro passo, me estabelecer aqui outra vez.
- Rafa, a Hana ligou e marcou um almoço com a Melissa, a dona do apartamento. Você tem algum plano? – Eu perguntei e ele riu.
- Rai, meu plano é ficar por aqui e almoçar com a Gi. Você e a Rub se arrumem e vão almoçar com as garotas. Vocês vão gostar, a Melissa é uma boa pessoa e ela tem um grupo de amigas que são ótimas. Vai ser bom pra você. – O Rafael estava sentado à mesa com um monte de papéis e o computador.
- Eu poderia levar a Gi... – Eu comentei e ele largou os papéis e me encarou.
- Não poderia, ela está de castigo, não amoleça ou ela nunca vai entender que tudo tem consequências e ela precisa lidar com as consequências do que fez e está fazendo! – Ele tinha razão, ser permissiva agora também não ajudaria.
- É, você está certo. Bom, então, eu vou me arrumar. – Eu olhei de um lado para o outro. Eu estava me sentindo estranha por sair e deixar a minha filha tão magoada comigo.
- Rai, vai! Vocês podem levar o meu carro. – O Rafael falou com a autoridade de um pai e eu me coloquei em movimento imediatamente.
- Não, obrigado! Tem muito tempo que a Rub e eu não dirigimos por aqui, é melhor irmos de taxi! – Eu agradeci a gentileza, o Rafael sempre foi assim, sempre disposto a ajudar.
O restaurante que a Hana marcou era bem bonito, movimentado e a comida parecia ótima. Ela havia feito reserva de uma mesa grande o que me chamou a atenção, mas quando eu vi o grupo com o qual ela chegou, eu entendi o motivo da mesa com tantos lugares. Ela se aproximou sorridente.
- Oi, meninas! – A Hana abriu um sorriso muito espontâneo e fez as apresentações.
A Hana apresentou as amigas Melissa e Adèle, os seguranças da Melissa que eram um casal que parecia saído de uma revista de moda, o Rubens que estava claramente babando pela minha irmã e por fim o Bóris, um homem charmoso, vestindo um terno elegante, sem gravata.
O Bóris era alto e tinha o cabelo bem curto e a barba bem aparada que dava um charme ele, como se reforçasse a sua masculinidade evidente. A primeira vista ele era muito sério, mas quando apertou a minha mão abriu um sorriso tão bonito, que pareceu deixá-lo ainda mais impressionante.
- Bóris, a Raíssa, acabou de chegar do exterior e ela é relações públicas, trabalhava numa empresa japonesa e tem anos de experiência. Tenho certeza de que é quem você precisa! – A Melissa já estava oferecendo o meu currículo e eu percebi que o Bóris estava ali porque a Hana realmente cumpria a sua palavra e a Melissa estava me ajudando a encontrar um emprego sem nunca ter me visto na vida.
- Está contratada! – O Bóris me olhava enquanto ela falava e eu ri da piada dele. – Quando você pode começar, Raíssa? Quer dizer, se você aceitar a vaga. Quanto às condições, são negociáveis, mas eu preciso muito, muito mesmo de uma relações públicas.
- Você está falando sério? Você nem me entrevistou! – Eu o encarei. – Por favor, não me leve a mal, eu preciso do trabalho e aceito, mas...
- Raíssa, a Melissa disse que você é a pessoa certa pra mim. Pronto! A Melissa não erra. – Ele pronunciou aquela frase que poderia soar de muitas maneiras, mas obviamente ele falava do trabalho.
- Vamos nos sentar? Eu estou grávida, não se esqueçam! – A Melissa sugeriu com um toque de humor, arrancando sorrisos de todos e nós nos sentamos. – Ferozes, sentem-se, você também Rubens, não tem nenhuma ameaça aqui dentro do restaurante.
- Mel, eu estou traba...
- Não seja fresco, brutamontes, senta aí com a lorão e vamos almoçar sem pensar que tem lunáticos lá fora. – A Hana falou com o Rubens num tom divertido.
- Fofinho, pensei que você estava ansioso para me ver. – A Rúbia fez um beicinho para o Rubens e se pendurou no pescoço dele. Minha irmã era direta e não perdia tempo, dizia que a vida só se vive uma vez.
- Ô, lorão e você não sabe o quanto! – O Rubens deu um beijo rápido na Rúbia e eles se sentaram.
- Raíssa, como está a Giovana? – A Melissa perguntou e eu suspirei de tristeza.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......