“Rafael”
Depois que o Anderson fez a Giovana parar com a birra, nós almoçamos em silêncio. Vez ou outra a Giovana olhava pra mim ou para o Anderson, meio disfarçadamente. Eu queria pegar a minha filha no colo e embalá-la como um bebê, mas eu queria que ela quisesse o meu carinho de pai.
Quando ela começou a comer, com o nítido prazer de reconhecer o seu lar, o que era afetivo para ela, eu me emocionei e eu queria dar um beijo na testa do Anderson por ter feito o que fez. Aquele rapaz estava sendo maduro e paciente demais e estava começando a influenciar a Giovana positivamente, ele seria um bom amigo para ela.
- Muito bem, todo mundo limpou o prato, então agora tem sobremesa! – Eu falei depois do almoço e antes que a Giovana abrisse a boca para dizer que não queria eu continuei. – Petit gateau com sorvete de creme!
- Ah, chefe! Assim eu vou acabar te pedindo em casamento, mesmo você não sendo o meu tipo, mas pelo tanto que você cozinha bem! – O Anderson brincou e olhou para a Giovana. – Eu adoro petit gateau e sorvete de creme, criança! E você?
- É a minha sobremesa favorita! – A Giovana olhou para ele timidamente e eu sorri com a delicadeza com que ela respondeu.
- Anderson, eu fico lisonjeado, mas você também não é o meu tipo! – Eu brinquei e eles riram. – Vou buscar a sobremesa.
Eu fui até a cozinha, peguei os bolinhos no forno, coloquei nos pratos e levei para a mesa com o pote de sorvete e as caldas.
- Ah, chefe! Eu poderia te dar um abraço agora! Ainda por cima tem calda de morango! – O Anderson falou e a Giovana riu, era a calda que ela também usava na sobremesa, contrariando qualquer um que dizia que tinha que ser calda de chocolate.
- Meu deus, acho que arrumei outro filho! – Eu brinquei e ele me olhou com um sorriso afetuoso.
- Chefe, eu teria muito orgulho de ser seu filho! – Ele respondeu e ali não teve nenhuma indireta para a Giovana, a sinceridade na voz do Anderson era absoluta e inquestionável.
- Garoto, eu também teria orgulho de ser seu pai. E sei que seu pai se orgulharia muito de você! – Eu garanti a ele e ele me olhou agradecido.
- De mim você não tem orgulho, não é, pai? – A Giovana perguntou e fungou.
- Minha filha linda, eu sempre me orgulhei de você, eu conheço a sua capacidade de ser um ser humano maravilhoso e gentil, mesmo que agora você esteja confusa, eu me orgulho de você. E eu te amo, Gi, com o maior amor do mundo. Quando eu peguei você no colo pela primeira vez, foi como se a minha vida finalmente fizesse sentido, porque eu nasci para ser o seu pai e sem você eu seria incompleto! – Eu declarei o meu amor de pai a ela e seus olhos marejaram.
- Eu te amo, pai! – Ela pulou no meu pescoço e eu a abracei apertado.
O Anderson pegou o prato e estava se levantando, eu sabia que ele queria nos dar privacidade, mas eu o impedi. Aquele abraço aconteceu graças a ele.
- Senta, garoto! Você é parte disso, parte dessa família agora! – Eu falei e a Giovana riu no meu pescoço.
- Bem feito! Fica me chamando de criança, agora virou o garoto do papai! – Ela riu e todos nós gargalhamos ao redor da mesa. A Giovana finalmente me deu um beijo no rosto e se sentou.
- Vem cá, garoto do papai! – Eu puxei o Anderson para um abraço e falei baixo para ele: - Obrigado!
Quando ele se sentou, ele estava nitidamente emocionado e a Giovana viu isso. E depois da sobremesa ela se virou para mim.
- Eu não quero brigar, pai, mas você me ensinou a lutar pelo que eu quero. – Ela argumentou.
- Obrigado, Mel! – Eu sabia que a Melissa já tinha atendido aos pedidos da Hana e estava feliz pela Raíssa.
- Rafa, sei que a nossa aborrescente favorita está de castigo, mas a mãe dela falou que eu poderia visitá-la. Posso? – Ela pediu e era impossível dizer não para a Melissa.
- Você pode tudo, querida! Vem, ela está no quarto. – Eu falei e ela riu.
- E ela está quietinha lá assim, numa boa? – A Melissa riu.
- Ela tem um segurança na porta, Meli! – Eu contei. – O Anderson, lembra dele?
- Ah, o jovem responsável! Lembro! Um bom rapaz. – Ela se lembrou e me seguiu pelo corredor. – Gi, você vai receber uma visita, porque ela é muito especial. – Eu anunciei para a minha filha que estava sentada na cama folheando um livro.
Ela ergueu a cabeça e deu um pulo da cama com um grande sorriso quando viu a Melissa.
- Mel! Você veio! – Ela e a Melissa se abraçaram.
- Claro que eu vim ver a minha aluninha! Vim saber que loucura é essa na sua cabecinha, Gi! – A Melissa falou toda carinhosa.
- Anderson, vamos tomar um café. – Eu chamei, mas antes que eu me afastasse o que a Giovana falou me fez congelar.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......