Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 123

“Junqueira”

A caminho do escritório fiquei pensando naquele almoço ridículo de ontem. Eu queria matar aquele cretino do Alessandro. As coisas que ele tem falado e feito pra mim e minha filha, isso só aumenta o meu ódio por esse moleque mimado. Mas não vai ser possível me livrar dele, preciso que se case com minha filha e que ela garanta um herdeirinho com seu sobrenome. O sobrenome Mellendez abre muitas portas e garantirá que tudo que aquele paspalho tem seja da minha filha e do meu neto, por conseqüência, meu.

O pior é que ele conseguiu adiar esse casamento em três meses. Adiar o casamento só adia os meus planos, mas a minha filha tinha que fazer birra por uma m*****a festa. Contudo, no final, melhor mesmo que esse casamento seja grande e pomposo, que esteja em todos os jornais, como a Carolzinha quer, assim não haverá dúvida de que minha filha será a esposa e mãe de um legítimo Mellendez.

Mas ainda falta uma coisa, eu quero aquela casa, a casa dos pais dele. Uma propriedade belíssima! Depois que os pais morreram ele fechou a casa e se mudou para aquela coberturazinha. E agora quer enfiar a minha filha em um apartamentinho chechelento também. Mas minha Carolzinha é esperta, ela me garantiu que vai resolver isso.

Eu estava chegando para mais um dia de trabalho na minha futura empresa. Meus planos não demorarão muito a ser concretizados. Aquele imbecil se acha muito esperto, mas nem conseguiu descobrir quem armou para aquela sem sal da Catarina, mesmo ele tendo descoberto que ela não o traiu e trazido ela de volta, ele não faz idéia do que acontece debaixo do nariz dele.

Mas tem uma coisa me incomodando, a reforma no meu andar não acaba nunca. Já tem um mês que começaram e nada de terminar. Estar dividindo o andar com o marketing desacelerou meus negócios, tenho que tomar muito mais cuidado agora, tem muita gente de fora do meu setor e que eu nem conheço. Além do mais o Alessandro veio com novas diretrizes por causa de um novo sistema que vão implantar e o Gutemberg achou melhor parar com as transações por um tempo, bem ele é o diretor da contabilidade, então sabe o que faz. Além de ser meu amigo e eu confiar nele.

Hoje eu vou pressionar o Alessandro para liberar o meu andar. E para suspender a proibição de horas extras. Desde que ele proibiu a entrada no prédio à noite e aos finais de semana tem sido mais difícil trocar os documentos pelas fraudes.

Pensando, bem, foram muitas mudanças estranhas no último mês, talvez ele esteja suspeitando, mas se fosse assim, já teria me demitido, ele não me suporta. Vou pressioná-lo para voltarmos ao ritmo antigo. O ruim é que sem a Celeste eu fiquei sem informações do que acontece na presidência. Aquela incompetente também, tinha que agredir aquela monstrenga da novata? É claro que isso ele não deixaria passar. Agora essa estúpida da Celeste não tinha mais utilidade nenhuma pra mim, só servia para umas bobagens que minha filha queria, nada mais. Mas fica me ligando o tempo todo, uma chata.

Estacionei o carro e saí do estacionamento indo em direção ao prédio do Grupo Mellendez, isso estava me aborrecendo também. Desde que perdi a minha vaga no estacionamento da empresa eu tive que passar a alugar uma vaga no estacionamento que tem a um quarteirão. Um incômodo isso e um absurdo.

Eu estava quase na entrada quando percebi que aquela estúpida estava me esperando. Eu vinha a manobrando e enrolando desde que foi demitida, mas hoje ela apareceu aqui. A Celeste é burra demais mesmo. Se formos vistos juntos isso vai estragar meus planos.

- Junqueira, nem pensar em fingir que não me viu. Anda! Quero falar com você.

- Celeste, aqui não é o lugar.

- Não estou nem aí! Quero falar com você agora! Vamos na cafeteriazinha ali do outro lado da rua. A essa hora ninguém vai lá. Anda.

- Está bem. – Suspirei irritado e atravessei a rua.

Entramos na cafeteria e pedimos dois expressos. Um lugarzinho pitoresco. Sempre viemos aqui para resolver emergências. É bem discreto. Geralmente a dona fica sozinha e está sempre de olho naquelas palavras cruzadas, às vezes está tão distraída que nem percebe quando chamamos.

- Então, Celeste, seja rápida, não podemos ser vistos juntos agora que você não trabalha mais lá.

- Vê lá como me trata, Junqueira. Eu sei muita coisa. Posso acabar com você e sua filhinha!

- Não me ameace, Celeste.

-Então não me abandone, Junqueira! E se alguém nos vir é só falar que eu vim implorar pra você me ajudar a conseguir meu emprego de volta e que você se sensibilizou.

- Está bem. O que você quer?

- Ora, o que eu quero, Junqueira? Dinheiro, é claro. E meu emprego de volta. E saber por que você está me evitando. Tem muito tempo que a gente não se encontra, eu estou com saudades, tigrão! – Falou com a voz melosa tentando ser sensual. Ai, essa mulher é deprimente!

- Celeste, as coisas ficaram bem difíceis com sua saída da presidência. Não sei mais o que aquele idiota anda fazendo. Então você tem que ter calma.

- Junqueira, eu não tenho calma. Se vira, faz alguma coisa por mim ou eu vou começar a falar. Acho bom você não se esquecer que fui eu quem colocou aquele falso garçom na festa pra servir a bebida batizada pro Alessandro, e é só por isso que sua filhinha conseguiu fazê-lo pensar que dormiu com ela, mas a gente sabe que não dormiu, né, o que eu dei pra ele o fez desmaiar. – Celeste tinha um sorrisinho malicioso no rosto. – Além do mais, sua filhinha nem está grávida ainda e foi só graças a mim que aquela idiota conseguiu forjar o exame no laboratório de confiança do Alessandro. Mas eu tive que dar um bom dinheiro para o enfermeiro que me ajudou com isso lá dentro e você ainda não me pagou isso.

- Está bem, Celeste. – Suspirei tentando pensar, essa mulher se tornou uma pedra no meu sapato. – Faz o seguinte, me encontra no apartamento na hora do almoço, vou te fazer um agradinho.

- Ótimo! Estou indo pra lá.

Celeste se levantou e saiu. Que mulher dos infernos, Eu preciso mantê-la calada até concretizar o meu plano. Ou fazê-la desaparecer. Mas ela ainda pode ser útil, ela tem muitos contatos nos lugares onde o Alessandro freqüenta. Lá no Clube Social mesmo, a recepcionista sempre informa quando o paspalho está lá, isso facilita a vida da Carolzinha.

Terminei meu café e fui para o escritório. A dona da cafeteria nem me viu sair, estava vidrada naquelas palavras cruzadas. Acho que se um ladrão entrar, esvazia a loja e ela nem vai perceber.

Olho para aquele monte de gente que nem sei quem é pra lá e pra cá no andar. Esse pessoal do marketing faz barulho demais, são bem humorados demais, nem parece que trabalham. Entro na minha sala que é um cubículo e isso me deixa muito mal humorado, isso aqui está sendo um inferno.

Meu telefone vibra e olho a mensagem que chegou:

Capítulo 123: Cada coisa em seu lugar 1

Capítulo 123: Cada coisa em seu lugar 2

Capítulo 123: Cada coisa em seu lugar 3

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