“Alessandro”
No dia seguinte, eu mal sentei em minha mesa para começar o dia e meu telefone tocou, atendi e ouvi a Samantha do outro lado:
- O demônio quer falar com você.
Eu já sabia quem era, não tinha jeito, tinha que atender. Samantha passou a ligação e escutei a voz queixosa do Junqueira querendo me dar lição de moral.
- Como você ousa, rapazinho, tratar a minha filha desse jeito? Ela chegou em casa passando mal, nervosa e deprimida, porque você a maltratou na frente de todo mundo. Alessandro, vocês vão se casar, tem que dar a minha filha o lugar que é dela.
- Qual lugar, Junqueira? O de puta que aproveita que o cara está bêbado pra engravidar e chantageá-lo? Porque esse é o exato lugar dela. – Falei já fervendo de raiva.
- Não fala assim da minha filha! – Junqueira gritou.
- Está se esquecendo que eu sou o seu chefe?
- Alessandro, você tem que conversar com minha filha, vocês vão se casar e tem que resolver muitos detalhes. Então acho bom você aparecer para jantar na minha casa hoje.
- De jeito nenhum. Querem conversar comigo, então nos encontramos no horário do almoço no Savanah. – Determinei. – Ao meio dia, e resolveremos tudo.
Liguei para o Patrício e pedi que me acompanhasse, o que ele aceitou de pronto. Ao meio dia entramos no Savanah e o Junqueira já estava sentado lá como se fosse um rei.
- O que esse rapaz está fazendo aqui? – Junqueira olhou para o Patrício com desdém.
- você chamou a sua família, eu chamei a minha. – Falei com um sorriso irônico. – Se começar a ser desagradável com o Patrício nem terá almoço.
Junqueira bufou, mas se resignou. O garçom se aproximou trazendo uma garrafa do mais caro champanhe e aquilo acendeu o fogo da ira em mim, eu não tinha nada para comemorar ali.
- Pode levar de volta, nós não vamos brindar a nada. – Falei para o Graçom.
- De jeito nenhum, nós vamos comemorar o seu casamento com a minha filha.
- Nem fodendo! – Olhei novamente para o graçom: - Pode levar, não vamos beber.
O garçom se virou e levou com ele o champanhe. Tão logo senti aquela cobra começando a se enrolar no meu pescoço de novo e bradei:
- Me solta.
Ana Carolina recuou e me soltou. Ela estava acompanhada da mãe, ambas usavam vestidos combinando, aquilo era um horror. Eu queria morrer!
- Sentem-se! E se estiverem pensando em ofender o Patrício esse circo de casamento acaba aqui. – Falei vendo as caras das duas e já prevendo o que queriam dizer. – Então, o que vocês querem agora?
- Gatinho, vamos almoçar e depois conversamos. – Ana Carolina falou.
- Ana Carolina, eu não quero te aturar, mas estou sendo obrigado, então desembucha. – Eu queria matá-la.
- Gatinho, estou organizando nossa festa...
- E quais são os seus termos? – Junqueira perguntou.
- Vamos nos casar daqui a três meses. Mando a cerimonialista da empresa ajudar na organização desse circo. – Falei.
- Não, daqui a três meses a barriga da Carolzinha vai estar aparecendo. – A mãe dos infernos queixou.
- Como se ela quisesse fazer segredo, né?! – Falei com ironia. – É isso ou não tem festa.
- Eu aceito! – Ana Carolina respondeu mais rápido do que seu pai pôde protestar.
- Ótimo! Sendo assim, esse almoço está encerrado. Vou mandar a cerimonialista entrar em contato com vocês. Vamos Patrício? – Já fui me levantando.
- Calminha aí, Alessandro. Ainda temos muito o que conversar. – Junqueira tentava se impor.
- Não vejo o quê. – Falei com calma.
- O lugar onde vão morar, a lua de mel, seu comportamento com minha filha... – Junqueira afirmou.
- Meu comportamento não vai mudar, não terá lua de mel e o lugar onde vamos morar já está comprado e teremos tempo para visitá-lo. Tudo resolvido! Com licença.
Patrício e eu saímos dali mais que depressa, fomos para o escritório e pedimos um lanche que comemos na cozinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......