“Rafael”
Eu cheguei com a Hana no hospital e o Rubens e a Rúbia estavam lá nos esperando. Eu não sabia qual dos dois tinha o sorriso maior. Eu dei uma olhadinha para a Hana que estava com um sorriso tão grande quanto eles e os olhos brilhantes, então eu me dei conta de que eu também tinha o mesmo sorriso, era o sorriso de quem estava apaixonado.
- Você por aqui, Rúbia? – Eu brinquei e ela riu.
- Pois é, Rafa, eu quis aproveitar o meu fofinho até o último minuto. – A Rúbia encostou a cabeça no peito do Rubens que deu um beijo na cabeça dela. – Você me dá uma carona pra casa?
- Claro que sim! Mas eu preciso fazer uma coisa antes, você se incomoda de me esperar? – Eu precisava falar com o tio da Hana primeiro e informar ao Rubens o que estava acontecendo.
- O que você vai fazer antes, psicogato? – A Hana me olhou, mas ela sabia o que eu faria. – Rafa, não, não leva esse problema para o meu tio.
- Minha flor, eu vou falar com ele! Pensa, não foi bom que o Rubens tenha te contado o que a Giovana pretendia antes de falar comigo? – Eu tentei convencê-la, porque eu também não queria parecer um tirano que não considerava os sentimentos dela.
- Foi, porque eu me preparei! – Ela concordou.
- Então, eu vou falar com o seu tio para me preparar para quando eu tiver que enfrentar a sua mãe! – Eu expliquei e ela me olhou desconfiada, mas pensando sobre o que eu estava dizendo.
- O que aconteceu, chefe? – O Rubens, que não era bobo, já estava captando que tinha algo errado.
- Eu também vou falar com você, precisamos estar atentos a mais um problema. – Eu adiantei.
- E eu que achei que o dia hoje seria só de boas notícias. Eu estava pronto para te contar que a Giovana começou a amolecer. Acho que a pequena aí conseguiu alguma coisa ontem. – O Rubens falou e eu senti o meu coração aliviar um pouco.
- Ah, é?! Me conta isso! – Eu pedi.
Enquanto entramos no hospital o Rubens me contou sobre a conversa dele na noite anterior com a Giovana e me deu uma grande esperança de que as coisas fossem começar a se resolver com a minha filha.
Depois eu expliquei ao Rubens sobre o que tinha acontecido no prédio da Hana e pedi a ele que nunca a deixasse lá sozinha e que sempre a levasse ao meu apartamento, seria lá que eu estaria esperando por ela todos os dias, se eu não fosse buscá-la no hospital. Aproveitei para pedir a ele para ver se tinha alguma idéia para melhorar a segurança do apartamento dela, eu faria o que fosse preciso para mantê-la segura.
- Bem, Rubens, é isso! Agora eu vou falar com o Dr. Yusei. Você me espera aqui, Rub? – Eu olhei para a minha amiga.
- Com certeza ela te espera aqui, até porque ela tem coisas a me contar. – A Hana respondeu para Rúbia que deu uma risadinha concordando.
- É a hora dos detalhes sórdidos, Rubens! Eu espero que você tenha se saído bem, porque elas vão contar tudo uma para a outra. – Eu brinquei e o Rubens riu.
- Chefe, olha pra mim, eu sou um dez garantido! – O Rubens brincou. – Mas e você, fez o dever de casa direitinho?
- Rubens, olha pra mim, eu sei usar o ferramental! – Eu dei uma piscadinha para a Hana que deu um suspiro alto fazendo todos rirem. – Vem comigo até o elevador, quero te falar mais uma coisa.
- Ih, Hana, hora dos detalhes sórdidos! – A Rúbia brincou.
- Obrigado, Rafa! E pode ficar tranquilo, eu estou de olho na pequena. – Ele me garantiu e eu entrei no elevador, era hora de falar com o tio da Hana.
Eu entrei no consultório do Dr. Yusei Saito, um lugar calmo, uma ampla recepção decorada com tons sóbrios de bege, poltronas confortáveis, vasos de plantas elegantes, uma música ambiente relaxante e cheiro de lavanda. Era um lugar que inspirava calma e relaxamento.
Eu me direcionei à secretária, uma senhora com óculos de aros dourados e aparência muito tranquila, combinava com o ambiente como se fosse parte da decoração. Eu me identifiquei e ela pediu que eu aguardasse, pois ele estava em um consulta. Eu me sentei e foi inevitável fechar os olhos e absorver toda aquela calma do ambiente. Talvez eu devesse trazer a Giovana para passar um tempo sentada nessa recepção, ela com certeza se acalmaria. E eu fiquei um tempo ali, com os olhos fechados, quase meditando.
- Rafael! – A voz serena do Dr. Yusei me tirou da minha meditação e eu o encarei com um sorriso, um pouco desconcertado por ter ficado tão à vontade ali.
- Me desculpe, Dr. Yusei, mas sua recepção é relaxante! – Eu confessei ficando de pé e apertando a mão do tio da Hana. Ele deu um sorriso satisfeito.
- Mas a idéia é essa, reduzir o estresse, a frequência cardíaca e a pressão arterial dos meus pacientes! – Ele se mostrou orgulhoso do seu local de trabalho.
- Olha, eu estou até considerando trazer a minha filha adolescente para passar umas horinhas aqui. – Eu sorri e ele me acompanhou.
- Ah, os adolescentes! Eu tenho três e uma esposa que às vezes se parece uma adolescente também. Eles me deixam louco! – Ele deu uma risadinha. – Vem, vamos ao consultório. Precisamos marcar um almoço em minha casa, minha esposa quer te conhecer.
- Será um prazer, doutor. – Eu respondi enquanto o acompanhava.
- Ah, não, apenas Yusei. Somos família, não é?! – Ele sorriu e o seu sorriso era como tudo ali, calmo e tranquilo. Eu temia que fosse tirar a paz daquele homem tão centrado.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......