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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1235

“Rafael”

O consultório do Dr. Yusei era como uma continuidade da recepção, tão calmo e relaxante quanto. Ele me convidou a me sentar na pequena sala que tinha em frente a sua mesa de trabalho e se sentou ao meu lado.

- Rafael, se você está aqui é porque temos problemas. – Ele me encarou e eu fiz que sim.

- Infelizmente, Yusei. – Eu respondi e lamentei não ter tido a cortesia de visitá-lo antes dos problemas.

- Eu deveria ter te ligado, depois do ataque que a Hana sofreu. Obrigado por cuidar dela. Eu tenho estado com ela e tenho observado uma mudança muito positiva na minha sobrinha. – Ele sorriu gentilmente.

- Nós estamos indo bem! Ela finalmente oficializou que somos um casal. – Eu sorri satisfeito.

- Ah, que excelente notícia! – Ele parecia genuinamente feliz.

- Yusei, por enquanto parece que o Frederico vai deixá-la em paz, mas parece que a mãe dela não tem a mesma disposição. – Eu contei e vi o semblante do médico se mudar para preocupado.

- Essa mulher não se cansa de fazer mal a própria filha! – Ele lamentou. – O que ela fez agora.

- Ontem a noite ela esteve no prédio da Hana. A Hana esteve no meu apartamento no início da noite e elas não se encontraram. Mas a Hana tem um vizinho que resolveu se meter e deixar a mãe dela entrar no prédio. – Eu expliquei.

- O vizinho de baixo. Não gosto daquele rapaz. Já encontrei com ele por lá algumas vezes e não gosto do jeito que ele olha a Hana. Nem da forma como ele tenta obter informações ou se aproximar. – O médico revelou e eu achei bom que ele estivesse atento também.

- Exatamente! Ele acha que fui eu quem agrediu a Hana e disse que vai me separar dela. Mas o que me preocupa mesmo é que ele declarou que vai ajudar a mãe da Hana, que permitirá a entrada dela no prédio sempre que ela quiser e que a apoiará. – Eu contei e vi a preocupação no rosto do médico.

- Eu preciso tirar a Hana de lá. – Ele falou.

- Não se preocupe. Eu deixei um segurança por conta dela e ele só sai de perto dela quando eu estou. – Eu falei.

- Eu vi isso. Gostei daquele segurança, ele está cuidando bem da minha menina. – Ele sorriu para mim. – Mas eu não acho que seja suficiente, a Suzy é ardilosa como uma serpente!

- Yusei, eu vou levar a Hana para morar comigo, mas a minha filha está passando por uma fase rebelde e a Hana acha melhor esperar que a Giovana se adapte mais ao nosso relacionamento antes de ir morar na minha casa. Mas até lá, eu estou dormindo na casa da Hana.

- A coisa entre vocês dois é muito séria, não é?! – Ele examinou o meu rosto.

- Eu a amo, muito mesmo! Não estou disposto a deixar ninguém mais magoá-la. – Eu declarei.

- Ótimo! Então faça isso, tire-a daquele prédio o quanto antes, porque a Hana não aceita nem que eu mande instalar uma trava de segurança naquela porta! - Ele me apoiou e isso era significativo para mim.

- É, eu também já tentei. – Eu refleti. – Mas eu preciso saber, Yusei, com o que eu estou lidando. A Hana me contou sobre o seu confronto com a mãe dela aqui no hospital da última vez que ela veio.

- Minha sobrinha prestou atenção às palavras. – Ele deu um sorriso, mas me pareceu lamentar por aquilo.

- É complicado, Rafael. – Ele respirou fundo e pensou por um momento.

- Não, ela não sabe. – Ele concordou. – Quando eu descobri o que realmente aconteceu já era tarde para fazer qualquer coisa. A Hana estava fragilizada demais para que eu contasse a ela a verdade, ela adorava o pai e seria uma dor profunda, eu não quero causar isso a ela.

- Então não me conte, porque eu não posso mentir para ela, prefiro ignorar os pormenores. Mas eu não vou permitir que essa mulher se aproxime. – Eu tinha mais certeza do que nunca, aquela mulher nunca mais chegaria perto da Hana.

- Rafael, fique atento, aquela mulher é mãe dela, mesmo não agindo como, mas ela é a única herdeira da Hana, entende? Você consegue perceber o risco? Se a Hana deixa de existir, os problemas da Suzy acabam. – O Yusei me alertou e me deixou ainda mais preocupado.

- Entendi! Yusei, o segurança vai ficar grudado na Hana, felizmente os dois se dão muito bem. E eu vou manter a Suzy bem longe. – Eu afirmei.

- Se ela insistir, ameace! Diga que conta com o meu apoio e com uma ligação sua para mim ela estará acabada. Ela recua quando é ameaçada. Agora, quanto ao vizinho, não sei o que fazer. – O tio me encarou preocupado.

- Ah, mas eu sei! A Hana só estará naquele prédio comigo ou o segurança. Vou te passar meu endereço, você já tem o número do meu telefone e sabe onde fica o meu bar. Eu vou pedir ao delegado Flávio Moreno para checar esse vizinho. – Eu avisei.

- Ótimo! Obrigado por ter me alertado, Rafael, eu sei que se dependesse da Hana eu não saberia de nada, ela insiste nessa bobagem de que já me deu trabalho demais. – Ele sorriu.

- Você conhece a sua sobrinha bem! – Eu sorri para ele. – Mas agora eu vou te deixar trabalhar. Yusei, obrigado por me receber.

- Eu que agradeço, Rafael. Precisamos marcar um almoço, hein?! – Ele sorriu e me acompanhou até a porta do consultório.

Eu voltei para o andar onde a Hana trabalhava mais preocupado do que estava antes de falar com o tio dela. Chamei o Rubens no canto, enquanto ela estava distraída com a Rúbia e expliquei a situação. Depois eu me despedi da Hana e saí do hospital com a Rúbia, eu a levaria para casa e ainda tinha que ir fazer a matrícula da Giovana na escola e falar com o delegado.

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