“Hana”
Nós passamos por um Rafael meio pasmo olhando para a Giovana e para mim como se nós fôssemos duas adolescentes com as quais ele não sabia lidar. Eu passei o meu braço pelo da Giovana e deixamos o Rafael e o Anderson com caras de bobos nos olhando.
- É, chefe, sua vida ficou bem complicada ultimamente! – O Anderson comentou com um tom divertido.
O almoço foi tranquilo, com conversas aleatórias e muitos elogios ao cozinheiro. Mas na hora da sobremesa, o próprio Rafael me deu a deixa que eu precisava.
- Gi, fiz a sua matricula. Se organiza para voltar às aulas amanhã de manhã. Você vai fazer umas provas para avaliar como está o seu conhecimento, mas a diretora vai te explicar tudo amanhã. Você vai precisar estudar e pegar a matéria desse tempo que você esteve fora. – O Rafael explicou e a Giovana apenas fez que sim.
- Rafa, já que a Giovana vai voltar para a escola amanhã, será que você pode deixá-la sair comigo agora a tarde? É que ela precisa de umas coisas. – Eu pedi e ele me encarou sério, sério demais.
- Hana, a Giovana está de castigo, sair não é uma possibilidade. Ela faz a lista do que precisa e eu providencio, se realmente tiver relação com a escola. – Ele me encarou, muito sério, ativado no modo pai.
- Eu sei como funciona o castigo, psicogato! – Eu me virei para ele e segurei a sua mão.
- Lá vem! – Ele respirou fundo e me encarou. Eu me debrucei em direção a ele e o chamei. Ele se debruçou em minha direção e me olhou nos olhos.
- Psicogato, é importante! Por favor! Deixa ela ir comigo. Eu te prometo que ela não vai comer nenhum hambúrguer ou sorvete. Deixa ela ir comigo, por favor, ela não vai usar o celular e nem a internet. – Eu pedi e ele estreitou os olhos, ainda não estava convencido. Então eu fiz um sinal para ele se aproximar mais e falei em seu ouvido. – Eu aprendi com a Adèle um negócio que chama boca louca, se você deixar a ferinha ir comigo, eu te mostro como é. E coloco um dos meus vestidinhos indecentes hoje para irmos ao bar. Sem calcinha.
E quando ele me olhou, já tinha esquecido como se aplicava um castigo. Ele sabia que o que eu estava oferecendo era muito bom.
- Gi, pode se arrumar para sair com a Hana, mas nada de celular ou internet! Anderson e Rubens, vocês vão junto e vão ficar de olho. Nas duas! – Ele falou ainda olhando para mim, depois me puxou de volta e falou em meu ouvido: - Manda o seu síndico emitir a porra da multa que eu vou pagar! – Ele mordiscou a minha orelha e eu já estava ansiosa para que a noite chegasse.
A Giovana saiu correndo para o quarto, animada.
- Vai se arrumar, Rub, tarde de garotas. – Eu convidei e a Rúbia deu um sorriso e foi correndo para o quarto também.
- Aqui, minha doida, para tudo o que vocês precisarem. – O Rafael tirou um cartão de crédito da carteira e me entregou.
- Não precisa. – Eu falei e ele colocou na minha mão.
- Precisa! E não me faça entregar esse cartão para a minha filha adolescente que está de castigo. – Ele insistiu. – Qualquer coisa! – Ele repetiu. – Inclusive, compra um vestidinho indecente para usar essa noite pra mim, mostre a sua boa vontade porque eu estou fazendo uma grande concessão liberando a ferinha.
Eu peguei o cartão e coloquei na bolsa, quando as meninas voltaram, nós nos despedimos e saímos animadas do apartamento. Nós fomos direto para o salão quando chegamos ao shopping e o cabeleireiro veio me abraçar quando me viu, se lembrou de mim imediatamente. Mas quando olhou para a Giovana colocou a mão no coração.
- Minha nossa, esse cabelo está parecendo a gosma da menina daquele filme de exorcista! – Ele falou para a Giovana, que abaixou a cabeça e nós tivemos que disfarçar o riso. – Fala pra mim, bonitinha, isso foi um ataque de sonambulismo, não foi?
- Está mais para um faça você mesmo. – Eu respondi por ela.
- Minha nossa! Olha garota, se você estava pensando em ser hair stylist, desiste, meu amor, você não tem talento! – Ele estava olhando para ela em pânico e pegando as pontas do cabelo dela. – Olha, tudo torto, manchado e esse verde não combina com você! Me diz, Hana, você trouxe isso pra mim?
- Todinha sua! – Eu afirmei e ele deu um sorriso brilhante.
- Os grandões gatos, podem sentar ali e enfeitar a recepção do salão. – Ele apontou para o Rubens e o Anderson. – E você, gata, o que vai querer? – Ele se virou para a Rúbia.
- Não, hoje o tempo é só para a bonitinha. – A Rúbia sorriu para ele. – Meninas, enquanto vocês se cuidam, eu vou dar uma voltinha. Aproveitem o tempo juntas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......