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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1240

“Hana”

Nós demoramos um tempo na perfumaria, a Giovana foi selecionando os produtos que queria e eu observava e perguntava vez ou outra alguma coisa sobre os produtos. Eram delicados e combinavam muito com essa Giovana que eu estava vendo, que ficava meio sem graça e era muito delicada.

- Gi, olha, tem brilho labial dessa linha também! – Eu comentei e ela olhou depressa.

- Olha, é novidade! – Ela pegou o brilho interessada e olhou com cuidado. – Posso levar?

- Claro que pode! Seu pai entregou o cartão e disse: “para tudo o que precisar”. Você precisa de um brilho labial. – Eu comentei e ela riu. – Leva dois, tem tons diferentes. – Ela escolheu os brilhos com um sorriso. – Você sabe que ele é tímido, não sabe? – Eu perguntei e ela me olhou ficando vermelha.

- E-e-ele? É... do que você está falando? – Ela estava muito sem graça.

- Que você ficou chateada com o elogio torto que o Anderson te fez. – Eu a encarei.

- Ah, Hana... é que eu achei que ele fosse me dizer que tinha ficado lindo e... sei lá... – Ela deu de ombros.

- Você está interessada nele? – Eu perguntei e ela me olhou, a confusão em seu rosto.

- Não sei, acho que eu gosto dele. É que ele me fez pensar tantas coisas e ele está sendo tão legal comigo... eu não sei... eu estou confusa, Hana, porque eu acho que eu amo o Jonh, mas o Anderson me faz sentir como se meu estômago congelasse quando ele me olha, sabe?! E eu gosto quando ele me olha, quando ele sorri pra mim, quando ele me elogia.

- Iiiihhh! Gi, você ainda acha que ama esse Jonh? Sei não! – Eu aproveitei a deixa. Ela ia pensar sobre isso, porque ela era assim, ela pensava depois nas coisas que ouvia. – Olha, Gi, você é novinha, ainda está descobrindo as coisas. Ele é um rapaz já mais velho e muito responsável. E ele é meio tímido. Acho que ele ficou com vergonha de te elogiar. – Eu expliquei e ela deu uma risadinha.

- E você acha que ele achou que eu fiquei bonita? – Ela perguntou entusiasmada.

- Com certeza, porque você é linda. Mas, vou te dar um conselho, desacelera! Deixa o tempo fluir, não queira viver as coisas antes do prazo. Ele é mais velho que você e ele é muito responsável, ele não vai se aproximar, entende?!

- Pra ele eu ainda sou uma criança. – Ela suspirou.

- Não, criança não, mas você é menor de idade e filha do chefe dele. – Eu a lembrei.

- Acho que entendi! – Ela olhou para os produtos pensativa.

- Anda, vamos logo porque ainda vamos comprar um vestido lindo para você usar no dia em que sair do castigo. – Eu falei e ela sorriu.

Nós saímos da perfumaria e o Anderson pegou as sacolas na mão dela, num gesto gentil e educado. Ela deu um sorrisinho tímido, mas ele estava muito sério. Nós fomos para a loja de vestidos e o Anderson e o Rubens ficaram na porta para nos dar privacidade. E enquanto nós escolhíamos alguns vestidos eu fui surpreendida pela minha mãe.

- Ah, mas olha só, tempo para bater perna no shopping você tem, mas para visitar a sua mãe nunca! – A minha mãe estacou em minha frente, sua presença era desagradável para mim e azedou o meu humor, porque eu sabia que ela não tinha nada de bom para me dizer.

- Suzy, eu não posso te visitar, seu marido me expulsou, lembra? – Eu respondi, ainda magoada por aquela última vez.

- É e você se vingando como sempre! Ontem eu fui ao seu apartamento e descobri que você proibiu a minha entrada. Se não fosse por aquele jovem tão educado, eu não teria passado da portaria. – Ela falou com raiva.

- Aquele jovem atrevido e intrometido, isso sim! Olha, Suzy, da última vez que nos vimos eu fui clara com você, eu cansei! Me cansei dos maus tratos, me cansei dos seus dramas, das suas exigências. – Eu estava cansada dela sempre me maltratando.

- Isso é jeito de falar com a sua mãe, Hana?! – Ela gritou e toda a loja se virou para nós. – Você sempre sendo egoísta, pensando só em você. Você nunca será capaz de ter amor na sua vida, Hana, porque você não ama nem a sua própria mãe!

- Chega, Suzy, por favor! – Eu pedi, mas ela queria o espetáculo.

- Não, Hana, você precisa ouvir! Você tinha um namorado bom que te mantinha na linha, mas agora está com um sujeito que está te transformando nisso, nessa mulherzinha vulgar, que se veste como uma qualquer. – Ela apontou para a minha roupa, um vestido na altura dos joelhos e sem decote em um tom lindo de coral.

- Não fala dele! – Eu avisei. – O meu ex namorado, que você diz que é bom, mandou me bater de novo, isso porque você diz que ele é bom, imagina se não fosse. E foi o meu namorado, o homem de verdade que está ao meu lado, que me defendeu. Então não abre a sua boca para falar dele, porque você nem é digna de se referir a ele.

- Não, ferinha, perto de mim ninguém te toca! – O Anderson encarava a minha mãe, ainda segurando o pulso dela. – E a senhora ouviu, não se aproxime da Hana nunca mais! – O Anderson saiu arrastando a minha mãe para fora da loja.

- Me solta, seu atrevido! Socorro! – Minha mãe começou a gritar e o Anderson a jogou do lado de fora da loja, ela teve dificuldade para se equilibrar e ficar de pé.

- Está avisada! Da próxima vez eu chamo a polícia! – O Anderson a encarou e ele e o Rubens pararam na porta da loja. Até que a minha mãe saiu dali e eles voltaram para nos ver.

Eu já estava sentada, as vendedoras me ofereceram água e a Giovana e a Rúbia estavam ao meu lado.

- Obrigada, a todos vocês por me ajudarem. – Eu falei ainda trêmula. – Me desculpa, Gi!

- Hana, você não tem que se desculpar por aquela mulher. – A Rúbia sorriu para mim, como se me consolasse.

- Agora eu entendo as coisas que você me disse sobre a minha mãe! – A Giovana me encarou e naquele olhar que trocamos, ela disse muito.

- Vem cá! – Eu a abracei. – Você tem uma mãe muito especial. Ela te ama. Percebe com o que eu cresci? Foi por causa dela que eu achava que eu merecia apanhar, que merecia todas as coisas ruins que o meu ex fazia comigo. Eu achava que eu merecia o pior. Até que o seu pai me deu o melhor. Entende? Você tem pais maravilhosos, que te amam. Aproveita isso, tá?! – Ela fez que sim e quando eu a soltei ela estava chorando.

- Você não merece essa mãe, Hana! – Ela soluçou e a vendedora arrumou outro copo de água.

- Mas sabe, eu fui recompensada. É, olha o namorado que eu tenho agora! E ele ainda tem uma filha linda, que se fez de difícil no início, mas agora é uma gracinha! – Eu pisquei para ela e ela começou a rir.

- Ah, não, Hana, gracinha não! Só o bruto ridículo pode dizer que eu sou uma gracinha! – Ela olhou para o Anderson que coçou a cabeça e desviou o olhar, totalmente sem graça.

Depois daquele incidente, nós voltamos ao nosso passeio, compramos os vestidos e demos mais uma volta no shopping. E eu convenci aqueles quatro a não falar nada para o Rafael sobre a minha mãe, porque eu queria que o foco fosse todo no cabelo da Giovana e não na minha mãe desagradável.

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